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Publicado em 05/08/2022

Legislação favorece protagonismo da comunidade

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Voluntária recolhe lixo deixado na praia do Porto, em Imbituba

A praia do Porto, em Imbituba, tinha pouco movimento no final da fria tarde de 15 de julho. No mar, dois corajosos surfistas estavam na água gelada em busca da onda perfeita. Na areia, além de um pequeno grupo de adolescentes jogando futebol, uma equipe de oito pessoas trabalhava na coleta de lixo. Era mais uma ação do grupo local do Instituto Ecosurf, que se dedica ao combate à poluição das praias brasileiras desde o ano 2000.

Coordenadora em Santa Catarina das ações implementadas pela instituição, Amanda Suita, que também é bióloga do Instituto Monitoramento Mirim Costeiro, avaliou que os atos da Assembleia Legislativa, além de fomentar, orientar e assegurar a preservação da natureza, têm outra característica. “Essas leis são extremamente essenciais para que a comunidade local possa se empoderar e ser protagonista da conservação do meio ambiente, pensando global e agindo local. Eu vejo cada vez mais pessoas se interessando em participar e também a desenvolver suas próprias iniciativas”, afirmou.

Os voluntários que estavam com Amanda vestiam o colete azul que identifica a instituição. Sempre em duplas, eles percorriam tanto a faixa de areia quanto a vegetação próxima. Munidos com um balde, coletavam papel, plástico, bitucas de cigarro, tampinhas de garrafa, embalagem de comprimidos, madeiras, e até um chinelo. Cada integrante tinha ainda prancheta, caneta e uma ficha. No papel catalogavam cada tipo de dejeto encontrado. Tudo é colocado em um gráfico para apontar o que mais polui.

Segundo Amanda, cada ação dura, em média, uma hora para a coleta. Depois de especificado nas fichas, os itens são separados, acondicionados e, posteriormente, depositados em locais adequados para coleta ou encaminhados para a cooperativa de reciclagem de Imbituba. Com os resultados em mãos, surgem as estratégias de trabalho para conscientizar a população sobre a necessidade de preservar as praias.

“O problema que a gente vive aqui é global. Somos uma cidade do litoral e nossas praias são muito visitadas. Olhar esse ambiente e ver esse depósito de resíduos gera uma revolta e uma vontade de fazer algo. Foi aí que surgiu essa ação para que a gente possa combater esse lixo”, contou.

Envolvimento
O principal evento, em Imbituba e em todas as praias, é sempre em 18 de setembro, Dia Mundial da Limpeza, quando voluntários do mundo todo fazem mutirões em busca de praias e ruas limpas. De acordo com Amanda, nesta data, uma média de 350 pessoas se envolvem na atividade. Ela formou uma rede de colaboradores na cidade e, conforme novas ações são realizadas, mais voluntários são adicionados.

“Podem ser desde grupos de Whatsapp, grupos de jovens, associações, escoteiros, grupos religiosos. Temos 23 grupos que agem frequentemente. Já foram mais de 2500 voluntários desde 2014”, comentou. A entidade já recolheu mais de 165 mil resíduos das praias de Imbituba.

Uma certeza que todos devemos ter é que o lixo vai para o mar. A bióloga citou que “80% dos resíduos que estão no oceano vêm do meio terrestre”, levados por atividades no litoral ou pelos rios que desembocam no mar. “Impedir que o lixo chegue ao oceano é um ato de amor, de cuidado com o mar e com os seres que vivem nele. Muitos estudos mostram o impacto, principalmente dos plásticos, na vida marinha. Muito desse material se encontra dentro dos organismos dos animais marinhos e isso se acumula, afetando toda a cadeia alimentar”, concluiu.

Saiba mais
https://ecosurf.org.br

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