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02/08/2016 - 18h00min

Deputados criticam ausência de orientador de informática em seleção de ACTs

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Deputados criticaram durante a sessão ordinária desta terça-feira (2) a ausência do cargo de orientador de salas de tecnologias, as chamadas salas de informática, no processo de seleção para professores temporários (ACts). “Haverá perda da qualidade do ensino, as salas de tecnologia são indispensáveis ao suporte pedagógico”, alertou Neodi Saretta (PT), que apelou para que a Secretaria de Estado da Educação reconsidere a decisão.

Dirceu Dresch (PT) também reivindicou a alteração dos editais relacionados à seleção de ACTs. “Os alunos têm o direito de estudar em salas com tecnologia, sem ACTs não é possível”, avaliou Dresch, que sugeriu ao governo a alternativa de abrir novo concurso público para suprir a demanda desses profissionais.

Saudade da Assembleia
João Amin (PP) declarou que sentiu saudades da Assembleia Legislativa nos 60 dias em que permaneceu licenciado. “Dá saudade da Assembleia, em 60 dias também dá para repensar o mandato, fazer uma sintonia fina, no meu caso para não frustrar as expectativas daqueles que confiaram em mim, espero ser um deputado melhor que 60 dias atrás”, declarou.
O deputado considerou positivo o rodízio praticado pelo Partido Progressista. “O rodízio virou referência no Parlamento, no caso do PP nenhum deputado se elegeu sozinho”, argumentou João Amin, anunciando em seguida que cedeu sua vaga na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ao “primo” Roberto Salum (PRB).

IDH SC
Serafim Venzon (PSDB) falou sobre o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), utilizado como parâmetro na liberação de recursos federais e estaduais, e defendeu a criação de um IDH exclusivo para Santa Catarina. “Seria o IDHSC”, afirmou Venzon, completando que o novo índice, além de levar em conta variáveis financeiras, também consideraria o padrão de vida, a longevidade e a segurança. “O Estado teria um decréscimo no índice por conta do aumento da criminalidade, em 2013 foram 11,7 homicídios para cada 100 mil habitantes, enquanto em 2014 esse número foi de 12,8”, informou Venzon.

Jeito brasileiro irresponsável de ser
Doutor Vicente Caropreso (PSDB) lamentou o “jeito brasileiro irresponsável de ser” e comparou o custo de grandes obras inacabadas no país com a construção do maior túnel do mundo pela Suíça. Segundo Caropreso, o túnel suíço tem 57 quilômetros de extensão e está 2,3 mil metros abaixo do topo das montanhas. “Custou R$ 42 bilhões, o prazo foi cumprido, o planejamento e a fiscalização foram sérios”, exemplificou o parlamentar.
No caso do Brasil, o representante de Jaraguá do Sul citou o “trem-bala”, que ligaria as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro e outras obras inacabadas. “Já custou quase R$ 1 bilhão, nunca foi feito nada; a ferrovia Transnordestina começou em 2006 a um custo de R$ 4 bilhões, com prazo de quatro anos. Cerca de 10 anos depois, o custo é de R$ 11 bilhões e a obra não chegou na metade”, comparou Caropreso.
O deputado também citou as obras do contorno de São Francisco do Sul. “Estão paradas desde 2012, o custo era de R$ 40 milhões, mas os trilhos foram levados para a ferrovia Norte Sul”, denunciou o parlamentar, ponderando logo após que o “descaminho da responsabilidade fiscal é o caminho do desastre” e que “a corda arrebenta sempre no ponto mais fraco”.

Rolagem de dívida & crédito para mais dívida
Natalino Lázare (PR) informou que a Aurora, gigante da agroindústria do Oeste, dará férias coletivas para 600 funcionários que atuam na unidade de Guatambu. “O frigorífico abate 120 mil aves por dia, a produção cairá para 60 mil”, revelou Lázare, que reivindicou a rolagem das dívidas e a abertura de crédito para compra de milho.
“O maior gargalo hoje é o preço do milho, por isso a importância da abertura de linha de crédito para comprar milho. Dizem que tem milho no Centro Oeste, mas o pessoal está descapitalizado”, justificou o presidente da Comissão de Agricultura. Altair Silva (PP), em aparte, alertou para o risco de colapso. “A economia está correndo grave risco, o grande Oeste precisa da atenção de Brasília”, cobrou o representante de Chapecó.

