Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Agência AL

Facebook Flickr Twitter Youtube Instagram

Pesquisar

+ Filtros de busca

 

Cadastro

Mantenha-se informado. Faça aqui o seu cadastro.

Whatsapp

Cadastre-se para receber notícias da Assembleia Legislativa no seu celular.

Aumentar Fonte / Diminuir Fonte
17/10/2017 - 08h03min

Sessão especial na Alesc celebra 500 anos da Reforma Luterana

Imprimir Enviar
Solenidade no Plenário da Assembleia Legislativa celebrou 500 anos da reforma protestante

A Assembleia Legislativa realizou, na noite de segunda-feira (16), no Plenário Osni Régis, sessão especial em homenagem aos 500 anos da reforma protestante, deflagrada por Martinho Lutero, na Alemanha, em outubro de 1517. A solenidade foi proposta pelos deputados Milton Hobus (PSD), Jean Kuhlmann (PSD) e Aldo Schneider (PMDB).

O deputado Jean Kuhlmann (PSD) afirmou que o dia 31 de outubro de 1517, data em que Martinho Lutero afixou as suas 95 teses na Capela de Wittenberg, mudou a história do mundo. “Talvez nem Martinho Lutero imaginava o que seu ato estava representando.” O parlamentar destacou a contribuição da igreja luterana desde a colonização de Santa Catarina. Para ele, muito mais do que uma igreja, do que o ensino religioso e a espiritualidade, a igreja luterana representa a luta por uma educação melhor, por uma saúde melhor, pelo atendimento à infância e aos idosos. Kuhlmann citou exemplos de escola, hospital, creche e asilo mantidos pela comunidade luterana em Blumenau. “Estamos aqui para fazer referência ao ato de Lutero, mas acima de tudo, para prestar uma homenagem aos que ajudaram a construir uma igreja luterana forte e preocupada com as pessoas”, disse o parlamentar.

O deputado Milton Hobus (PSD), por sua vez, relatou o orgulho de ter sido batizado na igreja de Lutero, do mesmo modo que seus familiares. E frisou o ensinamento dos valores básicos. “Vivemos em comunidade porque os princípios da igreja luterana nos fizeram assim.” Fazendo uma analogia com o protesto do monge que não se conformava com a cobrança de vagas no céu pela igreja católica, Hobus disse que o Brasil está precisando de líderes capazes de se indignar e apontar novos caminhos, e que os 500 anos do protestantismo devem servir de esperança para os brasileiros que possuem coragem e vergonha. “Somos conhecidos como protestantes porque precisamos ter na nossa vida a capacidade de nos indignar e de protestar.”

O pastor sinodal Jacson Homero Eberhardt agradeceu a homenagem da Assembleia Legislativa, em nome do presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Nestor Paulo Friedrich. Ele propôs aos participantes da solenidade uma reflexão baseada na carta de São Paulo registrada no livro de Romanos (Rom 1,17), na qual ele afirma que “o justo viverá pela fé”. Esta passagem bíblica foi a palavra central no processo de reforma iniciado por Lutero. As teses de protesto e indignação se basearam na descoberta de que o justo viverá pela fé, pela graça, e que isso não se vende, conforme o pastor. “A sociedade precisa enxergar em nós, na nossa igreja, uma ética comprometida com este evangelho”, ensinou.

A sessão especial foi encerrada com uma oração e benção do pastor Breno Carlos Willrich, que intercedeu pelo deputado Aldo Schneider, ausente da sessão por problemas de saúde.

A reforma
A reforma protestante foi um movimento reformista cristão, iniciado no início do século 16, pelo monge e professor de Teologia Martinho Lutero, que protestou contra diversos pontos da doutrina da igreja católica, propondo uma reforma no catolicismo romano. As 95 teses afixadas por Martinho Lutero na Capela de Wittenberg, a 31 de outubro de 1517, eram fundamentalmente contra o comércio das indulgências pela igreja católica e deram base aos princípios da reforma protestante.

Lutero foi apoiado por vários religiosos e governantes europeus, provocando uma revolução religiosa, iniciada na Alemanha, que se estendeu pela Suíça, França, Países Baixos, Reino Unido, Escandinávia e algumas partes do leste europeu, principalmente os países bálticos e a Hungria.
O resultado da reforma protestante foi a divisão da chamada igreja do ocidente entre os católicos romanos e os reformados, ou protestantes, originando o protestantismo.

Homenageados

  • Pastor sinodal Jacson Homero Eberhardt, representando o presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Nestor Paulo Friedrich;
  • Pastora sinodal Camila Elisa Schütz, do Planalto Central Catarinense, em Curitibanos, representando o pastor sinodal Inácio Lenke;
  • Pastor sinodal Breno Carlos Willrich, representando o Sínodo Vale Do Itajaí;
  • Pastor Vanderlei Boeing, representando o Sínodo Centro-Sul Catarinense;
  • Pastora sinodal Dirce Semin Zang, representando o Sínodo Uruguai.
Lisandrea Costa
Agência AL

Voltar