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20/08/2014 - 12h07min

Falta de fiscais pode atrasar os embarques nos portos catarinenses

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FOTOS: Fábio Queiroz/Agência AL

Mesmo com a nomeação de 13 novos profissionais para o estado, a quantidade de fiscais federais agropecuários pode ser insuficiente para atender às necessidades catarinenses, prejudicando a movimentação nos portos locais. O alerta partiu do delegado sindical da categoria no estado, Serafim Costa, durante o 3º Congresso Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Conaffa), que se estende até a próxima sexta-feira (22), no Centrosul, em Florianópolis.

De acordo com Costa, atualmente há 146 fiscais em atuação no estado, responsáveis por uma ampla gama de tarefas, que vão desde a inspeção da qualidade e idoneidade de produtos e insumos alimentares, até a proteção das fronteiras, portos e aeroportos contra a entrada de doenças e pragas que atacam animais e plantas. O trabalho realizado pelos fiscais ganhou evidência na última semana, com a identificação de novos casos de adulteração de leite no Oeste do estado.

Mais fiscais
Mesmo com a nomeação dos aprovados no último concurso público, promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, os portos catarinenses podem ser afetados pela falta de fiscais agropecuários. Atualmente, os portos de Itajaí, Navegantes e São Francisco do Sul estão sendo atendidos por uma força-tarefa composta por três profissionais deslocados de outros estados.

A deficiência de técnicos, disse Costa, decorre do longo intervalo de tempo (21 anos) em que não foram realizados concursos para o setor, período no qual uma grande quantidade de fiscais se aposentou. “Agora, serão nomeados 13 fiscais para Santa Catarina, entre engenheiros agrônomos, veterinários e zootecnistas, quando o ideal para suprir nossas demandas seria algo em torno de 60”, disse.

Presente ao congresso, o presidente do Sindicato Nacional dos Fiscais Agropecuários (ANFFA), Wilson Roberto de Sá, afirmou que a categoria vem reivindicando junto ao governo federal o aumento de 50% no número de fiscais homologados pelo certame. “Há esta previsão no edital e também recursos suficientes. Caso essa medida, urgente e necessária, não seja adotada, o governo precisa vir a público explicar o motivo”, frisou.

Alexandre Back
Agência AL

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