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29/03/2016 - 17h50min

Repercute na Assembleia decisão do PMDB de deixar governo Dilma

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A decisão do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) de deixar o governo da presidente Dilma Rousseff repercutiu na sessão desta terça-feira (29) da Assembleia Legislativa. “Entendo que o partido deve sair, a situação chegou a tal ponto que precisa mudar o governo, a melhor solução seria a presidente Dilma renunciar, até para preservar o PT, que tem uma história forte no país”, sustentou Fernando Coruja (PMDB).

Para o representante de Lages não se trata de golpe. “O impeachment está previsto na Constituição, é preciso mudar o governo e como não há renúncia o impeachment neste momento é a melhor solução”, defendeu Coruja.  Mário Marcondes (PSDB) concordou com o colega e propôs a renúncia da presidente. “Que se abrevie tudo isso para que o país não chegue às profundezas, ao pré-sal (político)”, comparou Marcondes.

Ana Paula Lima (PT) contestou o que chamou de “posicionamento equivocado de algumas instituições”, aludindo ao PMDB e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que protocolou na Câmara dos Deputados novo pedido de impedimento da Chefe da Nação. A representante de Blumenau defendeu o estado de direito e pediu serenidade aos brasileiros. “Neste momento tão conturbado peço respeito ao voto, foi por meio do voto que hoje estamos nesta Legislatura, assim como a presidenta Dilma, eleita legitimamente por mais 54 milhões de brasileiros”, declarou a deputada.

Planalto Norte
Antonio Aguiar (PMDB) comemorou na tribuna a concretização de ações do governo no Planalto Norte, particularmente nos municípios de Três Barras, Irineópolis, Porto União e São Bento do Sul. Segundo o deputado, em Três Barras foram liberados recursos para a conclusão da Avenida Rigesa, além de R$ 50 mil para a fanfarra da cidade.

Aguiar cobrou investimentos na geração de empregos. “O Planalto Norte necessita de investimentos na geração de empregos, todos estamos em busca de geração de emprego, Canoinhas, por exemplo, precisa de investimentos”, afirmou o deputado, que reivindicou diferenciação fiscal para as empresas locais.

SC-302
Mauricio Eskudlark (PR) pediu a atenção do governo para as condições de trafegabilidade da
SC-302, no trecho entre Caçador e Calmon. “Era mais de meia-noite e tinha um carro parado em uma estrada deserta, o pai trocando pneu, a filha no telefone celular tentando iluminar, este assunto já foi levantado aqui, essa rodovia precisa de prioridade”, disparou Eskudlark.

Crise na suinocultura
Neodi Saretta (PT) sugeriu ao governo do Estado que isente os criadores de suínos do ICMS sobre o consumo de energia elétrica. “Não é um valor que vai abalar as finanças estaduais, mas do ponto de vista do produtor é um valor decisivo para manutenção de sua atividade”, ponderou Saretta, que assegurou que a criação de suínos está perto do colapso, uma vez que o custo de produção é de
R$ 4 o quilo, enquanto o produtor recebe uma remuneração entre R$ 2,50 e R$ 3,10 o quilo.

Para Saretta, o grande vilão é o milho, que chega a custar R$ 52 a saca, uma vez que precisa ser transportado do Centro Oeste brasileiro até o Oeste barriga-verde. Natalino Lázare (PR) concordou com Saretta, mas anunciou que o problema será resolvido. “O governo do Estado e a Fecoagro estão adotando medidas conjuntas para aumentar a área plantada de milho no estado em 100 mil hectares, com incentivos e garantia de preço mínimo. Serão produzidas 16 milhões de sacas a mais, com retorno de R$ 100 milhões de tributos”, garantiu Lázare.

Outdoors do Sinte
Silvio Dreveck (PP) criticou a direção do Sindicato dos Trabalhadores na Educação (Sinte) por  estampar em outdoors espalhados por todo o estado a foto de mais de duas dezenas de deputados, acusando-os de trair a educação. “No fim de 2015 aprovamos leis polêmicas sobre educação, previdência e segurança, evidentemente não houve concordância, até porque o Sinte colocava aos servidores que nós estávamos contra os professores, quando na verdade éramos a favor dos professores”, discursou Dreveck.

O deputado também criticou a intenção da entidade de transportar para Brasília professores dispostos a defender a presidente Dilma na manifestação prevista para 31 de março. “O Sinte está organizando um encontro em Brasília em defesa da presidente Dilma e do ex-presidente Lula e anuncia que vai pagar uma diária de R$ 300 para quem for”, revelou Dreveck.

Eskudlark também criticou o Sinte. “É um órgão político, um braço de um partido que utiliza os recursos para a política, para pagar ônibus e ajuda de custo para cada pessoa que embarcar no ônibus do Sinte”, reclamou Eskudlark.

Leonel Pavan (PSDB) contou que recebeu dezenas de e-mails criticando o Sinte. “Muitos professores estão sendo ameaçados para irem a Brasília para fazer um protesto favorável à presidente, são pessoas se vendendo e pessoas corrompendo”, concluiu Pavan.

Acesso ao aeroporto de Florianópolis
Gean Loureiro (PMDB) destacou a realização de audiência pública, que acontecerá na noite desta terça-feira, na Capital, para tratar do acesso ao Aeroporto Internacional Hercílio Luz. Segundo Loureiro, a obra foi dividida em quatro lotes, sendo que em três deles as obras avançam. Já no quarto lote, que depende de licenciamento ambiental com aval do ICMBio, ainda não há definição sobre o melhor traçado.

Bombeiros x bombeiros
Darci de Matos (PSD) anunciou que a Casa patrocinará uma audiência pública na segunda-feira (4) para tratar da dupla fiscalização exercida pelos bombeiros voluntários e militares, principalmente em Joinville. “Precisamos chegar a um entendimento para evitar um conflito de fiscalização e confusão na cabeça dos empresários que estão sendo fiscalizados por duas instituições que têm o mesmo objetivo”, informou Darci.

Vítor Santos
Agência AL

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