Repercute em plenário negociação do Estado para venda de carne à Coreia

Sessão ordinária da manhã desta terça-feira (12)

As tratativas para viabilizar a exportação de carne suína para a Coréia do Sul avançaram e os deputados comemoraram em plenário na sessão da manhã desta terça-feira (12). “A missão na Coreia já está concluída, das dez etapas para a habilitação apenas duas estão pendentes: a inspeção e habilitação dos frigoríficos e acertos comerciais entre os dois países. É um dia de comemoração, uma luz no fim do túnel, uma nova perspectiva no ânimo dos produtores”, declarou Natalino Lázare (PR), presidente da Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembleia Legislativa.

Para Maurício Eskudlark (PR), a crise interna reduziu as vendas e a abertura de novos mercados traz esperança ao setor. “Todos ganham com a exportação”, avaliou o parlamentar, que elogiou o empenho do governador Raimundo Colombo para abrir o mercado coreano. “É um complemento ao trabalho dos agricultores”, afirmou Eskudlark

Gabriel Ribeiro (PSD) lembrou que o estado detém cerca de 30% da produção de suínos do Brasil. “Santa Catarina é livre da febre aftosa, é livre da peste suína clássica”, argumentou Ribeiro, que destacou o papel das barreiras sanitárias que controlam a entrada e saída de animais do território barriga-verde para garantir a sanidade dos rebanhos.

Altair Silva (PP) também parabenizou a comitiva liderada pelo governador. “Agora vamos buscar a solução para o milho”, prometeu o parlamentar, referindo-se ao alto custo desse insumo, essencial na alimentação dos porcos. Luciane Carminatti (PT) ressaltou que os avanços nas negociações representam garantia de renda no meio rural. A representante de Chapecó aproveitou a oportunidade para informar os colegas que o deputado Julio Ronconi (PSB) protocolou o Projeto de Lei nº 462/2016, instituindo a semana e o dia estadual do produtor rural. “A semana será a última de julho e o dia estadual do produtor será 28 de julho”, anunciou Carminatti.

"Por onde ela passa, é outro visual"
Leonel Pavan (PSDB) criticou a passagem da tocha olímpica pelas cidades catarinenses, notadamente em Balneário Camboriú, cidade em que reside. “Na rua 3.700, aonde moro, vai passar a tocha, mas não me atochem, porque aquilo que estão apresentando não existe em outros bairros. Os estacionamentos foram retirados, a rua está livre, limpa, as placas recuperadas, pintura dos meios fios, varrição, ciclovia”, descreveu o deputado, que sugeriu que a tocha também deveria passar nas ruas dos postos de saúde, creches e escolas.

O deputado avaliou que a visibilidade da cidade é boa para o turismo. “Até eu gostaria de levá-la, fui atleta dos jogos abertos”, confessou Pavan. O parlamentar, entretanto, lembrou que algumas cidades recusaram a passagem da tocha e que Hamburgo, na Alemanha, recusou sediar uma olímpiada. “Há um custo direcionado tão grande, que muitas vezes esses custo poderia ser destinado para todas as atividades do país”, informou Pavan, ponderando que a olímpiada pode ser outra oportunidade perdida pelo Brasil. “Não estamos nos apresentando bem, crises, escândalos, não é o melhor momento para estar nos olhos do mundo”, reconheceu Pavan.

Patrulha rural
Neodi Saretta (PT) sugeriu ao governo criar uma patrulha rural para atender os municípios do Alto Rio Uruguai, como Seara, Arabutã e Xavantina. “Sabemos que demanda efetivo”, avisou Saretta, indicando logo após que o Executivo pode chamar os excedentes dos concursos na área da segurança para superar a dificuldade. “Eles têm condições de ser chamados”, assegurou o representante de Concórdia, que destacou a sensação de insegurança experimentada pelas famílias no interior desses municípios.

Diagnóstico da saúde mental
Cesar Valduga (PCdoB) informou os colegas que na segunda-feira (11), na sede da Escola do legislativo Lício Mauro da Silveira, reuniram-se integrantes da Frente Parlamentar Anti-Manicomial para começar um diagnóstico da situação da saúde mental no estado. “Será um documento de grande valia e vai potencializar ações”, previu Valduga, que convidou os interessados a participarem da discussão. “Sempre na segunda semana de cada mês, às segundas-feiras, 14 horas, na Escola”.