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20/06/2017 - 12h20min

Alesc celebra os 31 anos da Cinemateca Catarinense com sessão especial

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Gilberto Gerlach, escritor e cinéfilo, criador do Cineclube Nossa Senhora do Desterro

O trabalho realizado pela Cinemateca Catarinense em prol da preservação da memória e identidade do estado foram destacados na noite desta segunda-feira (19) na Assembleia Legislativa, durante uma sessão especial em comemoração aos 31 anos de fundação da instituição. Na solenidade, realizada a pedido do deputado Padre Pedro Baldissera (PT), também foram prestadas homenagens às entidades e personalidades que contribuíram para o desenvolvimento do setor audiovisual no estado.

Abrindo a sessão, o deputado Cesar Valduga (PCdoB), que na ocasião representava Baldissera, afirmou que a criação da Cinemateca deve-se ao ideal de um grupo de estudantes que, reunidos no ano de 1986 no Centro Acadêmico do Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), dedicaram-se a fazer e pensar filmes no estado.

Desde então, disse, a Cinemateca vem se destacando não só no apoio ao lançamento de novas produções, mas também de festivais, livros e também na fundação de cursos de cinema e de instituições como Museu da Imaqem e do Som de Santa Catarina, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Audiovisual (Sintracine) e do Sindicato da Indústria Audiovisual de Santa Catarina (Santacine).

Ainda de acordo com Valduga, deve-se à Cinemateca a criação, junto à Fundação Catarinense de Cultura (FFC), do Edital Prêmio Catarinense de Cinema que, desde 2001, fomenta a realização audiovisual catarinense através de premiação para longas e curtas-metragens, documentários, vídeos, pesquisas de roteiro e desenvolvimento de projetos.

O parlamentar finalizou seu discurso agradecendo a instituição e seus integrantes pela contribuição dada à área da cultura e o desenvolvimento do cinema no estado. “O Parlamento estadual realiza hoje uma justa homenagem. E, em nome do deputado Padre Pedro, queremos saudar cada um e cada uma pelo belo trabalho que vem sendo desenvolvido nesses 31 anos. Parabéns a todos.”

O escritor e cinéfilo josefense Gilberto Gerlach, por sua vez, agradeceu a menção entre os homenageados ao Cineclube Nossa Senhora do Desterro, fundado por ele no ano de 1968, também na UFSC. Ele também propôs que em 2018, quando forem comemorados os 32 anos da Cinemateca e os 50 anos do Cineclube, seja criado um espaço comum em Florianópolis para a veiculação de filmes a preços facilitados.

Incentivo cultural
O deputado Dirceu Dresch (PT) afirmou que, em reconhecimento ao trabalho realizado pela Cinemateca na produção de bens e valores culturais e para a preservação da memória e identidade catarinense, em 2009 a Assembleia Legislativa aprovou uma alteração na Constituição estadual para incluir a instituição entre as que contam com a garantia do apoio público. “Entendo ser esta uma tarefa extremamente importante e por isso nós estamos aqui no dia a dia trabalhando para que se construa uma política pública de incentivo à cultura catarinense. Vocês podem contar conosco para fazer cumprir o que diz a nossa Constituição estadual.”

A cineasta Cíntia Bittar, que há sete anos criou a Novelo Filmes, afirmou que o apoio oficial tem sido fundamental para que muitos produtores se mantenham no mercado e possam até mesmo ocupar espaços que antes eram destinados a produções estrangeiras ou de outros estados. “Graças a todas essas políticas, estamos conseguindo romper essas barreiras que nós imaginávamos que eram intransponíveis.”

Já a produtora Caroline Marins, que falou em nome da Cinemateca, afirmou que ainda que representem um avanço, as leis de incentivo à cultura e audiovisual no estado ainda não proporcionaram uma condição estável para o setor.  Ela afirmou, entretanto, que a ascensão ao governo de nomes mais afinados com o meio cultural está sendo encarada como positiva. “Hoje vivemos um momento importante e, com muito respeito, contamos com o professor Rodolfo [Pinto da Luz, presidente da FCC] à frente da gestão executiva do Estado e acreditamos em um novo ciclo de diálogo e ação.”

Falando em nome dos homenageados, o escritor e roteirista lageano Fabio Brüggemann observou que a pujança de Santa Catarina não se reflete na área cultural, na qual o estado fica atrás até mesmo de estados de menor expressão econômica, como Pernambuco e Ceará. “Mais do que homenagem, acho que precisamos é de uma política pública decente, efetiva e de Estado para a cultura de um modo geral. Estamos sempre mendigando, mas não queremos dinheiro, como se pensa, mas sim políticas públicas decentes. E Santa Catarina, que se orgulha de ser um estado inovador e empreendedor, é muito careta neste sentido.”

Ele afirmou ainda que atualmente mais da metade dos recursos do Fundo Estadual de Cultura são destinados não ao setor, mas para poderes e órgãos públicos como Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas do Estado e Ministério Público de Santa Catarina. “Que, então, essas instituições peguem esse dinheiro que vem do fundo e criem um edital de apoio à cultura, mas que não fiquem para si, pois não é de direito”, reivindicou. 

Homenageados

Cinemateca Catarinense, representada pelo seu presidente, Pedro Machado Carneiro;

Florianópolis Audiovisual Mercosul (FAM), representado pelo seu coordenador-geral, Antonio Celso Santos;

Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, representada pela sua coordenadora, Ana Lúcia Fernandes;

Sindicato da Indústria do Cinema e do Audiovisual de Santa Catarina (Santacine), representado pelo seu presidente, Carlos Eduardo Somaggio;

Sindicato dos Trabalhadores do Cinema e do Audiovisual de Santa Catarina (Sintracine), representado pela sua presidente, Ana Maria Mertins da Fonte;

Serviço Social do Comércio em Santa Catarina (Sesc-SC), representado pelo seu diretor de Educação, Saúde e Cultura, Eduardo Makowiecki Junior;

Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina / Fundação Catarinense de Cultura, representada pela administradora Ana Lígia Becker;

Curso de Bacharelado em Cinema da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), representado pelo seu coordenador, José Cláudio Siqueira Castanheira;

Curso de Bacharelado em Cinema e Audiovisual da Unisul, representado pela sua coordenadora, Mara Lúcia Salla;

Fundação Cultural Badesc, representado por Clarice Barbosa Dantas e Eneléo Alcides da Silva;

Gilberto Gerlach;

José Henrique Nunes Pires;

Sylvio Back, representado por José Henrique Nunes Pires;

Angelo Sganzerla;

Maria Emilia Azevedo;

Lena Bastos;

Macé Di Bernardi;

Kátia Klock;

Lícia Brancher;

Caroline Marins;

Jeferson Lima;

Eduardo Paredes;

Fabio Brüggemann;

Iur Gomez;

Reno Caramori Filho, representado por Caroline Marins.


Confira as fotos do evento.

Alexandre Back
Agência AL

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