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Publicado em 05/08/2022

Farol de Santa Marta é ponto privilegiado para observação de baleias francas

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Farol de Santa Marta é ponto turístico de Laguna.

Não há como pensar no turismo em Santa Catarina sem citar – e visitar – um gigante. Com 29 metros de altura e 74 metros acima do nível do mar, o Farol de Santa Marta, em Laguna, é um imponente marco arquitetônico inaugurado em 11 de junho de 1891, com a missão de garantir a segurança das embarcações que navegam a até 46 milhas náuticas, ou 85 km.

Se não bastasse os naufrágios que preveniu durante estes 131 anos – e os que deverá evitar no futuro – a estrutura fez uma pequena vila de pescadores transformar-se em uma cidade, cuja população estimada em 2021 pelo IBGE era de 46.424 habitantes. Não há como ter certeza, mas provavelmente os integrantes da empresa francesa Barbier Bernard et Turenne, que projetou a edificação, não imaginavam que o farol também seria propulsor da economia local, do turismo e ainda seria um ótimo ponto de observação de baleias.

O local da construção foi escolhido por ser a melhor posição para fazer o sinal funcionar e proteger as embarcações. Administrado pela Marinha do Brasil, o acesso é permitido somente até sua base, fora dos muros que contornam a estrutura. E dali a vista privilegiada das praias Grande, do Cardoso, da Cigana, Prainha, da Teresa, da Galheta e do Gravatá já valem o passeio.

Visitas agendadas
A entrada no farol é limitada e depende do aval do militar que estiver no comando. A operação contínua requer condução precisa e cuidadosa e dos equipamentos, e é feita por uma guarnição restrita de apenas três oficiais da Marinha, que ainda realizam a transmissão de dados meteorológicos a cada três horas. Eles também fazem a manutenção permanente do maquinário e a conservação das instalações, algo que impossibilita a atenção constante que o recebimento de turistas exige.

Para visitas ao farol, são permitidos apenas grupos de instituições públicas como, por exemplo, a rede de ensino estadual e municipal e até de estados vizinhos. Pedidos de agenda devem obrigatoriamente ser feitos pelo site, mas a realização da visitação e o número de pessoas depende do andamento da rotina interna de trabalho da guarnição, que inclui o faroleiro, responsável pela manutenção e funcionamento técnico do equipamento do farol, de um profissional que cuida das máquinas (gerador, motor, eletricidade) e outro que trata da parte de comunicações.

Fabricado na França e transportado para o Brasil por navio, o farol é dividido em duas câmaras: de luz e de serviço. A primeira, onde está a lente, é formada por cerca de 300 cristais com até 2,66 metros de diâmetro e três metros de altura. A segunda era onde, até a invenção da luz elétrica, o faroleiro dormia. A operação era totalmente manual e a cada quatro anos o faroleiro precisava acionar o equipamento, que funcionava como um relógio de corda.

Ao soltar o pêndulo, que descia em velocidade lenta, entrava em funcionamento um carretel preso a uma engrenagem que fazia o farol girar. O equipamento ainda existe, mas não está acoplado à máquina de rotação, pois a operação é feita por meio de um motor elétrico. Em caso de emergência ou manutenção do motor, porém, o sistema original está apto para voltar a funcionar.

Na cúpula da edificação fica a redoma do aparelho lenticular responsável pela emissão de luz, formada por uma Lente de Fresnel, invenção do físico francês Augustin-Jean Fresnel (1788-1827). O aparelho é o maior do mundo e um dos três únicos fabricados. Além de Laguna, um segundo está no Havaí, nos Estados Unidos, e o terceiro no Canadá. O sistema também emite sinal de rádio para os navios e é utilizado ainda para orientar as aeronaves que sobrevoam a região.

O farol catarinense foi construído com barro, pedras e areia, além de óleo de baleia, pois à época ainda não existia o cimento. Seu feixe vermelho de luz indica, por exemplo, a Laje da Jagua, onde o navio de Giuseppe Garibaldi afundou durante a Revolução Farroupilha, em 1839. Tem o segundo maior alcance luminoso do mundo, com cerca de 85 km de distância, e jamais deixou de funcionar.

Saiba mais 
https://turismo.laguna.sc.gov.br/o-que-fazer/item/farol-de-santa-marta

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