União acena com desconto nas parcelas das dívidas dos estados
A União, através do Ministério da Fazenda, propôs aos estados federados desconto de 20% nas parcelas das dívidas durante 24 meses ou 40% de desconto em 12 meses. O anúncio foi feito pelo líder do Partido Progressista, José Milton Scheffer, durante a sessão plenária desta quarta-feira (9). Segundo o deputado, um desconto de 20% nas parcelas significará uma economia de R$ 35 milhões mensais, ou R$ 840 milhões em dois anos. “Já temos um avanço, é um valor considerável e mostra que vamos ganhar a batalha”, avaliou Scheffer.
Silvio Dreveck (PP), líder do governo, enalteceu a ação do governador Colombo, que questionou os índices de correção da dívida no Supremo Tribunal Federal e pediu ao governo federal isonomia com o município de São Paulo. “O governo deve dar ao estado o desconto que deu à prefeitura de São Paulo, mais de 60%”, alertou Dreveck.
Serafim Venzon (PSDB) reivindicou tratamento igualitário e lembrou que se prevalecer o texto da lei e não a sua regulamentação, muitos estados já pagaram suas dívidas. “Todos os estados vão se beneficiar com o acordo que está sendo previsto, é melhor para a União aceitar o acordo do que perder tudo no STF”, argumentou Venzon.
165 anos de Joinville
Antonio Aguiar (PMDB) destacou a passagem, nesta quarta-feira, dos 165 anos de fundação de Joinville. Aguiar cumprimentou o prefeito Udo Dohler e ressaltou a liderança do ex-governador Luiz Henrique da Silveira. Para Aguiar, o município cresceu ainda mais com a duplicação da BR-101. “Com o dinamismo da comunidade veio um período de grande desenvolvimento”, avaliou o deputado, que elogiou e espírito voluntário e solidário do joinvilense. “Parabéns Joinville”.
Kennedy Nunes (PSD) também parabenizou a Manchester barriga-verde. “É a minha Joinville”, afirmou o parlamentar, que ressaltou o atual aspecto multiétnico da maior cidade do estado. “Joinville cresceu, hoje não conseguimos dizer que é uma cidade germânica, recebe gente de todo o país”, informou.
Março de mobilizações
Dirceu Dresch (PT) afirmou que o mês de março ficará marcado por mobilizações dos movimentos sociais. Segundo o deputado, atualmente há um intenso debate em torno da reforma da previdência, do fornecimento de energia elétrica, habitação, aumento da violência contra as mulheres, acesso à terra, ao crédito e a defesa da democracia. “A reforma da previdência preocupa muito, não queremos ampliar a idade mínima”, defendeu.
Para Dresch, os movimentos sociais e sindical estão preocupados com o futuro da democracia. “Está em marcha um movimento golpista, muita gente que não viveu o período não conhece os porões da ditadura e a morte de dirigentes populares”, ponderou Dresch, referindo-se à ditadura civil-militar que se instalou a partir de 1964.
RBS: atuação digna
Fernando Coruja (PMDB) destacou a venda da parte catarinense da RBS para um grupo de investidores, à frente o empresário Lírio Parisotto. “A RBS teve uma participação importante na nossa história recente, é um meio de comunicação poderoso, com influência decisiva, mas teve uma boa atuação. Não falemos de jornalismo isento, de neutralidade, que é uma ingenuidade. Não há isenção, os meios de comunicação precisam de dinheiro, dos anúncios dos governos, mas a RBS teve uma atuação digna, quero cumprimentar a família Sirotsky”, discursou Coruja.
O deputado, por outro lado, saudou os novos donos do conglomerado e lembrou que eles investiram dinheiro. “Claramente precisam recuperar esse investimento”, reconheceu o deputado, que sugeriu aos novos controladores que continuem sintonizados com a comunidade catarinense. “Vamos trabalhar com as questões reais, para ajudar o povo a crescer, como a RBS participou de demandas do estado e de pleitos em relação ao país”, justificou Coruja, referindo-se a campanhas como a duplicação da BR-101.
