“Dói ver o descaso com os professores”, diz Luciane, em crítica à rejeição de emendas

FOTO: Bruno Collaço / AGÊNCIA AL
A deputada Luciane Carminatti (PT), a representante mais firme na Assembleia Legislativa (Alesc) na defesa do magistério catarinense, questionou os deputados que se posicionaram contra suas emendas apresentadas ao projeto de lei do Executivo aprovado esta semana, que concedeu 11% de reajuste ao magistério a ser pago em duas parcelas: 6,5% em julho e 4,5% em dezembro. Segundo ela, o percentual está longe de corrigir a defasagem de aproximadamente 23% registrada desde 2021.
A parlamentar, que preside a Comissão de Educação e Cultura da Alesc, coloca a educação pública no centro do debate político de seu mandato. Segundo ela, é inaceitável que o governo continue tratando com descaso uma categoria tão essencial para o futuro do estado.
“Eu queria perguntar aos deputados se aceitariam ter uma graduação, mestrado e doutorado, ficar 25 anos na sala de aula, tendo que resolver problemas de família, da escola, de todas as ordens e se aposentar praticamente com o mesmo salário de quando entrou.”
Luciane acrescentou que “dói” a atitude do governo do Estado de não reconhecer e valorizar o trabalho de professoras e professores de Santa Catarina. “O projeto que estamos analisando, não responde à valorização do magistério estadual e à descompactação da tabela salarial e não muda uma realidade muito cruel: que o salário pago não seria aceito pelas demais categorias do serviço público.”
Ela lembrou que as forças de segurança pública, por exemplo, receberam um reajuste de 21% em regime de urgência, enquanto os professores precisaram se mobilizar e pressionar por meses para garantir uma recomposição parcial.
Ao lado do Sinte-SC (Sindicato dos Trabalhadores em Educação), Luciane protocolou diversas emendas ao projeto original, com o objetivo de ampliar as garantias e corrigir distorções nos salários da categoria. A atuação conjunta com o sindicato reforça o compromisso da deputada com a valorização dos profissionais da educação.
Carminatti também enfatizou a necessidade de seguir lutando pelo cumprimento integral do piso nacional do magistério e pela aplicação de 100% dos recursos do Fundeb como prometeu o governador, defendendo que a valorização docente é condição fundamental para assegurar uma educação pública de qualidade em Santa Catarina.
Juliana Wilke
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