Produtores catarinenses são destaque em produção de queijos coloniais
O queijo colonial Diamante, produzido na região de Major Gercino, e o queijo extra de ovelha da Gran Paladare, de Chapecó, foram os dois catarinenses que receberam na noite desta sexta-feira (20) o 5º Prêmio Queijo Brasil, considerado o mais importante concurso de queijos artesanais do país, promovido pela Associação de Comerciantes de Queijo Artesanal Brasileiro (Comerqueijo). O evento, realizado pela primeira vez em Florianópolis, marcou o encerramento do Seminário sobre Produtos Artesanais de Origem Animal, promovido pela Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembleia Legislativa e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O evento teve como objetivo orientar os produtores sobre as ações necessárias para legalizar a produção de queijos e de outros alimentos artesanais e reuniu durante todo dia produtores, comerciantes e veterinários que atuam na produção de queijos coloniais. No concurso participaram 718 queijos inscritos de todas as regiões do Brasil e foram julgados por 32 jurados. Também foram premiados o queijo tipo comté, da Serra das Antas, produzido em Bueno Brandão (MG) e o queijo Fazenda Bela Vista, de Alagoa (MG). Foi a primeira vez que a premiação foi realizada fora de São Paulo e contou com a participação de 80 queijos inscritos de Santa Catarina.
O prefeito de Major Gercino, Valmor Pedro Kammers (PSDB), foi premiado pelo apoio a produção do queijo Diamante, que teve seus produtores recebendo vários certificados de bronze, prata e ouro pela qualidade do produto. O empresário Jorge Zanatto, proprietário da Gran Paladare, recebeu o troféu e destacou a importância do evento. O Prêmio Queijo Brasil é um dos poucos concursos do mundo onde todos os produtores participantes recebem avaliações de seus queijos com comentários feitos pelos jurados. No ano passado, Santa Catarina levou ouro em três estilos de queijos: queijo de ovelha maturado seis meses, kochkäse e parmesão.
No período da tarde, o evento foi destinado à discussão sobre a sanidade da produção dos queijos. O primeiro a falar foi a veterinária Karina Baumgarten, coordenadora do programa de erradicação de brucelose e tuberculose animal de Santa Catarina. Ela abordou a preocupação dos órgãos nacional e estaduais com o controle das duas doenças e que em Santa Catarina há toda uma rigorosa fiscalização feita pela Cidasc, que promovem mais de 200 mil exames por ano. Em seguida, o veterinário Michel Assis, do Mapa, ministrou palestra sobre os procedimentos de inspeção em empresas de pequeno porte. Ele defendeu a importância do Sisbi (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal).
Encerrando as palestras, a consultora de laticínios Michelle Carvalho abordou o tema comprovação de inocuidade em queijos artesanais e defendeu a produção de queijos coloniais, destacando a preocupação que os produtores devem ter com a saúde dos animais, qualidade da água, boas práticas de fabricação e agropecuária e comprovação de segurança microbiológica. Ela também elogiou o apoio que o prefeito de Major Gercino, Valmor Pedro Kammers, dá aos produtores de queijo Diamante, destacando sua interação e interesse em prestigiar todos os eventos em prol desta produção no município.