Deputados destacam recorde da WEG e o perigo da IA sem regras

Deputado Lunelli
FOTO: Rodolfo Espínola/Agência AL

O recorde alcançado pela WEG de 40 mil colaboradores e o alerta de pesquisador sobre os perigos da Inteligência Artificial (AI) sem regras ganharam destaque na sessão de quarta-feira (3) da Assembleia Legislativa.

“Quero compartilhar uma notícia que orgulha o povo de Jaraguá do Sul e todos os catarinenses: a WEG atingiu a marca de 40 mil colaboradores, empresa líder em tecnologia elétrica e exemplo a ser seguido”, declarou Lunelli (MDB), que lembrou a origem da empresa. “Três amigos e o capital de um fusca cada um”. 

Atualmente a empresa tem filiais em 40 países e produtos em todos os continentes. Em 2022 registrou lucro líquido de R$ 4,2 bi, sendo que 12% do total é distribuído entre os funcionários, movimentando ainda mais a economia local e regional.

Na oportunidade, Lunelli pediu apoio para moção de aplauso à empresa pela marca alcançada, apelo logo atendido pelo deputado Matheus Cadorin (Novo).

“Vi o respeito que as três letras têm na Ásia, é inacreditável. A empresa é um orgulho e referência, é a queridinha da Bolsa de Valores, com produtos desenvolvidos nos últimos cinco, seis anos”, informou Cadorin.

Já o deputado Fabiano da Luz (PT) repercutiu entrevista concedida por um dos criadores da chamada “inteligência artificial generativa”, Geoffrey Hinton, ex-funcionário do Google, sobre o perigo que representa uma inteligência artificial sem controles.

“O padrinho da IA alerta para os perigos das tecnologias e que a corrida agressiva das grandes companhias (para desenvolver IAs) está se tornando algo perigoso, porque é difícil impedir maus agentes de utilizar a IA para coisas ruins”, pontuou Fabiano.

Segundo o ex-prefeito de Pinhalzinho, Hinton está arrependido de ter ajudado a criar o modelo matemático de redes neurais, sistema que possibilitou um salto no desenvolvimento de máquinas capazes de aprender.

“Ele alertou para o perigo dessas tecnologias eclipsar a capacidade humana e pediu uma pausa no treinamento dos algoritmos para o desenvolvimento de protocolos de segurança”.

Sargento Lima (PL) discordou. 

“Temer a tecnologia, ter medo da tecnologia? No passado tiveram medo quando Pascal falou sobre a pressão atmosférica. Não precisamos de alguém que tenha responsabilidade por nós, não preciso de nenhum líder que diga o que tenho que ver, assistir, sou um homem adulto, isso é liberdade, eu tomo minhas decisões”, argumentou Lima, referindo-se também ao chamado projeto de lei das fake news.

Startup Summit
Napoleão Bernardes elogiou a iniciativa do Sebrae Nacional, agora sob o comando do ex-prefeito de Blumenau, Décio Lima, de promover, nos dias 23, 24 e 25 de agosto, em Florianópolis, o Startup Summit.

“É preciso reconhecer que temos um catarinense a comandar o Sebrae nacional, o colega ex-prefeito de Blumenau, com uma nova agenda econômica da inovação, as startups, esse novo ecossistema que tem alavancado a economia estadual”, avaliou Napoleão Bernardes (PSD).

Segundo o também ex-prefeito de Blumenau, o Programa Sebrae Startups é a maior plataforma de fomento à inovação, com mais de R$ 300 mi disponíveis para contemplar cerca de 10 mil empreendimentos inovadores.

O deputado ainda reconheceu a importância do Sebrae no apoio ao empreendedorismo feminino e elogiou a intenção do governo do estado de criar o programa Pronampe Mulher Catarina.

“É crédito na veia para as mulheres empreendedoras”.

Ressonância magnética para Hospital Santo Antônio
Emerson Stein (MDB) divulgou na tribuna reivindicação do Hospital Santo Antônio, de Blumenau, para que a Secretaria de Estado da Saúde (SES) repasse recursos para a compra de um aparelho de ressonância magnética.

“É um hospital diferente, atende 92% SUS e somente 8% particular, ao contrário da maioria”, frisou Stein, que convidou a secretária Carmen Zanotto para visitar o nosocômio.

Os deputados Lunelli e Napoleão apoiaram a reivindicação e elogiaram a gestão compartilhada do Hospital Santo Antônio.

Violência nas escolas
Luciane Carminatti (PT), presidente da Comissão de Educação, prestou contas das negociações envolvendo o Executivo, o Legislativo e o Ministério Público (MPSC) acerca da insegurança nas escolas.

Segundo a deputada, na primeira reunião do Comitê Integrado de Segurança nas Escolas, que reúne 23 entidades, pais, alunos, psicólogos e assistentes sociais foi decidido criar três grupos temáticos: para cuidar da estrutura física e humana das escolas e melhorar layout; para sugerir programas e parcerias, ações de inteligência e integração com a comunidade; e parceria com a família, profissionais da educação e imprensa para campanhas publicitárias.

A deputada também noticiou a realização de audiências públicas em várias regiões do estado para ouvir pais, professores, alunos, gestores e profissionais de segurança e garantiu que o referido comitê entregará um relatório final em 8 de agosto com sugestões de mudanças orçamentárias e legais.

Jessé Lopes (PL), presidente da Comissão de Segurança Pública, lamentou a não existência de indenização estatal às crianças e professores que perdem as vidas nas escolas.

“Os filhos vão à escola e se porventura os pais não os mandarem à escola, com certeza o governo estará lá fiscalizando, porque você é obrigado a colocar na escola. No presídio paga indenização (por morte de preso) porque o estado é responsável pelo detento, mas manda o filho na escola e entra um psicopata, o estado não dá nada, não existe indenização para a pessoa assassinada”, criticou Jessé.

O deputado elogiou a Polícia Civil pela interceptação ativa de adolescentes que estavam “articulando coisas” e cobrou do MPSC “o dever de fazer com que o crime não compense”.