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29/08/2016 - 17h10min

1.271 catarinenses abandonaram o cigarro nos três primeiros meses de 2016

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Adriane Elias, responsável pelo setor de tabagismo da gerência de Doenças e Agravos não Transmissíveis, da DIVE/SC

Os números são da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC): no primeiro trimestre do ano, 1.271 pessoas abandonaram o vício do cigarro no estado. “Cerca de 2.600 fumantes começaram o tratamento, 1.753 completaram o primeiro mês e 1.271 deixaram de fumar”, informou Adriane Elias, responsável pelo setor de tabagismo da gerência de Doenças e Agravos não Transmissíveis, da Dive/SC. Em 2015, 10.436 fumantes começaram o tratamento, cerca de 7,6 mil completaram o primeiro mês e 5,8 mil largaram o cigarro.

O tratamento, que é oferecido pelo SUS, compreende a participação em reuniões periódicas. “Uma reunião a cada semana no primeiro mês e de quinze em quinze dias depois”, esclareceu Adriane Elias, que ponderou a possibilidade do uso de medicamentos. “A maioria já vai e pede um remédio para parar de fumar, o remédio vai ajudar a preparar o fumante, baixar a ansiedade, mas se o cara fuma duas carteiras por dia só colando adesivo é difícil. É preciso mudar o comportamento, hábitos, lugares e pessoas. A nicotina logo sai, o que fica é o comportamento e a dependência psicológica”, advertiu a servidora da Dive/SC.

Além disso, há o fenômeno da recaída. “Cerca de dois terços podem recair depois de parar, é bastante isso”, avaliou Jana Laner Cardoso, chefe da Divisão de Doenças e Agravos não Transmissíveis da Dive/SC. “Mais de 80% dos fumantes querem parar, mas só 3% conseguem a cada ano, é um sucesso muito pequeno”, enfatizou Jana Cardoso, que ressaltou que praticar esportes ajuda no processo de “desmame” da nicotina.

SC acima da média
De acordo com a responsável pelo acompanhamento do consumo de tabaco no estado, 16% dos catarinenses fumam, contra 15% da média nacional. São 19% homens e 12% mulheres. “Santa Catarina é um dos principais produtores, a produção aqui influencia o consumo”, garantiu Adriane Elias.

Números macabros
Em torno de 50 doenças estão relacionadas ao tabagismo. No caso do câncer de faringe, o risco atribuível ao cigarro é de 83%, enquanto nos tumores de pulmão é de 82%. O cigarro também responde por 20% das doenças cardiovasculares. Em 2011, o Brasil registrou 147 mil óbitos atribuídos ao fumo, além de 175 mil infartos do miocárdio, 75 mil acidentes vasculares cerebrais e 65 mil diagnósticos de câncer.

Dicas para parar de fumar
Primeiro decida parar de fumar, depois procure entender os efeitos do cigarro e lembre-se de que está lutando contra uma dependência química; reduza gradativamente a quantidade de cigarros consumidos diariamente; identifique as circunstâncias que estimulam o consumo e tente evitá-las, principalmente nos primeiros dias; reconheça quando a ajuda médica é necessária e quando parar, resista à vontade de fumar, a fissura costuma durar cerca de cinco dias. Os interessados devem procurar ajuda nos postos de saúde ou nas secretarias municipais de saúde.

Vítor Santos
Agência AL

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