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28/04/2022 - 15h05min

Imbituba sedia capacitação para inclusão escolar de alunos com deficiência

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Palestra de Luciana Motas Dias Brites lotou as dependências do Imbituba Atlético Clube
FOTO: Rodolfo Espínola/Agência AL

Cerca de 300 profissionais da educação e representantes de entidades públicas e privadas participaram, em Imbituba, nesta quinta-feira (28), de uma capacitação voltada à inclusão escolar de alunos com deficiência. Promovido pela Assembleia Legislativa, por meio da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e da Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira, o evento destacou a importância da neurociência para os processos de aprendizagem.

Realizado na sede do Imbituba Atlético Clube, o seminário “Caminhos para a inclusão escolar e estratégias pedagógicas” aconteceu durante os períodos da manhã e da tarde com duas palestras de Luciana Motas Dias Brites. Doutoranda e mestra em Distúrbios do Desenvolvimento, pedagoga, psicopedagoga, psicomotricista, especialista em Educação Especial e CEO do Instituto NeuroSaber, ela afirmou que a ideia central do evento é mostrar que, quando se entende como o cérebro funciona, passa a ser possível estabelecer melhores perspectivas de aprendizagem. “Então, saber isso ajuda muito a saber ensinar e não só para a educação inclusiva, mas para todas as crianças. E no caso da educação inclusiva isso é mais importante, pois cada transtorno tem sua particularidade. Por isso é tão importante entender a fundo como essas pessoas aprendem”, explicou. 

De acordo com a palestrante, uma das coisas mais importantes que a educação inclusiva trouxe de benefício para a educação regular foi a educação baseada em evidência científica. “Atualmente, as melhores práticas inclusivas têm que ser baseadas nas neurociências e pesquisas, para que esses alunos que estão sendo estimulados e desenvolvidos aprendam de forma mais assertiva. Pois tudo o que essas pessoas não precisam é perder tempo. Elas precisam ser estimuladas de uma forma adequada”, assegurou.

Avanços científicos
Luciana deixou claro ainda que as capacitações têm grande importância. “A educação baseada em evidência, no mundo inteiro, acaba sendo muito desenvolvida. Quando se fala em neurociência, todos os dias aparecem coisas novas, estudos neurocientíficos mais elaborados. Então, por isso que capacitações como esta trazem para a sala de aula informação de ponta. E os professores que estão lá entre os alunos precisam estar muito bem capacitados.”

Para o presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB), os avanços científicos são um dos motivadores dos eventos promovidos pelo colegiado tanto na capital do Estado quanto no interior. “Temos travado uma luta muito grande em favor da inclusão, levando acima de tudo informação de qualidade para as entidades, para as pessoas, para as famílias. Em Joinville, nesta semana, nós levamos muito conhecimento sobre autismo, em um evento com mais de 400 pessoas inscritas. Aqui são quase 300 pessoas. E isso faz com que se discuta os melhores caminhos, as melhores formas, sempre respeitando o direito de todos, apesar das suas dificuldades, das suas diferenças, para terem acesso à uma socialização, a serem alguém.”

Proponente do seminário, o parlamentar destacou ainda que, por causa da pandemia, os eventos ficaram praticamente dois anos sem acontecerem de modo presencial. “E hoje se vê a fluência de um grande público, pessoal ávido por conhecimento”, avaliou Caropreso. “Nossa comissão é a que mais junta pessoas. E não é politicamente. É juntar para levar conhecimento para o dia a dia das instituições. A ciência hoje não nos traz todas as respostas. Mas com o estudo e, acima de tudo, com um treinamento muito bom, a gente vai levando a consciência aos dirigentes escolares estaduais, municipais e federais.”

No seminário foram apresentadas estratégias clínicas que podem ser utilizadas no contexto escolar, além de ferramentas para melhor inclusão escolar dos alunos atípicos. As palestras também tiveram como meta evidenciar os protocolos de observação clínica/pedagógica, proporcionar debate referente ao processo de inclusão escolar dentro das interfaces entre escola, clínica e família e práticas pedagógicas nos transtornos de neurodesenvolvimento.

 

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