Deputados questionam atendimento do Samu de Florianópolis

Sessão ordinária desta quarta-feira (6)
FOTO: Rodolfo Espínola/Agência AL

Representantes do Novo e do Psol questionaram a qualidade do atendimento prestado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Florianópolis na sessão de quarta-feira (6) da Assembleia Legislativa.

“Fizemos um pedido de informação sobre o Samu de Florianópolis porque recebemos muitas mensagens com informações trágicas, com a notícia do falecimento de um senhor em Florianópolis por conta do atraso do Samu. Em Joinville eram sete ambulâncias rodando e mesmo assim o trabalho era complicado, rodavam cerca de 4 mil km cada uma por mês. Como Florianópolis roda com uma ambulância? Isso é um problema seríssimo”, sustentou Matheus Cadorin (Novo).

Segundo o representante de Joinville, o objetivo é saber qual é a condição real do Samu em Florianópolis e quais medidas estão sendo tomadas para a aquisição de novos equipamentos, tanto pelo Estado, como pelo Município.

“Não há nenhuma condição de uma cidade deste tamanho ser atendida por uma única ambulância”, sentenciou Cadorin, informando em seguida que há denúncias de que a viatura tem problemas de freios e não pode subir os morros.

Marquito (Psol) concordou com o integrante do Novo.

“A situação é de falta de estrutura do Samu na região. Para o Ministério da Saúde, Samu e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) são atividades de urgência emergência, mas o Município precisa solicitar as estruturas e o Município não vem fazendo o pedido de revisão das estruturas de UPA e do Samu. Tem de estender a solicitação ao governo federal”, sugeriu Marquito

Crise climática
Padre Pedro Baldissera (PT) lamentou a pouca importância dada aos efeitos da crise climática, que cada vez mais ameaçam o planeta e, em especial, Santa Catarina com tornados, precipitações intensas, vendavais, granizos, enchentes seguidas uma da outra.

“Já se disse que os rios iriam definhar, que as fontes iriam secar e que teríamos graves problemas de recursos hídricos; que vamos ter regiões degradadas e que certamente virarão desertos: são os cientistas e pesquisadores que apontam para isso. Teremos em breve um período de tempo com consequências drásticas e que comprometerá muito a vida e a sobrevivência de todas as espécies”, avaliou.

Padre Pedro lamentou a falta de políticas para enfrentar a crise do clima. 

“Não conseguimos avançar nas políticas públicas para enfrentar, existe um abismo muito grande, mas ou nos convencemos de que é preciso sentar, debater e construir ações, ou pagaremos um preço caríssimo”, profetizou.

Sérgio Gastaldi
Mário Motta (PSD) registrou a morte do dentista, jornalista, dramaturgo e bonequeiro Sérgio Gastaldi, ocorrido na terça-feira (5), em São Paulo (SP).

“Durante 36 anos apresentei o Jornal do Almoço e durante um bom período tínhamos a participação de um grande artista, um dentista que fez jornalismo; Sérgio Gastaldi, que produzia bonecos, como o professor Papum. Gastaldi animou gerações de crianças e jovens com seus quadros com peças teatrais e sua equipe de bonequeiros”, discursou Motta.

Vozes das mulheres catarinenses
Paulinha (Podemos) destacou o lançamento do livro “Mulheres catarinenses – narrativas de histórias reais”, elaborado com o apoio da Bancada Feminina da Alesc.

“Lançamos o livro que marca a história a luta das mulheres catarinenses e que conta a história de 57 mulheres, um projeto da Bancada Feminina pretérita, sob a nossa coordenação e com o apoio do nosso presidente Mauro de Nadal”, relatou Paulinha, que agradeceu o apoio dos servidores da Casa e do gabinete ao evento da Bancada Feminina.

A deputada também entregou aos colegas uma fitinha branca que simboliza a mobilização dos homens pelo fim da violência contra as mulheres.

Dia do extensionista
José Milton Scheffer (PP) comemorou na tribuna a passagem do Dia do Extensionista Rural, celebrado em 6 de dezembro.

“Quero parabenizar os extensionistas pelo dia, se temos uma agricultura forte devemos muito ao trabalho dos extensionistas da Epagri e das cooperativas, que levam conhecimento aos nossos produtores”, discursou Scheffer.

Crédito presumido para cooperativas
José Milton agradeceu o gesto do Executivo de enviar ao Legislativo um projeto de lei criando o crédito presumido para as cooperativas de energia elétrica.

