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17/04/2023 - 21h05min

Frente quer viabilizar recursos para comunidades terapêuticas

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Frente parlamentar foi lançada na noite desta segunda-feira (17), na Assembleia Legislativa
FOTO: Solon Soares/Agência AL

A regulamentação de um fundo estadual voltado às comunidades terapêuticas é a principal bandeira da Frente Parlamentar em Defesa das Comunidades Terapêuticas, lançada na noite desta segunda-feira (17), na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Representantes de comunidades de todo o estado participaram do evento, realizado no Plenarinho Deputado Paulo Stuart Wright.

Coordenada pelo deputado Marcos da Rosa (União), a frente foi criada com o objetivo de apoiar as quase 180 comunidades que atuam na recuperação de dependentes químicos. Para isso, pretende buscar junto ao governo estadual a regulamentação de um fundo, vinculado à Secretaria de Estado de Segurança Pública, que existe há anos, mas não recebe recursos.

“Pensamos em sugerir a criação de um fundo, mas descobrimos que já existe esse que nunca recebeu um centavo”, disse o deputado. “Nosso objetivo é sensibilizar o governo a regulamentar esse fundo, para que ele possa receber aportes.”

Os recursos, conforme Rosa, seriam destinados para oferecer mais estrutura às comunidades terapêuticas. “Esse dinheiro permitiria, por exemplo, que a comunidade oferecesse cursos profissionalizantes para seus internos. Muitas vezes, as pessoas se recuperam das drogas, mas não encontram apoio depois que saem do tratamento e retornam ao vício.”

O lançamento da frente parlamentar contou com a participação de representantes da Federação de Comunidades Terapêuticas de Santa Catarina (Fecotesc) e do Conselho Estadual de Entorpecentes (Conen). Alceu de Mello, que é vice-presidente da Fecotesc, afirmou que a iniciativa vem em boa hora, já que as comunidades precisam de recursos para aprimorar e qualificar os serviços que prestam. “A sociedade toda vai se beneficiar com esse trabalho”, comentou.

Vânio de Oliveira, também da Fecotesc, lembrou que o Estado já financia leitos para tratamento de dependentes químicos nas comunidades, mas é preciso investir, também, na estruturação do atendimento dessas entidades. “É algo que vai dar sustentabilidade às comunidades, mas é preciso que haja garantia de que os recursos realmente serão investidos no trabalho desenvolvido pelas comunidades”, afirmou.

O presidente do Conen, Fernando Henrique da Silveira, defendeu uma união de esforços em prol das comunidades terapêuticas. Ele também destacou a necessidade de investimentos na capacitação dos funcionários que trabalham nessas entidades.

Além do deputado Marcos da Rosa, integram a frente parlamentar os deputados Napoleão Bernardes (PSD), Mauricio Eskudlark (PL), Jair Miotto (União), Sergio Motta (Republicanos) e Lucas Neves (Podemos).

Marcelo Espinoza
Agência AL

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