Renda com espetáculo da Acic deve custear 13º de professores

Espetáculo reunirá cerca de 40 alunos cegos e de baixa visão, de várias idades, incluindo crianças de três a doze anos

A Associação Catarinense para a Integração do Cego (Acic) promove nesta terça-feira (6), às 20h, no Teatro Pedro Ivo, no Saco Grande, em Florianópolis, a 3ª edição do Espetáculo de Música e Dança, cuja renda bancará o 13º dos professores da instituição.

“É um espetáculo fantástico com cerca de 40 alunos cegos e de baixa visão, de várias idades, incluindo crianças de três a doze anos. A renda será revertida para a entidade e, no caso de 2018, para cobrir o 13º dos professores”, afirmou Henrique Sales Rosica, presidente da entidade, que conversou com a Agência AL na tarde de segunda-feira (5), na sede da entidade.

Segundo Rosica, o espetáculo de 2017 arrecadou R$ 9 mil com a venda de cerca de 250 ingressos.

“A expectativa é arrecadar mais, pretendemos encher o teatro Pedro Ivo, queremos colocar 600 pessoas, é um desafio”, reconheceu Rosica, que convidou os moradores da Grande Florianópolis para prestigiarem as apresentações dos dançarinos, instrumentistas e cantores cegos ou com baixa visão.

Os ingressos custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia) e estão a venda nos teatros Pedro Ivo, CIC e TAC, além da Acic. Informações pelo telefone (48) 3261.4500

41 anos de Acic

A Acic é uma instituição não-governamental, sem fins lucrativos, criada  há 41 anos para promover ações inclusivas, contribuindo para a efetiva participação dos cegos e das pessoas com baixa visão na sociedade.

“Este ano estamos com cerca de 230 pessoas recebendo acompanhamento, o principal atendimento é a mobilidade, no qual a pessoa conhece e aprende a usar a bengala para se locomover sozinho, adquirindo a autoconfiança e passando a ter independência, sem precisar que alguém auxilie”, explicou o presidente da Acic.

A entidade atua na habilitação, reabilitação, profissionalização, esporte e cultura.

“Temos atletas do Parajasc com medalhas de ouro no ciclismo, atletismo e bocha.  Nesses 41 anos devolvemos para o mercado mais de 200 pessoas que recebiam benefícios do governo e hoje são independentes”, declarou Rosica.