DNIT faz o possível
Maurício Eskudlark (PSD) afirmou que o DNIT “faz o possível” em Santa Catarina. “Está se criticando um profissional que está trabalhando dentro das condições atuais, ele está tentando fazer o possível, mas pegou o DNIT sem planejamento e com falta de recursos”, esclareceu Eskudlark, respondendo assim as críticas dos deputados à gestão do Partido da República no órgão federal.
Lula na mira
Eskudlark criticou a reação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à condução coercitiva de que foi alvo. “O Instituto Lula é um canal para sair dinheiro das empreiteiras, até as pessoas mais ignorantes sabem disso, é um verdadeiro absurdo. E o ex-presidente, ao invés de contestar as acusações, chamou os sindicatos para irem para a rua, criando um clima de confronto. Ele tinha de dizer onde estão os R$ 20 milhões das empreiteiras”, cobrou Eskudlark.
Ana Paula Lima (PT) discordou do colega. “Marx já disse, a história se repete como tragédia e depois como farsa. A elite perseguiu Getúlio Vargas, exilaram João Goulart e prenderam Juscelino Kubistchek. Agora as forças do atraso têm em mira o ex-presidente Lula, que cometeu crimes horríveis contra a elite, pagou a dívida externa, tirou 40 milhões da pobreza, deu ganho real ao salário mínimo, diminuiu impostos, incentivou o consumo e tirou o país do mapa da fome, são crimes indefensáveis”, ironizou a deputada.
Ana Paula alertou para a volta do “fantasma do conservadorismo” e criticou duramente a imprensa, o Ministério Público e o Judiciário. “Os setores mais atrasados, que sequestraram o ex-presidente para um depoimento que ele nunca se negou a prestar, um verdadeiro show de horrores. Não queremos desrespeitar a Justiça, mas queremos que valha para todos”, denunciou a representante de Blumenau.
Imposto sobre grandes fortunas
Luciane Carminatti (PT) defendeu a taxação das grandes fortunas e estimou, caso esse imposto fosse aprovado, R$ 100 bilhões de receita. “Precisamos fazer uma reforma tributária justa, quem ganha muito tem de pagar mais, as mulheres estão puxando essa discussão”, revelou Carminatti.
Manifestações em paz
Kennedy Nunes pediu aos manifestantes contra e pró-governo que vão às ruas domingo (13) que mantenham o equilíbrio para preservar a paz. “Esse sentimento de confronto, de luta, isso me preocupa, essa provocação está sendo feita por quem deveria acalmar, essa é a minha preocupação. Não adianta fazer com que seus liderados partam para a batalha, é hora de acalmar, de ver o que é bom para o Brasil”, sugeriu Kennedy.
Dengue em alta
Serafim Venzon divulgou os últimos dados sobre a dengue no estado. Segundo relatou o parlamentar, Santa Catarina registrou nos dois primeiros meses do ano 1.050 casos de dengue, sendo 900 autóctones. “É uma grande epidemia”, disparou Venzon, que destacou o caso de Pinhalzinho e Itajaí, dois municípios tidos como “ricos”.
Não para
Leonel Pavan (PSDB) afirmou que o governador Raimundo Colombo garantiu que as obras do centro de eventos de Balneário Camboriú não sofrerão interrupções. “Mesmo que o governo federal não mande a sua parte vou cumprir rigorosamente os recursos para que essa obra não pare”, garantiu o governador ao deputado Pavan.
Integração do Planalto Norte ao Vale do Itajaí
Silvio Dreveck contou na tribuna que percorreu as obras de pavimentação da estrada que liga o Vale do Itajaí ao Planalto Norte. “O trabalho está acelerado porque o estado está pagando em dia, mesmo diante de toda a crise que assola o Brasil”, explicou Dreveck, que garantiu que após concluída a ligação haverá mais desenvolvimento e mais qualidade de vida no Planalto Norte.
Agência AL