Projeto de prevenção de catástrofes no Vale do Itajaí é discutido em Blumenau

O plano de prevenção de desastres que vai minimizar as catástrofes causadas pelas fortes chuvas em toda a região do Vale do Itajaí, foi debatido durante audiência pública que lotou o auditório da Câmara de Vereadores de Blumenau na última quinta-feira (12). Elaborado pela empresa japonesa JIKA, o projeto foi apresentado pelo Secretário de Estado da Defesa Civil, Geraldo Althoff , e aberto para discussão para que os presentes apresentassem sugestões e também tirassem dúvidas sobre o projeto.

Orçado em R$ 1,5 bilhões de reais, as obras e ações foram divididas em duas etapas: a primeira delas conta com sete ações prioritárias. Entre elas, estão a construção de uma barragem em Botuverá e compra de um radar meteorológico. Essas sete medidas estão orçadas em R$ 512 milhões de reais. O BNDES financiaria R$ 120 milhões, o Tesouro do Estado mais R$ 60 milhões e o restante, R$ 312 milhões, estão sendo negociados com o Governo Federal. Já a segunda etapa, estimada em R$ 900 milhões, só será executada após o término das obras da primeira etapa. Estimado para ser executado em cinco anos, o secretário Geraldo Althoff ressaltou que este não é um projeto de governo, mas o começo de um projeto de Estado.

O Vale do Itajaí abrange 53 municípios, o que representa 20% da população de Santa Catariana e 25% do PIB estadual. O secretário da Defesa Civil de Blumenau, José Egídio de Borba, não tem dúvidas de que a aquisição do radar meteorológico e as demais obras são fundamentais para minimizar os prejuízos causados pela fortes chuvas.

A audiência foi presidida pelo coordenador do Fórum Permanente de Prevenção de Desastres Natuais no Vale do Itajaí, deputado Jean Kuhlmann (PSD). Como encaminhamento, será criado um grupo de trabalho permanente com representantes de diversas entidades da região com a finalidade de fazer a ponte entre as necessidades da população e o governo, além de cobrar do governo federal e estadual a vinda de recursos e a execução das obras.

Por: JULIANA BASSETTI