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14/03/2019 - 16h18min

Programa Antonieta de Barros recebe quase 200 inscrições para estágio

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Momento da inscrição de uma candidata ao PAB na UFSC
FOTO: Rodolfo Espínola/Agência AL

No ano que completa 15 anos de atuação, o Programa Antonieta de Barros (PAB) da Assembleia Legislativa encerrou, no final da tarde desta quinta-feira (14), mais uma etapa do processo seletivo para 21 vagas de estágio especiais. Aproximadamente 200 jovens, entre 16 e 24 anos, se inscreveram para serem selecionados nas vagas disponibilizadas de estágio na Alesc e devem  atuar no segundo semestre deste ano.

As inscrições foram feitas na Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas (Fepese), na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).  À frente da coordenação de estágios especiais do PAB, Miriam Lopes Pereira destacou que após o período de inscrições haverá a análise dos documentos e a escolha dos candidatos. "A partir deste momento os candidatos passarão por uma avaliação com psicólogos e assistentes sociais. Neste processo serão escolhidos os novos jovens estagiários."

Conforme a coordenadora da Agência de Integração da Fepese, Laurenice Luna da Silva, a fundação foi responsável por receber as inscrições para o PAB. A seleção dos estagiários caberá a Alesc, mas a Fepese atuará ainda no treinamento e no acompanhamento dos selecionados durante a execução dos estágios, que podem durar até dois anos. Nestes 15 anos de atuação do PAB foram atendidos aproximadamente 400 jovens. O resultado sobre a seleção do Programa Antonieta de Barros deve sair dentro de 30 dias. Depois, os selecionados participam de treinamento e orientações.

Segundo o assistente administrativo da Coordenadoria de Estágios Especiais, Felipe Vieira, o propósito do programa é oportunizar aos jovens, que se encontram em situação de vulnerabilidade social, uma inserção no mercado de trabalho. Para participar do PAB, o interessado deve ter idade entre 16 e 24 anos, estar regularmente matriculado no ensino médio, técnico ou superior e ter renda familiar inferior a 2,5 salários mínimos regionais. Outro pré-requisito é a etnia, já que o PAB é voltado para jovens negros em situação de vulnerabilidade social e residentes em Florianópolis.

Os jovens selecionados recebem mensalmente R$ 650, mais R$ 150 de auxílio transporte, R$ 600 de auxílio alimentação, além dos uniformes para trabalharem em diversos departamentos da Assembleia Legislativa. No total, por ano, o PAB mantém 40 estagiários trabalhando na Alesc.

O que é o PAB
O Programa Antonieta de Barros (PAB) foi instituído pela Lei Estadual nº 13.075/2004, originário da articulação dos movimentos sociais e idealizado pelo Fórum de Mulheres Negras de Florianópolis. Esses movimentos denunciaram os assassinatos de mais de cento e oito jovens negros, oriundos de comunidades vulneráveis, ocorridos entre os anos de 2002 e 2003. Além de promoverem discussões voltadas à implementação de políticas públicas com o objetivo de ampliar as perspectivas de uma juventude carente de oportunidades. Assim, a Alesc, de forma responsável e comprometida, instituiu uma política de ação afirmativa no âmbito do Poder Legislativo Catarinense.

Em 15 anos, aproximadamente 400 jovens em condições de vulnerabilidade social, por sua condição de moradia, de gênero ou por serem portadores de necessidades especiais, passaram pela Assembleia Legislativa, sendo inseridos em um contexto social e cultural diferenciado de seu cotidiano. Esta é uma das práticas de inclusão social do programa que permite a interação entre os servidores do Poder Legislativo e os estagiários na desconstrução do imaginário cultural entre ambos.

Nos setores de trabalho da Alesc e na formação continuada, os jovens estagiários são estimulados em atividades de qualificação profissional, socioeducacionais, culturais e inseridos em dinâmicas externas. Uma das estratégias para eficácia do Programa é apoiar a permanência dos jovens no sistema formal de ensino.

O Programa Antonieta de Barros está vinculado à Coordenadoria de Estágios Especiais da Alesc, que é responsável pela formação dos estagiários. A coordenadoria tem como missão buscar o desenvolvimento de potencialidades profissionais e pessoais dos jovens negros em condição de vulnerabilidade social, priorizando a valorização do protagonismo juvenil e a visibilidade de sua identidade cultural e racial.

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