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27/03/2018 - 16h57min

Proposta para revogar cidadania catarinense ao ex-presidente Lula gera debate

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FOTO: Solon Soares/Agência AL

O anúncio feito pelo deputado Maurício Eskudlark (PR) de que protocolou projeto de lei para revogar a cidadania catarinense concedida ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva gerou debate entre os parlamentares na sessão desta terça-feira (27).

“Entrei com o projeto 77/2018, que revoga o título de cidadão catarinense concedido ao cidadão Luiz Inácio Lula da Silva. Recebi mensagens cobrando, quase a unanimidade, que isso não representava a vontade do povo catarinense”, informou Eskudlark, que comparou a reversão proposta à cassação da medalha Anita Garibaldi outorgada ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, atualmente preso no âmbito da Operação Lava Jato.

Eskudlark alegou que atualmente o homenageado não reúne os requisitos da “dignidade, decência, retidão, nobreza, honra, respeitabilidade, probidade, integridade, honestidade, decoro, grandeza e inocência”.

Ana Paula Lima (PT), Dirceu Dresch (PT) e Luciane Carminatti (PT) criticaram a intenção do ex-chefe da Polícia Civil.

“Ciúme de homem é uma coisa triste. A caravana de Lula arrastou multidões, levou amor, fez homens e mulheres chorarem num belíssimo ato que aconteceu na Capital do estado. Lula é professor da paz, mestre da harmonia, está sendo indicado para receber o Nobel da Paz por sugestão do argentino Adolfo Pérez Esquivel”, respondeu Ana Paula.

“Mais de 60% não admite que alguém seja condenado sem provas, você, como delegado de polícia, não exigiria provas? Alguém tem de ler o processo, essa é a nossa exigência hoje, não queremos tratamento desigual para o Lula, mas queremos que as pessoas sejam tratadas com justiça”, afirmou Dresch.

“Quando a gente apela para jogar pedra e ovo, toda racionalidade política termina. Já me excedi, mas nunca no uso da violência. O que eu vi na prática foram algumas atitudes criminosas que não representam uma ideologia, mas pessoas insanas que querem ganhar no grito, no tapetão e na violência. Minha filha quase foi agredida porque estava com uma camiseta vermelha em Florianópolis, foi perseguida na rua”, revelou Carminatti.

Ana Paula foi além e rejeitou a comparação com Geddel.

“Tiramos a honraria de Geddel porque encontraram provas, R$ 50 milhões, mas para condenar (o Lula) não acharam prova nenhuma, somente essa perseguição da justiça”, justificou a representante de Blumenau.

Os deputados Antonio Aguiar (PSD) e Milton Hobus (PSD) elogiaram o gesto de Eskudlark.

“O embate jurídico que hoje se avizinha, os casuísmos do Judiciário quando se discute se prende ou não o ex-presidente Lula, atitudes como essas não são mais compreendidas e fazem com que um ex-presidente da República não seja bem recebido no Sul do Brasil. Colhemos o que plantamos, as pedras e os ovos são respostas 'aquilo que se plantou. Quero assinar com Vossa Excelência”, solicitou o líder do PSD.

“Há dez anos atrás tínhamos ótimas referências do senhor Lula, mas durante esses dez anos ele não procurou Santa Catarina para agradecer. Agora que está em baixa, que foi chamado, nem vou dizer as palavras feias, não é justo que nós deputados tenhamos essa pecha, vivemos outros momentos. Concordo com o projeto em gênero, número e grau”, garantiu Aguiar.

Vida nova
Antonio Aguiar comunicou os catarinenses que assinou ficha no PSD, deixando assim as hostes peemedebistas.

“Uma nova vida na agremiação do PSD, encerramos a nossa vida política em outra sigla e fomos bem recebidos pelo PSD. É com ele que vamos rumar na eleição. Que a comunidade entenda a nossa posição. Há mais de dois anos vínhamos sofrendo restrições, já pertencemos ao PFL antigamente, o bom filho à casa retorna, então retornamos ao PSD, estamos felizes no novo partido”, revelou o representante de Canoinhas.

Caroline e Indianara
Kennedy Nunes (PSD), que presidiu a sessão, sugeriu um minuto de silêncio pela morte da policial de Chapecó, Caroline Plescht, assassinada em Natal, no Rio Grande do Norte, durante um assalto em que foi ferido seu marido, o sargento PM Marcos Paulo da Cruz.

Luciane Carminatti (PT) parabenizou a iniciativa e pediu que o minuto de silêncio também fosse dedicado à memória de Indianara de Moura, assassinada pelo ex-companheiro na noite de segunda-feira, em Xanxerê.

Oncologia em Rio do Sul
Milton Hobus noticiou a inauguração do Centro de Oncologia no Hospital Regional do Alto Vale.

“Foi o primeiro hospital do interior a fazer cirurgia do coração. É gerido por 21 entidades, desde a prefeitura até as entidades patronais e laborais. É o melhor modelo de gestão hospitalar do nosso estado, atende 85% pelo SUS e sobrevive sem a ajuda do Estado. Se recebesse o extrateto, não precisaria de convênio”, descreveu Hobus.

Obra estruturante
Patrício Destro (PSB) sugeriu ao governo do Estado que pondere a construção de um binário ligando a BR-470 ao aeroporto internacional de Navegantes.

“É um projeto importante para Navegantes, uma obra estruturante. O governador anunciou que vai dar atenção especial às obras estruturantes, então pediria para por a obra no mapa do governo, vai garantir trafegabilidade na região do aeroporto”, discursou Destro.

Violência em Pouso Redondo
Destro contou que participou de reunião na Secretaria de Segurança Pública (SSP) com dirigentes de Pouso Redondo, município situado às margens da BR-470, no Alto Vale do Itajaí.

“Em Pouso Redondo 28 pessoas cometeram crimes que, somados, totalizam quase 800 crimes na cidade. Um foi preso 75 vezes e continua solto porque não tem onde colocar”, denunciou Destro.

Lindolfo Weingärtner
Serafim Venzon (PSDB) lamentou a morte do pastor luterano Lindolfo Weingärtner (94), que desde 1945 predicou na região do rio Itajaí Mirim.

“Foi vigário em várias paróquias luteranas, escreveu 36 livros. Enfim, deixou um legado muito grande para Brusque inteira”, reconheceu Venzon.

Vítor Santos
Agência AL

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