Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Agência AL

Facebook Flickr Twitter Youtube Instagram

Pesquisar

+ Filtros de busca

 

Cadastro

Mantenha-se informado. Faça aqui o seu cadastro.

Whatsapp

Cadastre-se para receber notícias da Assembleia Legislativa no seu celular.

Aumentar Fonte / Diminuir Fonte
10/06/2014 - 20h10min

CPI do Ministério Público ouve o corretor de imóveis Orlando Becker

Imprimir Enviar
Deputado Jailson Lima e o corretor Orlando Becker, durante a reunião da CPI. FOTO: Eduardo Guedes de Oliveira/Agência AL

O corretor de imóveis Orlando José Becker foi ouvido na tarde desta terça-feira (10) pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina para investigar possíveis irregularidades na compra de um terreno para a construção da sede do Ministério Público Estadual (MPSC). Ele foi a primeira testemunha convocada pela comissão, instalada no mês passado.

Becker intermediou a venda de um prédio em construção para o MPSC na Rua Pedro Ivo, no Centro de Florianópolis, em 2011, no valor de R$ 53 milhões. Durante a inauguração da obra, ficou sabendo do interesse do Ministério Público em adquirir outro imóvel, com área construída de 20 mil metros quadrados, próximo ao edifício da Rua Pedro Ivo ou perto da atual sede do órgão, situada na Rua Gama d’Eça, também no Centro da capital.

O corretor informou aos deputados que em junho de 2012 apresentou a primeira proposta para esse novo pedido do MPSC, com a construção de um prédio de 36 mil metros quadrados na esquina das ruas Pedro Ivo com Felipe Schmidt, pelo valor de R$ 179 milhões. Outras cinco propostas, em locais diferentes, foram apresentadas, mas nenhuma foi aceita.

O MPSC aceitou outra proposta, na qual Orlando Becker não teve participação, e que resultou na compra de R$ 123 milhões do terreno na Rua Bocaiúva, incluída a construção de um prédio de aproximadamente 21 mil metros quadrados, alvo de investigação da CPI. Becker informou aos membros da comissão que esse terreno estava a venda desde 2010, mas sua compra enfrentava resistência por parte de várias construtoras, por estar em uma área com restrições ambientais e patrimoniais. À época, a área custava entre R$ 10 milhões e R$ 12 milhões, valor considerado por Becker dentro da realidade do mercado.

O deputado Jailson Lima (PT) chamou atenção para a diferença no valor por metro quadrado cobrado do MPSC. Enquanto nas propostas apresentadas por Becker o valor era de R$ 4,3 mil o metro quadrado em média, a oferta aceita pelo Ministério Público tem custo de R$ 5,884 mil por metro quadrado.

“Todas as propostas apresentadas pelo corretor Orlando Becker foram mais baratas. Todas ofertavam imóveis em áreas nobres, dentro do que o MP pedia. É algo que precisa ser esclarecido”, disse Jailson. “O MP não deu publicidade à intenção de comprar esses imóveis, para que outras empresas pudessem participar, apresentando suas propostas”.

O relator da CPI também comentou sobre o memorial descritivo da obra da Rua Bocaiúva, que pedia portas a prova de bala de fuzil AR-15. “Esse memorial também precisa ser bem analisado pela nossa comissão”, disse.

Durante o depoimento de Orlando Becker, o deputado Edison Andrino (PMDB) destacou a rapidez na aprovação do projeto, por parte da Prefeitura de Florianópolis, para o prédio na Rua Bocaiúva. Segundo Becker, o município leva de 6 a 8 meses para aprovar um projeto. A proposta da Rua Bocaiúva, segundo Andrino, foi aprovada em 17 dias.

A próxima reunião da CPI do MPSC está marcada para o dia 24, a partir das 17 horas. Serão convocadas mais duas testemunhas: Pedro Paulo Barros e Orlando da Silva Júnior, ambos avaliadores de imóveis.

Marcelo Espinoza
Agência AL

Voltar