Caminhadas e pedal impulsionam o turismo

Aliadas ao ecoturismo, outras atividades, como as caminhadas e o ciclismo, estão ganhando impulso na promoção conjunta do turismo nos municípios do Alto Vale. Em municípios como Lontras, Ibirama e Apiúna, o destaque são os percursos que acompanham trechos remanescentes das antigas estradas de ferro que cortavam o Vale do Itajaí.

No limite entre Ibirama e Apiúna, um dos pontos de maior concentração turística é a ponte Altamiro Guimarães, utilizada como ponto de partida para uma trilha de 10 quilômetros em meio à Mata Atlântica e pontos para contemplação de cachoeiras. Com 102 metros de comprimento, a ponte serviu como travessia ferroviária sobre o Itajaí-Açu, próximo à confluência com o rio Hercílio Luz, e por si só já é um atrativo para os turistas.

“Essa ponte é feita em aço, totalmente com tecnologia e materiais alemães. Ela, aliás, foi toda feita lá, desmontada, trazida para o Brasil e remontada aqui, em seis semanas apenas”, explica o guia turístico Mário Scherer.

A estrutura chegou a ser vendida como sucata após a desativação do terminal ferroviário de Ibirama, mas a reação de autoridades e da comunidade impediu o seu desmonte, tornando um importante ponto de visitação e cenário para fotos entre os turistas que visitam a localidade.

Pedal
Outra estratégia adotada em meio ao roteiro Caminhos do Alto Vale é a promoção do ciclismo. Foram criados circuitos específicos para a prática da modalidade em trajetos que envolvem diversos pontos da região.

Entre eles está o Circuito Vale Oeste. O percurso tem o total de 192 quilômetros e compreende trechos em Taió, Mirim Doce, Salete, Rio do Campo e Santa Terezinha. A ideia partiu do Colegiado de Turismo da Amavi, ainda no ano de 2015, como uma forma de levar o visitante a conhecer também as áreas rurais da região e para promover eventos como a Festa do Mel, de Santa Terezinha.

Na ocasião, representantes dos municípios envolvidos ficaram encarregados de fazer o levantamento e a identificação de atrativos turísticos e pontos de hospedagem no decorrer do percurso. Posteriormente, foi criada uma identidade visual única para o trecho e instaladas placas de sinalização nas localidades.

A criação dos circuitos, por sua vez, favoreceu o surgimento de inúmeros grupos de ciclistas nos municípios da região. Este foi o caso do Contrarrelógio, de Rio do Sul, que conta com 138 membros registrados.

A hoteleira Solange Zeferino Demarchi afirma que ela e as amigas Ero Alberton e Jéssica Soares se integraram ao grupo como uma forma de unir a atividade física e o lazer. O grupo costuma se reunir nos fins de semana para percorrer os pontos turísticos da cidade, como o Mirante do Javali, e também as áreas rurais de municípios vizinhos como Rio do Oeste, Aurora, Itoupava e Lontras.

“Nossa região é muito boa para pedalar porque tem muito interior. Então a gente consegue fazer pedais mais tranquilos, com mais segurança, aproveitando também para contemplar mais a nossa região e a natureza.”