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26/07/2015 - 23h08min

Região Carbonífera recebe 1º Seminário de Prevenção de Saúde e Deficiência

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I Seminário de Saúde e Prevenção da Região Carbonífera. FOTO: Solon Soares / Agência AL

Com abrangência de nove municípios, a região carbonífera de Santa Catarina, localizada no sul do estado, recebeu nesta sexta feira (24), o Seminário de Prevenção de Saúde e Deficiência - “Prevenção faz a Diferença”. Promovido pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa, em parceria com a Escola do Legislativo “Deputado Lício Mauro da Silveira” e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes), o evento realizado no munícipio de Urussanga reuniu cerca de 400 pessoas, entre pesquisadores e profissionais das áreas da saúde, educação e assistência social.

Com foco na prevenção, o seminário ofereceu uma ampla programação com a apresentação de quatro palestras, proferidas por profissionais renomados que possibilitou uma vasta troca de informação e conhecimento. Com temas distintos, a explanação teve por objetivo difundir ações preventivas a respeito das causas das deficiências, através de orientações e conscientização. Dados da organização mundial de saúde revelam que 70% das deficiências poderiam ser evitadas.

À frente das atividades, a assessora da comissão, Janice Steidel Krasniak, destacou que a proposta da iniciativa é trabalhar medidas preventivas para evitar que as futuras mães venham a ter filhos com deficiências. “Multiplicar o conhecimento é a melhor forma de prevenir”, acredita Janice.

Na ocasião, o coordenador da Escola do Legislativo, Antoninho Tibúrcio Gonçalves, ressaltou que o trabalho em parceria reforça a proposta da escola de realizar ações em prol da educação para cidadania. 

Natural da região, o deputado Cleiton Salvaro (PSB) prestigiou o evento destacando a importância do debate. De acordo com o parlamentar, a prevenção tanto na saúde como na educação se realizada com êxito viabiliza um futuro melhor para as novas gerações. “Ações como esta previnem e possuem um custo irrisório comparado com a reabilitação e a necessidade de um tratamento. Ações preventivas devem ser fundamentadas no investimento em saúde, alimentação, habitação, trabalho e lazer, como princípios básicos de exercício de cidadania”, pontuou.

Já o conselheiro das Apaes da região carbonífera, José Eloi Martins, salientou que, com representação em 17 regiões de Santa Catarina, as Apaes tem colocado o estado em primeiro lugar na prevenção de doenças. “O seminário vem revelar as ações mais simples para se evitar as doenças, como a utilização do ácido fólico antes de engravidar, o exame da toxoplasmose, sífilis e especialmente a compatibilidade sanguínea com o parceiro. Com esses cuidados e acompanhamento do pré-natal é possível evitar sérios problemas”, frisou.

Palestras

A primeira palestra do dia contou com a participação da Coordenadora Estadual de Saúde e Prevenção, Lucila Micheluzzi. Ao falar sobre “A importância da prevenção e seus custos”, a parapsicóloga enfatizou que é necessário se criar uma cultura da prevenção.

“O planejamento familiar faz parte das ações de prevenção e deve ser visto com seriedade. Em 2014, 95% das Apaes no estado fizeram o trabalho de prevenção nos municípios. Para 2015, nossa meta é atingir 100% das Apaes trabalhando com prevenção de deficiência. Além de envolver os municípios vizinhos, também atingimos as secretarias de assistência, da educação e saúde”, informou.  

Já a palestra “Prevenção primária das Deficiências”, ministrada pelo médico geneticista João Monteiro de Pina Neto, trouxe um pouco de conhecimento sobre causas genéticas e não genéticas das deficiências. O profissional destaca que, estabelecer a causa do porque a pessoa tem uma deficiência, seja auditiva, visual, física ou mental é trabalho do médico.

Ao destacar que as causas podem ser genéticas e não genéticas, Monteiro explica que as não genéticas são produzidas por problemas de contato como, por exemplo, quando uma mulher bebe álcool na gravidez. “Com apenas duas latinhas, ela já coloca seu feto exposto a problemas no sistema nervoso central. Já as genéticas podem estar relacionadas à idade que a mulher escolhe para ter filho ou até mesmo às doenças de causas hereditárias”.   

Para falar sobre “O uso de medicamento e drogas antes e durante a gestação”, o psiquiatra Marcos Naciffalou informou que, aproximadamente, um quinto das mulheres no Brasil engravidam acidentalmente. Segundo ele, este fato precisa de atenção. “Sem saber da gravidez a futura mãe pode ingerir determinada medicação que pode ser absorvida pelo feto através da placenta. Isso, muitos casos, acarreta má formação do bebê, além de alterar comportamento e capacidade cognitiva ao longo da vida“.

O médico alertou Antibióticos, antifúngicos, anticonvulsivantes, entre outros medicamentos são considerados perigosos ingeridos antes de saber da gravidez até o primeiro trimestre da gestação são justamente quando esta formando o corpo do bebê”, alertou.

A palestra “Olhar diferenciado para o desenvolvimento neuropsicomotor”, proferida pelo médico geneticista, Dr. Rui Pilotto encerrou as atividades do dia. De acordo com ele, levantar os pontos importantes na vida reprodutiva de um casal é fundamental para se prevenir deficiência.

O especialista destaca que o primeiro momento seria o pré-concepcional onde, antes mesmo de engravidar, uma mulher é obrigada a saber a qual grupo sanguíneo pertence. “Dependendo do grupo sanguíneo da mulher e do marido é possível ter alguns cuidados. Toda mulher que tem o RH negativo tem um determinado risco que pode prevenido com a vacina rogam. O uso do ácido fólico também contribui para a não incidência de má formação do tubo neural, evitando a anencefalia, encéfalopatia e até mesmo o lábio leporino”, informou.
 

Tatiani Magalhães
Sala de Imprensa

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