Redes de atenção à saúde vão centralizar e distribuir atendimento à população
Os deputados membros da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa receberam, na manhã desta quarta-feira (12), uma comitiva da Secretaria de Estado da Saúde que explicou a proposta de implantação das redes de atenção à saúde no estado.
Na prática, a rede de atendimento será gerenciada por uma central de regularização, que cuidará da ocupação de leitos, exames e consultas, de acordo com as demandas da região, distribuindo os pacientes levando em conta suas necessidades e a estrutura disponível. Serão oito centrais no estado.
As redes de atendimento incluem as de urgência e emergência, cegonha, da pessoa com deficiência, de atenção psicossocial e doenças crônicas. Todas as especialidades serão gerenciadas na central de regularização, conforme explicou Clécio Espezim, superintendente de Planejamento e Gestão da Secretaria de Saúde. “Nosso principal objetivo é regulamentar e organizar o serviço de atendimento de alta e média complexidade no estado”.
Segundo Espezim, dois estados já firmaram o Contrato Organizativo de Ações Públicas de Saúde (Coap) com o Ministério da Saúde. Os municípios também são signatários no processo. “Em Santa Catarina estamos nas tratativas políticas e sanitárias com os municípios e Ministério da Saúde. Na próxima semana, vamos a Brasília apresentar nossos encaminhamentos e solicitar apoio técnico do ministério. Até setembro, queremos ver as redes implantadas”, planeja.
O deputado Volnei Morastoni (PT), presidente da Comissão de Saúde, disse que é comum as queixas da população sobre o atendimento, estrutura e situações dos hospitais no estado. “Ouvimos reclamações diariamente”, frisou o parlamentar. O encontro serviu para que os técnicos da Secretaria da Saúde explicassem o funcionamento de cada rede de atenção a ser implantada.
Um dos problemas recorrentes levantados pelos deputados é a situação dos hospitais filantrópicos no estado, que prestam serviço a pacientes do SUS, mas há 16 anos não têm reajuste na tabela dos valores repassados pelo governo federal. Segundo Espezim, estes hospitais também podem ser incluídos nas redes de atenção, o que diminuiria os problemas financeiros.
“Porém, julgamos que a discussão sobre o reajuste na tabela SUS deva continuar neste momento em que estamos fazendo toda a revisão do nosso sistema de atendimento com o governo federal”, ponderou.
Participaram da reunião da Comissão de Saúde os deputados Sargento Amauri Soares (PDT), Antonio Aguiar (PMDB), Mauro de Nadal (PMDB) e Jorge Teixeira (PSD).