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05/09/2018 - 10h40min

Produtos em isopor ganham mercado pela versatilidade, economia e praticidade

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Da conservação de frutas por mais tempo à melhor produtividade de mel, as embalagens de EPS vem substituindo as tradicionais e papelão e madeira.
FOTO: Solon Soares/Agência AL

Leve, isolante térmico e de baixo custo, o poliestireno expandido (EPS), ou isopor, é muito conhecido sob a forma de embalagens e caixas térmicas. Uma empresa de Santa Catarina, entretanto, vem demonstrando que o insumo pode ser utilizado para a criação de produtos inovadores, tais como caixas para o transporte de produtos agrícolas e para a criação de abelhas.

A empresa em questão, a Termotécnica, de Joinville, é atualmente a maior indústria transformadora de EPS da América Latina, com um portfólio variado de produtos que inclui embalagens moldadas para o acondicionamento de eletrodomésticos, peças para a construção civil e recipientes de uso farmacêutico.

Apesar de ser líder nacional neste segmento, a empresa, que também possui unidades em Manaus (AM), Petrolina (PE), Rio Claro (SP) e São José dos Pinhais (PR), tem prospectado continuamente as necessidades e tendências do mercado, como forma de expandir sua gama de produtos.

E foi deste planejamento que nasceu, em 2012, a ideia de se criar uma linha de embalagens conservadoras para itens agrícolas, tais como frutas e verduras, que veio a se chamar DaColheita. De acordo com a empresa, o material proporciona uma série de vantagens ao papelão - comumente utilizado nestes tipos de invólucros – tais como redução de avarias no conteúdo acondicionado (por absorção de impacto), leveza e otimização da área de estoque, pela facilidade de empilhamento das unidades.

O maior benefício apresentado, entretanto, conforme destaca a gerente de Inovação da empresa, Thaize Schmitz, diz respeito ao aumento da vida útil (shelf life) dos alimentos, decorrente das propriedades isolantes e antifúngicas do isopor. “Uma fruta que duraria 10 dias acondicionada numa caixa tradicional de papelão, quando for para uma de EPS chega a 13, 14 dias. Com isso, ganha o distribuidor com a diminuição do desperdício, mas também o consumidor final, que recebe uma fruta de melhor qualidade, com mais açúcar e vitaminas.”

Também visando aproveitar ao máximo as características inerentes ao poliestireno expandido, há pouco mais de quatro anos a Termotécnica desenvolveu, em parceria com uma instituição acadêmica, uma caixa voltada exclusivamente à apicultura.

O produto, sugestivamente batizado Mais Mel, proporcionaria, na comparação com o seu similar em madeira, maior facilidade de manejo e transporte (é mais leve), além de maior estabilidade térmica para as abelhas, o que garantiria uma maior produção de mel. “Pesquisamos e vimos que esse processo já é praticado na Europa. Então internalizamos o conceito e buscamos uma universidade parceira para estar conosco. Temos, inclusive, relatórios que comprovam esse aumento de eficiência, de produtividade, para as abelhas que fazem uso da caixa”, afirmou Thaize.

Busca por inovação
Conforme a diretora de Operações da Termotécnica, Regina Zimmermann, a criação de um novo produto, desde a ideia inicial até o lançamento do primeiro protótipo, pode levar até 60 dias e envolver diferentes unidades da empresa.

A iniciativa para o processo, disse, pode acontecer a partir da participação em feiras de produtos, observação de tendências de mercado, bem como de pedidos de clientes e parcerias com startups e inventores. “Nós somos muito abertos, praticamos a inovação aberta, trabalhamos com cocriação, pois acreditamos que essa é a forma mais efetiva de ser inovador.”

Ainda segundo ela, o pioneirismo faz parte da própria tradição da empresa, que foi responsável pela introdução do EPS no Brasil, na década de 1960. “A inovação faz parte dos nossos valores, e consta, inclusive, como um objetivo estratégico. Para nós este é um fator fundamental, decisivo na competitividade, na perenidade da empresa.”

Alexandre Back
Agência AL

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