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Publicado em 30/08/2024

O olhar de quem faz a Assembleia

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Para que os 40 deputados possam trabalhar por Santa Catarina, a Assembleia Legislativa conta com um corpo de funcionários que atua diariamente em Florianópolis e nos municípios onde os parlamentares mantêm escritórios regionais. Para alguns deles, a Alesc é quase uma extensão de casa.

Siomara Gonçalves Videira está há mais de quatro décadas no Parlamento estadual. Ela ingressou na Casa em 1982, por meio de concurso público. Nesse período, acompanhou as transformações no relacionamento entre a Assembleia, os deputados e a população.

Siomara Videira, 42 anos de Alesc, acompanha as audiências públicas da Casa“Nossa Casa mudou muito ao longo desses 42 anos”, afirma Siomara. “A participação popular aumentou muito nesse período. Quando entrei aqui, tínhamos as sessões e não saía disso. A partir da Constituição (de 1989), começaram as audiências públicas. A nossa Casa cresceu muito com isso.”

A servidora é taquígrafa. Por meio de um sistema de escrita abreviada, ela transcreve o que é dito nos eventos da Assembleia. Os registros são transformados em atas, documentos oficiais que registram a história do Parlamento.

Siomara começou na Alesc como taquígrafa das sessões plenárias. Ela se recorda dos fortes embates entre oposição e situação, quando PDS e PMDB predominavam na Casa, nos anos 1980.

“Tinha duas tribunas, uma da situação e, do outro lado, a oposição. E nós [taquígrafas] ficávamos no meio. Às vezes, nos debates, tinha cinzeiro voando, microfone voando. Tínhamos que sair correndo para não ficar no meio da briga.”

Há 20 anos, Siomara atua nas audiências públicas, o que lhe possibilita acompanhar debates de temas importantes para o estado, realizados na capital e em todas as regiões.

“Lido com as audiências públicas e percebi como a participação popular aumentou nesse período. Quando eu cheguei aqui, quase não havia essa participação. Hoje, a população sabe que pode contar com esse espaço, para colocar suas reivindicações.”

De 0 a mil
Nelson Moreira, servidor da Assembleia há 45 anosNelson Henrique Moreira, que atua na Coordenadoria do Orçamento Estadual da Alesc, ingressou na Casa em julho de 1979, inicialmente como servidor comissionado. Dois anos depois, prestou um concurso e foi efetivado. Ele também testemunhou as transformações no Parlamento em mais de quatro décadas.

“Nossa Casa era muito diferente. A Assembleia deu um salto de zero a mil nesse tempo, em toda a infraestrutura, não só a parte legislativa, mas na parte funcional também”, destaca.

Moreira se recorda que nos anos 1980 o Parlamento contava com um serviço de telégrafo para que os deputados pudessem se comunicar de forma rápida com suas regiões. “O deputado precisava mandar mensagem para o interior e usava o telégrafo. Tínhamos um policial militar que digitava muito rápido.”

Essas mensagens, por vezes, eram encaminhadas para emissoras de rádio do interior. Serviam, por exemplo, para atualizar familiares de pessoas que vinham à Capital para tratamento de saúde. Moreira lembra que, naquela época, era muito comum os parlamentares auxiliarem moradores do interior nessas questões.

“Os gabinetes também atendiam pessoas doentes. Alguns deputados mantinham casa para receber essas pessoas do interior com problemas sérios de saúde, principalmente casos de câncer.”

Da infância à aposentadoria
Pedro Bittencourt Neto frequentava a Alesc na infância; é servidor aposentado e ex-deputadoA Assembleia pode ser considerada uma extensão da vida do advogado Pedro Bittencourt Neto. Filho de um ex-deputado (Epitácio Bittencourt), que foi presidente da Casa, Pedrinho, como é conhecido, é servidor efetivo aposentado da Alesc. Também foi deputado e a presidiu, na metade dos anos 1990. Mas a relação dele com o Parlamento é anterior à idade adulta.

“Eu estava no jardim da infância e a Assembleia funcionava no Batalhão da Polícia Militar. Minha mãe não podia me buscar e meu pai era deputado. Eu ia sozinho da escolinha até a Assembleia para esperar meu pai encerrar o expediente. Às vezes, eu tirava um cochilo perto do plenário. Me lembro dos discursos, dos debates, de figuras como Ivo Silveira.”

Em 1975, ingressou na Alesc como servidor, aprovado num concurso para datilógrafo. Em 1982, foi eleito deputado estadual e já no primeiro mandato, entre 1983 e 1985, foi membro da Mesa Diretora. Entre 1995 e 1997, ocupou a Presidência da Casa.

“A Assembleia de Santa Catarina tem um espaço muito grande na vida do catarinense”, considera. “Me sinto um partícipe desse projeto. Eu tenho quase 70 anos de idade e mais de 60 deles foram de convivência dentro da Assembleia.”

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