Servidores da Celesc pedem atenção da diretoria da empresa
Em suspensão da sessão ordinária desta quinta-feira (15), na Assembleia Legislativa, o coordenador da Intercel, que engloba diversos sindicatos relacionados aos servidores da Celesc, Marlon Antônio Gasparin, apresentou um pedido de apoio aos deputados para garantir a negociação junto à empresa. Na oportunidade, Gasparin lembrou que os servidores efetivos estão preocupados com o volume de funcionários terceirizados que em algumas situações sofrem riscos também. De acordo com o coordenador, dos 33 acidentes de trabalhos registrados pela Celesc, 22 foram com funcionários que prestam serviços.
Gasparin também relembrou algumas reivindicações que já fizeram junto à empresa, como melhores condições de trabalho, vale-alimentação e o plano de saúde, que ainda não foram apresentadas aos funcionários. “Preocupados com isso, os trabalhadores fizeram uma manifestação no estado com paralisação de um dia, para tentar negociar, mas até hoje não conversaram com a gente.”
Marlon afirma que a diretoria até ouve mas não responde de forma definitiva os pedidos e isso preocupa os trabalhadores. O líder sindical reconheceu a importância da Celesc, o caráter estratégico da instituição, mas lamentou a falta de avanço nas negociações.
A vinda da Intercel ao Parlamento catarinense foi proposta pelo deputado Fabiano da Luz (PT). Ele lembrou que antes mesmo de ser deputado já acompanhava a situação dos servidores, que, somados em todo estado chegam, a 3,8 mil. No entanto, a manifestação é por cerca de 1 mil que ainda não contam com proposta de plano de saúde adequado. “Os servidores estão apenas pedindo para a diretoria recebê-los e discutir as pautas, respondendo o que dá e o que não dá.” Ressaltou.
O deputado reforçou ainda que um serviço que antes levava 2 horas para ser solucionado, hoje chega a demorar 8 horas devido à regionalização de agências, que antes eram locais, e pela espera dos terceirizados.
O líder de governo, deputado Edilson Massocco (PL) rebateu as cobranças do líder sindical. De acordo com o parlamentar, o governo do Estado já descartou a terceirização. Também reforçou que fará um convite oficial ao presidente da Celesc, Tarcísio Estefano Rosa, para apresentar as negociações e propostas. “Essas pautas que estão pendentes sejam realizadas e atendidas para que todos tenham salário digno e justo para que a empresa continue sendo ainda maior do que é hoje", destacou.
Em relação aos pedidos, Massocco leu uma mensagem recebida do presidente, em que este diz que o plano de saúde deve ter um posicionamento até o dia 15 de julho.
Também se manifestaram os deputados Marquito (Psol), Emerson Stein (MDB), Antídio Lunelli (MDB), Gerri Consoli (PSD) e Maurício Peixer (PL). Os parlamentares ressaltaram a qualidade na prestação de serviços pelos funcionários da Celesc. Durante a sessão, foi reforçada ainda a importância da presença do presidente da concessionária para discutir as rodadas de conversações e apresentar dados sobre os serviços da empresa catarinense.
Agência AL