Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Agência AL

Facebook Flickr Twitter Youtube Instagram

Pesquisar

+ Filtros de busca

 

Cadastro

Mantenha-se informado. Faça aqui o seu cadastro.

Whatsapp

Cadastre-se para receber notícias da Assembleia Legislativa no seu celular.

Aumentar Fonte / Diminuir Fonte
08/03/2024 - 23h16min

Assembleia sedia o 1º Congresso Antifeminista de Santa Catarina

Imprimir Enviar
A deputada Ana Campagnolo (PL) discursa na abertura do 1º Congresso Antifeminista, realizado na noite desta sexta (8), na Alesc
FOTO: Vicente Schmitt/Agência AL

A Assembleia Legislativa foi palco na noite desta sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, do 1º Congresso Antifeminista de Santa Catarina, organizado pela deputada Ana Campagnolo (PL). O evento lotou as dependências do Auditório Antonieta de Barros e foi acompanhado por participantes de todo o estado.

Conforme a deputada, o objetivo do congresso foi dar um tom otimista e de comemoração à data. "Porque todo Dia da Mulher é uma oportunidade para vitimismo e choradeira na imprensa, na TV. Não mostram um dia feliz, nunca se fala de forma positiva sobre a data", criticou.

A parlamentar destacou os privilégios de ser mulher, como o que considera o maior de todos: o de ser mãe. "Esse congresso mostra também que há mulheres que não são feministas", disse Ana. "Queremos que esse dia seja lembrado como um dia feliz, um dia em que se comemore a condição de ser mulher, sem poréns. Poréns existem, as dificuldades existem, não só para a mulher, mas para o homem também."

A pedagoga e especialista em Ciências Humanas Cris Corrêa abriu as palestras e tratou do tema "Não existe feminista cristã". Para ela, feminismo e cristianismo são incompatíveis, já que o movimento feminista ataca o cristianismo e tenta destruir e transformar os valores e símbolos religiosos. "Toda feminista convicta do seu feminismo é, por essência, anticristã."

"O feminismo é um movimento político e ideológico, que está focado em desenvolver uma teologia", completou Cris. "Ele faz um resgate das divindades femininas, faz releitura dos símbolos cristãos. A teologia feminista busca transgredir as barreiras do cristianismo para criar um novo sistema de regras e moral para nortear a sociedade."

Já a palestra de Pietra Bertolazzi abordou o tema "Respeito e autenticidade feminina, a beleza da modéstia". Ela atribiu à revolução sexual feminina o crescimento nos casos de doenças mentais em mulheres. Para ela, a invenção da pílula anticoncepcional causou a dissociação do sexo da procriação e o transformou em algo para o prazer, o que levou à questão do aborto.

"Com o sexo sem a finalidade de procriação, naturalmente o bebê se torna um problema", afirmou. "Essa perversão do instinto materno, já que ser mãe é algo natural, gera uma dilaceração moral, fazendo com que a mulher vire feminista, se torne uma pessoa mentalmente fraca, o que acarreta depressão, doenças mentais."

Ela também fez inúmeras críticas à preocupação das mulheres com a moda e com a estética. "A moda é um instrumento do feminismo. Ela pinça atrizes para colocar roupas totalmente imorais, e a gente que é trouxa vai atrás", disse. "A moda em si é um instrumento do pecado."

Pietra tratou da "doença espiritual da luxúria", o que chamou de relativização do pecado mortal do adultério. "Sexo fora do casamento é tão grave quanto matar. Não sou eu que estou falando, é Deus, está na Bíblia."

A pedagoga e doutora em Educação, Patthy Silva, encerrou as palestras do evento, com o tema "As primeiras empoderadas do Brasil". Com base em seus estudos, ela refutou alguns argumentos do movimento feminista, como aquele que atribiu ao femininismo à entrada da mulher no mercado de trabalho.

"As primeiras mulheres nos EUA a terem profissão foram as freiras católicas, em 1900", comentou. "Quando as feministas estavam reclamando por isso nos anos 60, as freiras já tinham feito carreiras em hospitais. Isso também desmente o argumento que o cristianismo poda os avanços das mulheres."

No Brasil, conforme Patthy, ocorreu o mesmo, com as freiras exercendo funções na educação, na saúde e assistência social, já no fim do século XIX. As mulheres pobres também já tinham acesso ao trabalho. "Essa exclusão do trabalho atingia determinado grupo, não todas. As mulheres pobres precisavam trabalhar, era uma necessidade, não um privilégio. A visão feminista parte de uma realidade de classe média."

O 1º Congresso Antifeminista de Santa Catarina contou com a presença de vereadoras dos municípios de Meleiro, Itapoá, Benedito Novo, São Miguel do Oeste, Florianópolis e Bombinhas, além da deputada federal Julia Zanatta (PL-SC). Antifeministas e parlamentares, como a deputada federal Carol de Toni (PL-SC), também participaram, por meio de mensagens de vídeo.

Voltar