Roda de conversa sobre Antonieta de Barros aborda jornalismo e literatura
Referência e inspiração para as gerações atuais, especialmente para lideranças femininas, a vida e a história de Antonieta de Barros, a primeira mulher negra eleita deputada no país em plena década de 30, instigou uma roda de conversa no Parlamento nesta segunda-feira (17) à noite.
A iniciativa faz parte do “Mês Antonieta de Barros”, promovido pela Assembleia Legislativa, de 10 de julho a 4 de agosto, para celebrar os 122 anos da professora, jornalista, escritora e parlamentar catarinense.
Para as personalidades convidadas para protagonizar o debate, Antonieta de Barros foi referência não apenas para o cenário político, mas também para a imprensa, literatura e educação.
Antonieta é inspiração
Em comum, o trio de mulheres revelou que suas carreiras foram inspiradas no legado de Antonieta de Barros.
Foram convidadas para o bate papo as jornalistas Amanda Santos e Carolina Fernandes e a escritora Eliane Debus.
Para Amanda Santos, Antonieta de Barros foi referência de resistência política para as mulheres negras e o movimento antirracista.
“Exerceu papel fundamental ao deixar um legado contra a intolerância e racismo, com textos que são até hoje atuais ao apontar o que esperava da sociedade. Que possamos assim dar continuidade a sua luta através de nosso trabalho”, disse Amanda Santos.
A jornalista Carolina Fernandes explica o impacto de se discutir Antonieta de Barros nos dias atuais. "Ela foi vanguardista. Se hoje estamos trilhando o caminho do jornalismo é por tê-la como referência.”
Foi o lado literário de Antonieta de Barros que instigou a escritora Eliane Debus, autora da obra infantil “Antonieta”, com ilustrações de Annie Ganzala.
“O protagonismo negro nos livros de infância é fundamental. Por seu legado, avaliamos que deveríamos apresentar que Santa Catarina tem a sua pluralidade”, afirmou.
Agência AL