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09/09/2015 - 17h30min

Aumento de impostos divide opinião dos deputados

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FOTOS: Eduardo Guedes de Oliveira/Agência AL

O aumento de impostos, entre eles o Imposto de Renda (IR) das pessoas físicas, conforme admitiu o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, dividiu a opinião dos deputados durante a sessão da tarde desta quarta-feira (9) da Assembleia Legislativa. “O ministro disse que o aumento do IR da pessoa física pode ser um caminho para o ajuste fiscal”, discursou Leonel Pavan (PSDB), ponderando que as novas receitas serão utilizadas para “tapar buraco que o próprio governo cavou”.

Segundo Pavan, a oposição ao governo Dilma Rousseff é contrária ao aumento de impostos. “Essa proposta indica o fracasso do ajuste fiscal e a incapacidade de conter os gastos públicos, as receitas não aumentam e o governo não sabe como diminuir as despesas”, descreveu Pavan, que prognosticou um cenário futuro de “enorme gravidade”.

Luciane Carminatti (PT) concordou em parte com Pavan. “Também sou contra aumentar o IR, onerando a classe média”, confessou a deputada, acrescentando que defende a taxação do “andar de cima”, isto é, cerca de 2% dos brasileiros, segundo calculou a representante de Chapecó. “Cobrando 1% de 2% da população teríamos uma quantia igual ao orçamento da educação de um ano”, garantiu Carminatti.

Dirceu Dresch (PT) afirmou que muitos petistas divergem do ministro Levy. “Queremos tirar do andar de cima para dar aos trabalhadores e o PSDB votou contra a taxação dos bancos”, disparou. Leonel Pavan, em aparte, contestou Dresch e lembrou que Levy representa no governo os banqueiros.

Ismael dos Santos (PSD) discordou de Pavan e lembrou que o ministro Levy “é o fio de credibilidade que a nação ainda tem”. Segundo Ismael, a equação que soluciona os problemas do país é desenvolvimento econômico conjugado com responsabilidade social.

Jean Leutprecht
Jean Leutprecht (PCdoB) pronunciou o último discurso na tribuna da Assembleia, uma vez que na segunda-feira (14), termina a licença de 60 dias do titular, Cesar Valduga (PCdoB). Leutprecht elogiou o rodizio adotado pelo PCdoB. “É saudável para quem participa do processo político”, avaliou, explicando que a experiência no Legislativo estadual proporcionou-lhe conhecimento político e pessoal.

A deputada Luciane Carminatti (PT) elogiou Leutprecht. “Tivemos uma convivência respeitosa e proveitosa”, declarou. Ismael dos Santos (PSD) parabenizou o representante de Jaraguá do Sul. “Espero tê-lo aqui como titular." Leonel Pavan (PSDB) registrou que Leutprecht contribuiu com o estado e Dalmo Claro de Oliveira (PMDB) brincou com o colega. “Alguns até aprenderam a pronúncia certa do seu nome”.

Leutprecht relatou que nesses 60 dias visitou 38 municípios, participou de 12 audiências públicas, apresentou 13 projetos de lei, 12 indicações, além de ter solicitado o desarquivamento de quatro projetos de leis da ex-deputada Angela Albino (PCdoB). Entre os projetos que apresentou, destaque para a destinação de 1% da receita do estado para o esporte e o incentivo às mídias regionais livres e comunitárias. “A maior vitória é a manutenção da Olesc”, ressaltou o deputado.

Terras indígenas
Antonio Aguiar (PMDB) afirmou que acredita na reversão da demarcação de áreas indígenas nos municípios de Araquari e São Francisco do Sul. “Estamos apresentando uma moção para que o Executivo interfira na demarcação, os indígenas têm história, merecem nossa consideração, mas não precisamos de índios importados do Paraguai”, ironizou Aguiar.

Reajuste zero
Luciane Carminatti criticou o governo do Estado pela não execução do reajuste salarial de 13% do magistério, que deveria ter sido implementado em janeiro de 2015. “Estamos aguardando o anúncio dos 13% que deviam ser concedidos em janeiro de 2015, até agora o reajuste é zero”, lamentou a deputada, que especulou sobre o que acontecerá em janeiro de 2016, quando outro reajuste será anunciado. “Como será pago? Acumulado com o de 2015?”, indagou Carminatti.

7 de setembro
Dirceu Dresch destacou na tribuna a passagem de 193 anos da independência tupiniquim, celebrada dia 7 de setembro. “A exploração das nossas riquezas não terminou com o grito à beira do riacho Ipiranga”, filosofou Dresch. Segundo o deputado, o país atualmente disputa e conquista novos mercados, assim como estabelece diálogo com outras nações. “Os EUA são mais um, não o principal parceiro (comercial), hoje o Brasil é credor do FMI”, enfatizou o representante de Saudades.

Vulgarização da função médica
Dr. Vicente Caropreso (PSDB) acusou o governo federal de vulgarizar a função médica através da Portaria 8.497, de 4 de agosto, editada pelo Ministério da Saúde. “Qualquer médico que fizer qualquer curso em qualquer parte do território terá certificado de qualificação, isso revolta e causa perplexidade na comunidade médica”, argumentou o parlamentar, acrescentando que os médicos assim formados serão “falsos especialistas”.

Dia do administrador
Jean Kuhlmann (PSD) comemorou em plenário a passagem do dia do administrador, celebrado neste 9 de setembro. “São 50 anos de regulamentação da profissão”, relatou o deputado, que é administrador. Kuhlmann afirmou que o Conselho Regional de Administração organiza ações pelo estado todo, como fóruns regionais em Itajaí, Blumenau, Lages e Chapecó, bem como sessões solenes nos legislativos municipais e estadual.

O representante de Blumenau contou aos deputados que nesta quarta-feira acontece, na Capital, o fórum estadual. “Várias celebridades serão homenageadas”, revelou Kuhlmann, que defendeu a participação dos administradores nos negócios públicos. “Para capacitar e profissionalizar a gestão pública”, justificou.

Vítor Santos
Agência AL

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