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21/10/2009 - 15h05min

Nova tecnologia de congelamento de células vivas é apresentada

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Norio Owada - Presidente da ABI Company LTD
Uma nova tecnologia está revolucionando o sistema de refrigeração para carnes, frutas, hortaliças, leite, sucos, flores e órgãos humanos para transplante. O “sistema de células vivas”, como é denominado a nova tecnologia, vai ser apresentado hoje (21), numa palestra, pelo presidente da ABI Company LTD, do Japão, Norio Owada. A palestra, que conta com o apoio da Assembleia Legislativa, por intermédio do deputado Reno Caramori (PP), acontecerá às 19 horas no Magestic Palace Hotel, em Florianópolis. De acordo com Norio Owada, a nova tecnologia funciona como um micro-ondas ao inverso, ou seja, o objeto a ser congelado é atingido com um forte campo magnético e outros tipos de energia. Esse campo mantém o creme de leite na forma líquida, mesmo com as temperaturas despencando. Quando o campo é desligado, o creme (ou qualquer outro produto) é imediatamente congelado, sem tempo para a formação de cristais de gelo. “São esses cristais que tiram a textura e o sabor dos alimentos. Trabalhei 40 anos nesse sistema até chegar nesse resultado. A minha primeira tentativa foi com o chantilly, técnica muito difícil”, disse. O processo permite armazenar os produtos saudáveis por meses. Owada ainda afirmou que a sua tecnologia devolve o frescor e o estado natural dos alimentos. “Hoje em dia, alcançamos um nível que qualquer chefe do mundo afirmaria que o alimento utilizado nesta tecnologia é natural, fresco e não congelado. Minha maior prioridade é remover as barreiras, tanto de tempo como de distância”, completou. Com a tecnologia desenvolvida pelo engenheiro, os produtos desenvolvidos em Santa Catarina poderão ser distribuídos para o mundo todo com a mesma qualidade de quando foram colhidos. Segundo Owada, a tecnologia resultará em resultados mais positivos aos produtores locais e aumentaria a renda dos trabalhadores da atividade primária. “O que eu quero é que as pessoas que vivem da agricultura ou da pesca se revitalizem. A ideia é que os produtores agreguem valores aos seus produtos e que eles possam permanecer no campo”. Como agregador de valores, o presidente da ABI Company sugeriu a instalação de fábricas de processamento de alimentos para que esses alimentos possam ser entregues ao consumidor final pronto para consumo. “Com isso aumentam-se os empregos, bem como resíduos industriais surgidos no momento de processamento, que poderão ser utilizados como rações ou fertilizantes naturais. O Brasil está preparado para isso. Vocês estão aptos para ser o celeiro do mundo e salvar o mundo da fome”. Saúde A técnica também está sendo desenvolvida, em conjunto com várias universidades, para a conservação e revitalização de órgãos. “Ainda estamos em estudos, mas acredito que em poucos anos já será possível preservar um órgão durante mais tempo”. Atualmente os órgãos armazenados no gelo podem ficar no máximo cinco horas (coração) e de seis a 12 horas (fígado). Por outro lado, a tecnologia já está sendo utilizada na conservação da raiz dentária. Primeiro, conserva-se a membrana da raiz do dente extraído e, mais tarde, se necessário, ela poderá ser utilizada para implantes. A ABI Company LTD já vendeu 230 sistemas de congelamento para processadores de alimento, restaurantes, hotéis e hospitais não só no Japão, mas em diversos outros países. Cada congelador custa de 100 mil a 3 milhões de dólares. (Graziela May Pereira/Divulgação Alesc)
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