TRE-SC espera manter tradição e encerrar apuração até as 22 horas

FOTO: Carlos Humberto/ASICS/TSE

Desde a implantação da urna eletrônica no sistema eleitoral brasileiro, em 2000, Santa Catarina se destaca no cenário nacional como um dos estados mais ágeis na apuração dos votos. Para o pleito deste ano, a expectativa do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC) é manter a celeridade no processo e ter 100% dos votos apurados até as 22 horas do dia da votação.

“Trabalhamos para ser os mais céleres, mas essa não é nossa meta”, explica o coordenador de Eleições do tribunal, Paulo Custódio Fernandes. “Nosso objetivo principal é fazer com que todo o processo seja o mais seguro e transparente possível, sempre em conformidade com a legislação eleitoral”.

Procedimento
Com o fim do prazo para a votação, às 17 horas, o presidente da seção eleitoral, utilizando senha própria, encerra a votação e emite os Boletins de Urna (BUs), uma espécie de extrato impresso em cinco vias pela urna eletrônica, trazendo a identificação da seção eleitoral, a identificação da urna, o número de eleitores que compareceram e votaram e o resultado dos votos por candidato e por legenda, sem fazer nenhuma correspondência entre o eleitor e o voto depositado.

Os BUs são assinados pelo presidente da seção e por representantes ou fiscais dos partidos políticos presentes. Uma via é afixada em local visível na seção, dando publicidade ao resultado. Outras três vias são encaminhadas, juntamente com a ata da seção, ao cartório eleitoral. A última via é entregue aos representantes ou fiscais dos partidos políticos presentes. 

Após a impressão dos BUs, a memória-resultado, uma espécie de pen drive customizado com a votação em cada urna, é gravada de forma criptografada. Quando chega ao servidor central para a totalização dos votos, primeiramente é verificada a sua assinatura digital. Se a assinatura digital for válida, está garantido que aquele resultado foi gerado pela urna eletrônica que foi preparada para aquela seção eleitoral. Com isso, garante-se a integridade e a autenticidade do resultado.

Postos de transmissão
Uma das estratégias adotadas pelo TRE para dar agilidade à apuração são os postos intermediários de transmissão, chamados de PITs, instalados para atender as seções eleitorais mais distantes. As urnas eletrônicas e as memórias-resultado são levadas para esses postos, de onde os resultados são transmitidos, via internet, para o local de apuração e totalização dos votos.

Fernandes explica que os PITs são instalados em locais onde o transporte da urna e da memória-resultado do local de votação até local de apuração demore mais de duas horas. Nas eleições de 2012, foram disponibilizados 14 postos.

Segurança
A Justiça Eleitoral garante que não há possibilidade de se adulterar os resultados da votação nas urnas eletrônicas. O coordenador do TRE-SC explica que os arquivos contendo os resultados de cada urna são criptografados, o que impede qualquer alteração. Além disso, assim que a votação é encerrada, é impresso o chamado boletim de urna (BU), uma espécie de extrato com todas as informações sobre a votação, como o número de eleitores que votou e os ausentes, a quantidade de votos para cada candidato e partido, além dos brancos e nulos.

“Não há qualquer chance de alteração dos resultados no transporte da urna e da memória-resultado do local de votação para o local de apuração”, garante Paulo Fernandes. “Qualquer alteração seria facilmente detectada pelos boletins de urna, que são impressos e distribuídos para os fiscais dos partidos políticos assim que a votação é encerrada, ainda dentro da seção eleitoral”.

Fernandes lembra também que as urnas não podem ser atacadas por hackers porque não estão ligadas em rede, nem são conectadas à internet. “A única rede que é utilizada é a rede interna da Justiça Eleitoral, para a transmissão dos dados. Mesmo assim, ela é protegida e, se houve algum ataque, seria facilmente detectado, por causa dos boletins de urna e das memória-resultado”. (Com informações da Assessoria de Comunicação do TSE)