17/06/2010 - 11h10min
Servidores da saúde definem indicativo de greve a partir do dia 22
O indicativo de greve dos servidores da saúde, a partir das 7 horas da manhã do próximo dia 22, que há dois meses vem sendo anunciado pela categoria, foi confirmado na tarde de ontem. Desde então, um grupo de servidores começou uma vigília no Parlamento estadual para solicitar apoio dos deputados para que o governo abra um canal de negociações com a categoria, evitando a greve. Um “varal” com diversos ofícios encaminhados ao governo nos últimos meses foi exposto no hall – local onde o grupo passou a noite, aguardando a oportunidade de manifestação na sessão plenária desta manhã. Como a sessão foi encerrada pelo presidente, deputado Gelson Merisio (DEM), por falta de quórum, os servidores decidiram entregar um ofício nos gabinetes parlamentares. No documento, o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde Estadual (Sindisaúde) afirma que a greve só não vai acontecer se o governo abrir um canal de negociações com a categoria, que reivindica a incorporação do abono salarial de 16,76% e anistia aos processos contra o sindicato, com desbloqueio imediato das contas da entidade e devolução de um automóvel apreendido em 2009. “O governo alega que não pode fazer a incorporação do abono salarial por causa do período eleitoral, no entanto, outras categorias foram atendidas. É uma injustiça com os quase 15 mil servidores da saúde”, afirmou o vice-presidente do sindicato, Pedro Paulo das Chagas. Ele informou que hoje à tarde, às 14 horas, o sindicato tem audiência com o secretário de Estado da Saúde, Roberto Hess de Souza. “Acreditamos na capacidade do governo de resolver esse impasse para que a população não seja penalizada mais ainda, dadas as condições da saúde pública no Estado pela falta de sensibilidade do governo”, afirmou o sindicalista. (Rose Mary Paz Padilha Ferreira/Divulgação Alesc)