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Publicado em 29/11/2022

Ex-presidente tem ligação com a Alesc desde a infância

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Pedro Bittencourt Neto foi presidente da Assembleia Legislativa em 1994 e 1995. FOTO: Arquivo/Agência AL

Pedro Bittencourt Neto é outro cidadão catarinense cuja história de forte ligação com o Palácio Barriga Verde começou antes da inauguração do prédio, onde atuou como parlamentar por quatro mandatos consecutivos. Filho do ex-deputado Epitácio Bittencourt (1928-1995), ele também vivenciou a história antes e depois da construção da sede do Parlamento de Santa Catarina.

“Entrei aqui em 1983, com 26 anos, e fique até 1998, antes de ser deputado federal. Minha vida e minha história com a Assembleia Legislativa nesses 16 anos eu considero muito rica. Especialmente por que tive a oportunidade de acompanhar várias fases da Alesc. Quando eu estava no jardim de infância, aqui em Florianópolis, meu pai era deputado estadual e, na época, quando saía da aula, eu era obrigado a ir para a Assembleia para aguardar o encerramento da sessão para ir embora com meu pai”, recordou.

Quartel da Polícia Militar que abrigou a sede do Parlamento. FOTO: Arquivo/Agência ALBittencourt Neto conheceu o Parlamento quando tudo funcionava na esquina da Avenida Rio Branco com a Rua Nereu Ramos, no quartel onde atualmente é o Comando da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada da Polícia Militar. Na adolescência, o ex-deputado acompanhou a construção e a inauguração do Palácio Barriga Verde. Na vida adulta, chegou a presidir o Parlamento em duas oportunidades, foi vice-presidente e secretário da Mesa Diretora. “Uma história que me orgulha muito de ter participado e criado aqui amizades, companheirismos que até hoje ainda permanecem”, assegurou.

Para o ex-parlamentar, o prédio embelezou a área, que antigamente era um aterro. “Seus espaços eram grandiosos, bonitos e típicos da arquitetura da época. Mas tinha uma grande deficiência, não havia estruturas para os gabinetes parlamentares”, citou.  Era um local onde os deputados permaneciam para a sessão plenária e, normalmente, não faziam outras atividades, pois só existiam os gabinetes da Mesa Diretora e das funções administrativas da Casa.

“Como a Assembleia cresceu e trouxe várias aspirações sociais, populares e debates, naturalmente surgiu a necessidade de que o espaço precisava ser reorganizado. A primeira alteração feita foi com gabinetes pequenos, onde o deputado tinha uma mesa e um local onde podia permanecer. Lembro que o parlamentar ficava na sala e as pessoas que queriam conversar com ele, no corredor esperando”, contou.

Com a adição dos serviços administrativos veio a construção do anexo, em 1981. “Meu pai na época era deputado e presidente da Alesc. Ele construiu o Anexo, que leva hoje o nome dele, uma homenagem dada pela própria Casa quando ele faleceu, em 1995, por iniciativa do deputado Onofre Agostini”, contou.

Toda a parte administrativa que ocupava parte do prédio parlamentar foi transferida para o Anexo, incluindo as diretorias administrativa e financeira, os serviços de saúde, e a Procuradoria da Casa, abrindo mais espaço para gabinetes. “Mas mesmo assim ainda não foi o suficiente”.

Ao ser presidente da Casa, em 1994, Bittencourt Neto recebia de forma muito intensa apelos dos colegas para que existissem locais onde as bancadas pudessem se reunir. “Procurei o então governador Vilson Kleinubing (1944-1988) e o vice-governador Antônio Carlos Konder Reis (1924-2018). Levei o pleito para eles para que a Assembleia tivesse a oportunidade de ter um upgrade do orçamento, para fazer o segundo piso do Anexo, onde eu pretendia fazer os gabinetes parlamentares. Ficariam no prédio principal os gabinetes da Mesa Diretora e algumas lideranças maiores de bancadas. Os demais deputados iriam para o Anexo. O Poder Executivo entendeu a importância do pedido e um convênio foi firmado para garantir a ampliação da estrutura, inaugurada no começo de 1995”, garantiu.

Enchente no Natal
Ainda naquele ano, quando o ex-deputado seria o primeiro presidente da Casa a ser reeleito, um fenômeno climático iria criar um novo fato na história do Palácio Barriga Verde. Na tarde de 25 de dezembro uma forte chuva somada à maré alta deixou, horas depois, já na noite de Natal, Florianópolis totalmente alagada. “Eu estava em casa, com a família, aguardando a Ceia de Natal quando veio a notícia que o prédio estava alagado. Na região onde fica o Palácio Barriga Verde, o nível da água era de um metro e dez de água. Dentro da Assembleia, o nível passava da cintura e, para entrar, era preciso um bote”, contou.

Enchente de 1995 alagou o Palácio Barriga Verde. FOTO: Arquivo/Agência ALTodas as atividades do Parlamento foram interrompidas por dias, pois toda a parte térrea do prédio principal e do Anexo foi tomada pelas águas. “Tivemos que fazer uma série de adaptações e sair da Assembleia. Os serviços administrativos foram levados para uma locação, em outro prédio. Foi preciso usar o Plenário da Câmara dos Vereadores de Florianópolis e sessões ocorreram no Teatro Álvaro de Carvalho. Passamos até o mês de abril, se não me engano, com a necessidade de recuperar o espaço”, afirmou.

Segundo ele, na reforma foi estruturado o Plenarinho Deputado Paulo Stuart Wright e, ao lado, as salas das comissões. A Assessoria de Imprensa, que ficava no setor, foi deslocada para o local atual, ao lado do Plenário Osni Régis, que também foi fechado durante a reestruturação pós-enchente. O piso, que era todo de madeira, foi substituído por granito.

“Contei sempre com um valoroso trabalho dos servidores da Assembleia. Todos praticamente em férias, mas os que estavam em Florianópolis vieram para cá, ajudaram, botaram a mão na massa, foram para dentro da água, recolheram as coisas. Imagine os computadores boiando, os papéis do setor de taquigrafia, de documentação, tudo embaixo da água. Mas conseguimos resgatar, recuperar e melhorar a Assembleia no aspecto físico”, disse Bittencourt Neto.

Outro ato que orgulha o ex-parlamentar foi a decisão que assegurou a construção do Auditório Antonieta de Barros, projetado pelo extinto Departamento Autônomo de Edificações (DAE). Para a autorização da ampliação da obra, feita no vão livre na parte superior da cúpula do Plenário, foi necessário um contato com Pedro Paulo de Melo Saraiva, um dos autores do projeto da sede da Alesc.

 

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