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04/07/2025 - 22h20min

Audiência em Concórdia recebe demandas de entidades de proteção animal da região Oeste

Evento integra ciclo de consultas públicas da Comissão de Proteção, Defesa e Bem-Estar Animal e reúne representantes de ONGs e gestores municipais
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A audiência aconteceu na Câmara de Vereadores de Concórdia.
FOTO: Daniel Conzi/Agência AL

Entidades apresentam demandas em audiência pública no Oeste

Representantes de entidades voltadas à proteção animal na região Oeste reuniram-se na noite desta sexta-feira (4), na Câmara de Vereadores de Concórdia, para apresentar suas demandas. Na ocasião, foram apontadas, principalmente, a necessidade de realização de castrações, apoio financeiro e campanhas de conscientização sobre a causa animal.

Consulta pública faz parte do calendário da Comissão de Bem-Estar Animal

O evento integra um ciclo de consultas públicas regionais promovidas pela Comissão de Proteção, Defesa e Bem-Estar Animal, presidida pelo deputado Marcius Machado (PL), com o objetivo de traçar um panorama sobre o tema no estado. As informações levantadas serão encaminhadas ao 3º Fórum Estadual de Ativistas e Protetores de Animais de Santa Catarina, que acontecerá no dia 22 de outubro, na Alesc.

“Queremos escutar as demandas aqui de Concórdia, uma cidade estratégica, bonita, organizada, que já faz um trabalho em prol das entidades protetoras. Mas nós queremos ampliar esse trabalho, escutando, fazendo um raio-x aqui do Oeste de Santa Catarina, para que possamos levar essas informações para a comissão e também para o Fórum.”

Sugestões de outras audiências e destaque para programa estadual

O parlamentar citou como exemplo sugestões recolhidas em outros municípios nos quais foram realizadas audiências, como o reconhecimento do cão comunitário (sem tutor específico) como sujeito de direitos, ou a realização de censos municipais para averiguar o número de animais em situação de abandono.

Na ocasião, ele também falou sobre o programa Pet Levado a Sério, lançado pelo Executivo no dia 30 de abril.

“É muito significativo para mim poder apresentar o Pet Levado a Sério, que é o maior programa de castrações de Santa Catarina, do governador Jorginho Mello. São 18 milhões de reais, que vão beneficiar municípios com até 100 mil habitantes, ou seja, 281 municípios, para que a gente possa ampliar o número de castrações.”

Esta é a quinta audiência pública realizada pela Comissão de Proteção, Defesa e Bem-Estar Animal. As edições anteriores ocorreram em Joaçaba, Alfredo Wagner, São Joaquim e Rio do Sul. Também estão programados debates semelhantes em Itapema (10/7) e Timbó (25/8).

Demandas apresentadas por entidades da causa animal

Em outro momento da audiência, representantes de entidades voltadas à causa animal dos municípios do Oeste puderam apresentar os trabalhos realizados e falar sobre os desafios que enfrentam.

Este foi o caso de Angela Maria Michalchuk, que preside a Itanimal, do município de Itá, que desde 2012 atua na busca de novos lares para cães vítimas de abandono.

“A gente enfrenta várias dificuldades. A questão dos maus-tratos é o que mais nos abala. E precisamos de apoio e esclarecimento sobre os maus-tratos, porque há pessoas que acham que o cachorrinho amarrado lá no fundo do quintal, sem água, sem alimento, passando frio, ou mesmo o que está na rua, não está sendo vítima de maus-tratos.”

Ela destaca que, apesar do apoio recebido do poder público, ainda faltam investimentos no setor, principalmente em ações para ressaltar a importância do cuidado com os animais.

“Estamos avançando a passos lentos, mas eu vejo um grande futuro. Claro que ainda precisamos de muito investimento em campanhas de esclarecimento, voltadas principalmente para as pessoas do interior.”

Maria Eduarda Medeiros Ficanha, por sua vez, falou da Associação Palmira Gobbi Amigos dos Animais (AMA), uma organização não governamental (ONG) sediada em Concórdia, que atualmente tem sob sua responsabilidade 16 cães e 17 gatos. Ela explicou que, somente em uma semana, a entidade conseguiu viabilizar, com o apoio da prefeitura local, 290 castrações. Ela lamenta, entretanto, que os recursos para a realização de outros serviços, como alimentação e medicação, seguem insuficientes.

“Nós recebemos muitos pedidos, mas não conseguimos atendê-los por conta das nossas dívidas. Estamos permanentemente pedindo doações, fazendo eventos. A nossa expectativa é que possamos ter mais auxílio, porque não estamos fazendo um trabalho para nós, mas para o povo, para a cidade.”

Município apresenta estrutura e convênios com ONGs

Presentes à audiência, gestores e lideranças públicas de Concórdia apresentaram as ações que vêm sendo tomadas no âmbito do município.

O prefeito de Concórdia, Edilson Massocco (PL), citou a criação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, órgão que vem coordenando as iniciativas voltadas à proteção animal, e também a realização de convênios com duas ONGs para o repasse de R$ 9 mil por mês.

O município também irá destinar ao controle populacional de animais os R$ 300 mil recebidos por meio do programa Pet Levado a Sério.

“O município já tinha um programa muito bom, mas vai ficar muito melhor com esse aporte, que com certeza vai nos ajudar muito”, comemorou.

Castrações, microchipagem e campanhas educativas

Na condição de titular da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Rafael Rossett Corezzolla falou de ações como a microchipagem, o atendimento de denúncias de maus-tratos e a apresentação de palestras em escolas sobre guarda responsável.

A expectativa do gestor é que os recursos recebidos do governo aumentem substancialmente o número de castrações oferecidas pelo município.

“Esse programa vem muito ao encontro da nossa necessidade. O governo está disponibilizando 1.750 castrações por município, e acreditamos que, com isso, seja possível atender à demanda que nós temos e, em breve, trabalhar a prevenção, para que os dados melhorem até o final do ano.”

Legislativo municipal apoia ações de proteção animal

Representando o Legislativo local, a vereadora Rutineia Rossi (PL) destacou as ações realizadas no município.

“Gostar de animais é subjetivo; ninguém pode obrigar alguém a fazer isso, mas respeitar, sim. Por isso, nos alegra saber que temos uma administração municipal sensível a este tema”, disse.

Alexandre Back
AGÊNCIA AL

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