Cidade sitiada
Roberto Salum criticou o bloqueio de vias públicas para garantir a segurança do julgamento dos acusados das ondas de atentados a ônibus, delegacias e postos de polícias. “Fecharam a cidade, até a BR-101 foi interditada, tudo para bandidos de alta periculosidade”, declarou Salum, que prometeu apresentar projeto de lei proibindo o Tribunal de Justiça de realizar julgamentos de bandidos perigosos na região central da Capital.

Tudo na política
Leonel Pavan (PSDB) contou que foi vereador por seis mandatos, prefeito por três vezes, deputado federal, senador, vice-governador, governador e atualmente é deputado estadual. Pavan relembrou os tempos em que desfilava na avenida Atlântica de Balneário Camboriú a cavalo, acompanhado de Jorge Murad, o Beto Carrero.
“Quando fui prefeito proibi os carros de som, só podia circular os que movimentavam o Parque Beto Carrero. No sábado fechávamos a avenida Atlântica, eu montado no cavalo Chupim e o Beto Carrero no Faísca, empinávamos os cavalos na rua”, descreveu Pavan, que defendeu a promoção, a divulgação e a qualificação da mão-de-obra relacionada ao turismo. “Um servidor preparado para dizer bom dia, boa tarde, é preciso investir nas pessoas”, ensinou Pavan.

Orçamento impositivo
Antonio Aguiar (PMDB) novamente cobrou a votação do projeto de lei complementar que regulamenta o Orçamento Regionalizado (OR), tornando-o impositivo. “Estamos na expectativa de deliberar”, confessou Aguiar, que lembrou que a matéria é iniciativa do Comissão de Finanças e Tributação. Segundo Aguiar, uma vez aprovada a matéria, o OR disporá de R$  582 milhões. “As regiões, por meio de audiência públicas, debatem e elencam ações para serem incluídas na Lei Orçamentária Anual”, explicou Aguiar.

Judicialização da saúde
Valdir Cobalchini (PMDB) denunciou que atualmente 28 mil ações judiciais tramitam na Justiça Estadual reivindicando pagamento de remédios, próteses e despesas para tratamento de saúde. “Em três meses foram mais 800 ações, os dados constam da dissertação de Mestrado do desembargador Ronei Danielli”, anunciou Cobalchini.
De acordo com o parlamentar, o sequestro de recursos para pagamento de tratamentos de saúde deve superar R$ 300 milhões em 2016. “Há expectativa de caos”, alertou o parlamentar, que defendeu o entendimento entre os poderes Legislativo, Judiciário, Executivo e Ministério Público em torno do assunto. Ivan Naatz (PDT) concordou com o colega e citou o exemplo do Rio Grande do Sul. “O estado enfrentou o problema, os poderes se uniram e construíram uma cartilha para não liberar facilmente devido ao alto custo”, informou Naatz.

Publicidade x estradas
Dirceu Dresch (PT) criticou os gastos com publicidade governamental em rádios, jornais e televisões. “Milhões gastos por mês em propaganda e as nossas rodovias caídas, trazendo risco para a população”, disparou Dresch, salientando os casos das rodovias que ligam Seara a Chapecó, assim como Xavantina a Xanxerê.

Blitz na ponte
Roberto Salum reproduziu áudio de um empresário manezinho criticando a Polícia Militar pela realização de uma blitz no sábado à noite, na cabeceira das pontes que ligam à Ilha ao Continente. “Blitz na ponte à meia noite e trinta, no sábado. Assim ninguém ganha dinheiro. O que têm na cabeça? Para tudo porque decidiram fazer uma blitz, não tem para onde correr, como vamos arrecadar para pagar este governo, para pagar essa máquina do legislativo e do governo? Dinheiro não nasce em árvore”, afirmou o empresário.
Segundo Salum, quem lucra com a blitz é a máfia dos guinchos. “O MP está fazendo vista grossa, um homem está ficando milionário nas costas de cinco municípios, vou pedir explicação por que não foi investigado o terreno em Palhoça, todos os veículos apreendidos vão para este pátio”, avisou Salum.

 

Vítor Santos
Agência AL

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