Pousada se destaca pelos chás e plantas alimentícias
Ilani Toigo cresceu vendo a mãe e a avó servindo chás e benzendo as pessoas. Aquele conhecimento todo sobre os poderes terapêuticos das plantas, cada uma com suas propriedades curativas, a fascinava desde criança. Hoje, seu Sítio e Pousada Verde Aroma, na localidade de Linha Fátima, em Caibi, no Extremo Oeste catarinense, tem 400 variedades de plantas medicinais.
O início do cultivo foi há 10 anos, dentro do projeto Microbacias 2. “Fizemos dois canteiros comunitários”, lembra. Após fazer um curso sobre plantas bioativas na Epagri de Itajaí, ela passou a se dedicar mais ainda à atividade.
A propriedade de Ilani está integrada à rota Caminhos Aromas e Chás e cicloturismo Velho Oeste. É na casa cercada de verde que ela recebe as pessoas, ensina o manejo e a função de cada planta. “Quem nos visita aprende como utilizar as plantas, fazer os chás, para que serve e qual o chá mais indicado para tal hora do dia, para não tomar chás errados nas horas erradas”, esclarece.
Além dos chás, ela prepara lanches com plantas alimentícias não convencionais – as chamadas Pancs. “Cerca de 80% do que eu sirvo é colhido aqui”, informa.
De olho no futuro, Ilani montou a pousada e espera um aumento no movimento de hóspedes com os ciclistas que percorrem o roteiro oferecendo opções simples, mas diferentes das alternativas de hospedagem convencionais das cidades. “A natureza sempre favorece a passagem deles e aqui a gente tem muito para oferecer, tanto chás energéticos como alimentação saudável, natural e também espaço bem acolhedor”, afirma.
Feito com carinho
A ciclista Jane Sandra Corrêa Kipper visitou a Verde Aroma e ficou impressionada com o conhecimento demonstrado por Ilani. “Acho impressionante ela ter mais de 400 ervas e saber tudo para que serve. A gente viu que tem todas as ervas em potinhos. Tá com problemas de saúde, tá com dor de barriga, ela sabe”, observou.
Encantada com o carinho com que foi recebida, Jane destacou o clima da propriedade para a recuperação de quem chega de um dia cansativo de pedaladas. “Nós fomos na parte da hospedagem. Achei muito legal, pois além de ser uma hospitalidade bem show, quando a gente anda de bicicleta, a gente fica cansado, e você, ali, se sente em casa”, ressaltou. “Pra mim, o que mais chamou a atenção foi a parte que ela faz tudo com muito carinho, manual, com crochê. É tudo bonitinho, bem legal.”