“Chegou na casa um projeto do governo baseado no nosso projeto para criar um crédito presumido de 20% para que cada cooperativa possa fazer investimentos nas redes, nas subestações e na melhoria da energia oferecida”, noticiou Scheffer.

Contra Dino
Sargento Lima (PL) convidou os conservadores de Santa Catarina para ocuparem as ruas no dia 10 de dezembro para protestar contra a nomeação de Flávio Dino ao Supremo Tribunal Federal (STF).

“Nada contra o ministro Flávio Dino, porém, nós, conservadores, somos bem claros ao dizer que somos totalmente contrários à indicação de Dino ao STF, suas raízes políticas o impedem de ser ministro”, avaliou Lima, acrescentando outras duas pautas à manifestação: marco temporal e desoneração da folha.

Marquito, em aparte, defendeu o marco temporal.

“São três pautas legítimas, sobre a pauta do marco temporal, ela não é uma violação sobre a propriedade, é um instrumento para trazer segurança jurídica. A propriedade fica sob a responsabilidade da União e tem instrumentos de pagamento”, reforçou o representante de Florianópolis.

Mulheres inseguras em Santa Catarina
Marquito (Psol) relatou a insegurança que sentem as mulheres para acessar às praias no litoral catarinense, haja vista os casos de assédio e estupros no início de 2023.

“É um problema sério que tem recebido apoio da casa, da Bancada Feminina, porque as mulheres se sentem vulneráveis ao transitar nas ruas, nas áreas urbanas e no caminho para a praia, principalmente nos acessos às praias”, informou Marquito, acrescentando que visitou, junto com as mulheres vítimas, a Polícia Militar, a Polícia Civil, a Guarda Municipal e a Defensoria Pública para criar um plano estratégico para os acessos às praias.

Condenado por transfobia
Jessé Lopes (PL) criticou a condenação do deputado federal Nikolas Ferreira (PL/MG) pelo crime de transfobia.

“O Nikolas Ferreira foi processado e condenado a pagar R$ 30 mil por chamar um trans de ‘ele’, chamou ‘ele’ de ‘ele’ e foi processado e condenado a pagar R$ 30 mil. Se aconteceu com um parlamentar, o que vai acontecer com as pessoas comuns, que não têm imunidade parlamentar? Você não pode falar o que os olhos veem”, repudiou Jessé.

O deputado afirmou que também é processado por transfobia em um caso que criticou, relativamente à participação de uma pessoa trans em um evento alusivo ao dia da mulher, organizado pelo Instituto Federal Catarinense (IFC), de São Francisco do Sul.

“Não é um caso isolado, se está usando os processos para silenciar as falas. Até quando o poder legislativo vai deixar o judiciário ditar as regras do jogo?”, perguntou o deputado

Déficit fiscal
Lunelli (MDB) criticou o déficit fiscal do governo federal previsto para 2023, estimado em R$ 274 bi, e destacou, em particular, o déficit das estatais, de R$ 4,5 bi.

“Quando se cria um imposto para poder indicar apadrinhados, quando se cria dificuldades para resolver coisas simples, penso logo no trabalhador, porque é no couro dos trabalhadores que tudo vai parar. Por isso me revolto tanto com o governo do PT, porque com essa conta todos teremos de arcar”, garantiu Lunelli.

Vara de Falências
Dr Vicente Caropreso (PSDB) informou a instalação, pelo Tribunal de Justiça (TJSC), de mais uma vara em Jaraguá do Sul, a Vara de Falências e Recuperações Judiciais. A ação atende pedido do nosso mandato e da OAB do município.

“Com este ato a Comarca passa a ter unidades jurisdicionais, inclusive a Vara da Infância e Adolescência”, informou Caropreso, que agradeceu o esforço do ex-presidente do TJSC, João Henrique Blasi.

Agência do consulado italiano em Florianópolis
Caropreso repercutiu a visita à Casa do Povo do embaixador da Itália, Alessandro Cortese, que anunciou a abertura de uma agência do consulado italiano em Florianópolis.

“Funcionará, se Deus quiser, no Sapiens Parque, com o patrocínio da Petrobrás, sem custo para o governo italiano. A previsão é de que a agência consular de carreira possa estar disponível no segundo semestre de 2024”, anunciou Caropreso, que defendeu o ensino do italiano como segunda língua em Santa Catarina.