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16/05/2023 - 19h35min

Mostra apresenta quadros de mulheres vítimas de violência doméstica

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FOTO: Vicente Schmitt/Agência AL

A Polícia Civil do Estado é a responsável pela exposição “As cores de cada vida”, lançada nesta terça-feira (16), na Galeria de Arte Ernesto Meyer Filho, aberta à visitação pública até 26 de maio.

Quatorze artistas plásticos produziram retratos estilizados de mulheres vítimas do crime de feminicídio e tentativa de feminicídio em Araranguá, Braço do Norte, Criciúma, Içara, Jaguaruna, Laguna e Tubarão de 2012 a 2021. A mostra já percorreu cidades do sul do estado e pretende chegar a todo o território catarinense.

A idealizadora do projeto, Clarissa Enderle, explica o objetivo do projeto. “Com o aumento do número de feminicídios em 2019, queríamos chamar a atenção da sociedade sobre o tema, apresentar o trabalho de investigação da Polícia Civil e facilitar a prevenção ao crime, o acesso das mulheres à denúncia.”

Psicóloga da Polícia Civil, Clarissa informou que, graças a patrocinadores, artistas plásticos foram convidados a participar do projeto, como Nadya Niehues Becker, de Braço do Norte. “Cada mulher tem a sua história. Queremos despertar a consciência para o respeito.”

Números alarmantes
A delegada Patrícia Zimermann organizou a exposição e apresentou dados sobre esses crimes. “Apenas em 2022 a Polícia Civil registrou 90.001 vítimas de violência doméstica e familiar em Santa Catarina. No mesmo ano 56 feminicídios. São números absurdos e a história de vida dessas mulheres merece ser contada em cores, quais crimes foram cometidos, para que a gente traga de volta a vida dessas mulheres.”

A procuradora da mulher na Casa e coordenadora do Observatório da Violência contra a Mulher, implantado na Alesc, deputada Luciane Carminatti (PT), falou emocionada sobre o tema. “Precisamos fazer uma reflexão sobre a construção da violência, que traz problemas coletivos de saúde social. O que estamos fazendo aqui não é pra comemorar, mas motivo de profunda indignação. Gostaria que essa exposição chegasse às instituições escolares, a alunos e professores, para questionar a educação que prega que homens são donos do corpo da mulher.”

Também prestigiram o ato os deputados Mauricio Eskudlark (PL), Delegado Egídio (PTB), Mário Motta (PSD) e Marquito (Psol).

Rubens Vargas
Agência AL

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