Extremo Oeste catarinense reivindica investimentos na área da saúde

Autoridades municipais e gestores do setor de saúde do Extremo Oeste participaram da audiência pública sobre a descentralização dos serviços de saúde em média e alta complexidade. Os debates foram promovidos pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa. A falta de atendimento em oncologia, neurocirurgia, ortopedia e cirurgia vascular estão entre as principais reivindicações em saúde do Extremo Oeste catarinense. Atualmente os moradores da região precisam se deslocar até Chapecó, distante 128 km, em busca de tratamento em diversas áreas de média e alta complexidade. 

Autoridades da região defenderam mais investimentos para o Hospital Regional e a criação de novas especialidades médicas. O diretor da unidade, Valmor Busnello, afirmou que a prioridade da instituição é a criação da oncologia e da neurocirurgia. Ele disse ainda que também está buscado o credenciamento para a ortopedia em alta complexidade e a cirurgia vascular. A dificuldade dos pequenos municípios em completar o quadro de profissionais de saúde necessários para oferecer uma nova especialidade médica também foi apontada durante a audiência. De acordo com o secretário da Regional de São Miguel do Oeste, Volmir Giombelli, a falta de médicos vem dificultando a disponibilização de novas especialidades pelos municípios.

Outra questão levantada durante a audiência pública é o atendimento a baixa e média complexidade sobrecarrega o hospitais regional. O deputado Padre Pedro Baldissera (PT) apontou a necessidade de melhorar o atendimento aos pequenos procedimentos nos hospitais municipais, deixando o hospital regional livre para fazer investimentos em alta complexidade. De acordo com o presidente da Comissão de Saúde, deputado Volnei Morastoni, as informações levantadas farão parte de um relatório que será entregue ao Governo do Estado e servirá de base para os futuros encaminhamentos por parte da comissão.