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Publicado em 05/08/2022

Ação legislativa é decisiva na preservação das baleias francas

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Instituto Australis, em Imbituba, atua na preservação das baleias francas.

Posicionado estrategicamente em frente à praia de Itapirubá, em Imbituba, o Instituto Australis tem, entre vários compromissos, a missão de atuar pela conservação e recuperação populacional das baleias francas. Por ser uma entidade civil sem fins lucrativos mantida com patrocínios públicos e privados, a instituição depende também da vinda constante de turistas.

Ainda que entre os meses de julho a novembro pessoas de todo o mundo vão até Imbituba em busca dos cetáceos que fazem das águas calmas e temperaturas amenas do litoral catarinense um berçário natural, a continuidade e ampliação do fluxo de visitantes precisam ser mantidas. A Lei 18.395 de 2022 – que oficializou um roteiro turístico abrangendo também as cidades de Garopaba e Laguna – foi decisiva para isso.

Karina Groch, diretora de pesquisa do Instituto AustralisDiretora de pesquisa no Instituto Australis, Karina Groch, avalia que a lei criada pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina ajuda a despertar a conscientização sobre a conservação das baleias francas valorizando ainda mais a presença delas no litoral do Estado, ressaltando a importância dos visitantes ilustres como recurso turístico. 

Bióloga com doutorado em Biologia Animal pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Karina não tem dúvidas que a legislação fortalece o instituto, criado em 2015 para auxiliar o Programa de Pesquisa e Conservação da Baleia Franca. ”Uma vez que [a lei] desperta a atenção para as baleias, temos mais gente vindo para a região. Eles acabam visitando nossa instituição em busca de mais conhecimento sobre a espécie e, consequentemente, sobre nosso trabalho em prol da conservação e recuperação populacional”, explicou.

A legislação criada pelo Parlamento catarinense tem como meta incentivar “a observação das baleias e seus filhotes por meio de trilhas, costões e até em praias da região, além de estimular o turismo nesses municípios”. A norma estabelece que o roteiro deva ser incluído no mapa das regiões turísticas reconhecidas pela Agência de Desenvolvimento do Turismo da Santa Catarina (Santur), além de instituir um passaporte turístico com informações sobre a rota, com destaque para os pontos de observação das baleias.

Berçário das baleias francas
Karina começou a trabalhar no Instituto Australis em 1996. Hoje, além de diretora de pesquisa, é coordenadora do Projeto de Monitoramento de Praias, faz a coordenação geral dos projetos e atividades executados pela instituição e lidera uma equipe de biólogos, oceanógrafos, monitores e voluntários que se dedicam à conservação das baleias e de outros animais marinhos da costa catarinense.

Baleias francas vêm ao litoral de Santa Catarina para ter os filhotesSegundo a bióloga, é um grande desafio fazer o público entender a importância da preservação e de não interferir muito no bioma para que as baleias continuem vindo a Santa Catarina de uma forma saudável. “Elas não vêm por acaso. Essa região, desde o Sul de Florianópolis até Balneário Rincão, foi escolhida pelas baleias francas como área de berçário. As fêmeas chegam aqui grávidas. Vêm para ter seus filhotes e passam de dois a três meses com os recém-nascidos. Os primeiros meses de vida é que vão garantir a sobrevivência do filhote e a continuidade da população [de baleias francas]. Aqui a mãe cuida e amamenta o filhote. Então, todo esse trabalho que a gente realiza é fundamental para que as fêmeas encontrem o ambiente adequado para este período de vida”, comenta.

De acordo com o Instituto Australis, com base em anos anteriores, uma média entre 100 a 120 baleias vêm para Santa Catarina, e não são sempre as mesmas. Em torno de 40% são retornos, e as demais fazem o trajeto pela primeira vez. Segundo a bióloga, isso comprova que existe um aumento populacional das baleias francas, que, durante cerca de quatro séculos, foram alvo de caça no litoral do Estado, levando quase à extinção da espécie.

“Depois que terminou a caça elas começaram a voltar para cá, a população começou a se recuperar. Então, toda essa caminhada, com décadas de monitoramento, pesquisa para conservação desta espécie, tem sido fundamental para que isso realmente aconteça”, afirma Karina.

Saiba mais
http://baleiafranca.org.br
@institutoaustralis

 

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