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03/07/2019 - 14h59min

Lançada Frente Parlamentar em Defesa da Cadeia Produtiva da Reciclagem

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Frente Parlamentar em Defesa da Cadeia Produtiva da Reciclagem

O lixo não é lixo. É matéria prima que tem que ser aproveitada, assim como o plástico não é o vilão como se divulga, mas uma solução para preservação dos alimentos e pode ser reutilizado por mais de 500 anos. Esse foi o teor dos discursos no lançamento nesta quarta-feira (3), na Assembleia Legislativa, da Frente Parlamentar em Defesa da Cadeia Produtiva da Reciclagem, com a presença de vereadores, prefeitos e representantes das indústrias do setor plástico de Santa Catarina e das associações de catadores catarinenses.

“Temos que conscientizar as pessoas da importância da reciclagem e incentivar políticas públicas para preservar o meio ambiente e a indústria”, defendeu o coordenador da frente, deputado Volnei Weber (MDB).

O objetivo, segundo Weber, é levar o conhecimento do que fazer a toda população. “Se queremos um planeta preservado e uma sociedade sadia, nós temos que criar soluções para o nosso lixo. Essa cadeia produtiva vem para ajudar no desenvolvimento das pessoas.” Ele destacou que não adianta proibir sacolas, canudos plásticos, como vem ocorrendo, prejudicando toda uma cadeia produtiva, se esse material pode ser reciclado, gerando emprego, renda e ao mesmo tempo facilitando a vida das pessoas.

Para o parlamentar, muitos políticos estão propondo leis proibindo o uso de materiais plásticos sem conhecer a realidade do setor e sem saber da importância da reciclagem. Ele destaca que não adianta transferir a responsabilidade da reciclagem para os produtos, sem conscientizar as pessoas. “Proíbem o plástico, mas usam material plástico para fazer mídia dessa ação. O que mata as pessoas é o esgoto sanitário sem tratamento e não o plástico, que pode ser reciclado”, defende.

Desafios da indústria do plástico

O diretor-executivo do Sindicato da Indústria Plástica do Sul Catarinense (Sinplasc), Elias Caetano, afirmou que a reciclagem é benéfica para toda sociedade, gerando emprego, impostos e benefícios sociais, por isso é preciso valorizar a participação do Legislativo com a criação da frente parlamentar em defesa da reciclagem. Caetano observou que somente a indústria plástica contabiliza 35 mil empregos diretos em duas mil empresas em Santa Catarina e que, atualmente, enfrenta dois desafios: produzir essa matéria para atender o mercado e ao mesmo tempo incentivar a reciclagem.

Ele citou que o plástico muitas vezes é enterrado em aterros sanitários e a indústria da reciclagem precisa percorrer, em média, até 700 quilômetros para fazer a coleta. "Estão desperdiçando esse material, que pode ser reutilizado muitas vezes.” O diretor do setor plástico da Fiesc e presidente do Sindicato das Indústrias de Materiais Plásticos de Santa Catarina, Albano Schmidt, salientou que o estado produz aproximadamente 70 mil toneladas de plástico por ano, que são utilizados para produção de canudos, copos, embalagens para líquidos em geral, descartáveis, garrafas, baldes e outros materiais. “Essa frente é importante para unir o setor e discutir políticas públicas, ao mesmo tempo que busca preservar o meio ambiente.”

O presidente da Federação de Catadores e Catadoras de Santa Catarina e represente catarinense no movimento nacional dos catadores de materiais reciclados, Dorival Rodrigues dos Santos, também elogiou a criação da frente, lembrando que o setor conta com 20 mil catadores em Santa Catarina e 136 associações e cooperativas de reciclagem. “Espero que a frente discuta políticas públicas para atender essa importante cadeia produtiva, gerando emprego e renda para essas pessoas carentes.”

Também integram a frente os deputados Nilso Berlanda (PL), Silvio Dreveck (PP), Sargento Lima (PSL), Coronel Mocellin (PSL), Felipe Estevão (PSL), Fabiano da Luz (PT), Valdir Cobalchini (MDB), Nazareno Martins (PSB) e Ada de Luca (MDB).

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