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05/10/2021 - 17h47min

Moção de repúdio à Petrobras sobre alta do preço do diesel repercute

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Deputado Marcius Machado (PL) é o autor da moção de repúdio à Petrobras, aprovada na sessão desta terça (5)

Os deputados aprovaram por unanimidade, na sessão desta terça-feira (5), uma moção de repúdio ao presidente da Petrobras pelo aumento de 8,89% no preço do diesel, anunciado na semana passada. O autor da manifestação é o deputado Marcius Machado (PL).

“Este aumento é um golpe contra a nação, porque ninguém consegue entender porque o barril do petróleo está indexado ao dólar”, considerou Marcius. “É um lucro gigantesco da Petrobras, contra uma população que não aguenta mais.”

A moção repercutiu em plenário e desencadeou várias manifestações. Valdir Cobalchini (MDB) classificou a política de preços da Petrobras como perversa e cobrou mudanças. “É uma empresa pública, cujos resultados também têm que ser revertidos para quem é dono, que é o povo brasileiro.”

Ada de Luca (MDB) afirmou que o preço do diesel impacta em tudo, em especial na alimentação, causando o empobrecimento da população. “Está uma vergonha”.

Ricardo Alba (PSL) disse que o aumento foi abusivo. Ele cobrou a revisão da política de preços, mas também pediu que os estados reduzam os impostos sobre os combustíveis. “Já passou da hora de Santa Catarina rever sua carga de ICMS no diesel e na gasolina.”

Jair Miotto (PSC) disse que o repúdio não deve ser apenas à Petrobras. “Precisamos criar alternativas, a situação está muito ruim”, disse. “Esta Casa também precisa entrar nessa briga, porque é inadmissível o que está acontecendo.”

Fabiano da Luz (PT) acredita que a alta dos combustíveis é resultado da política privatista adotada no Brasil. “Antes, refinávamos o combustível e a Petrobras regulava o lucro. Hoje, ela manda petróleo bruto, compra combustível em dólar e os acionistas não querem saber se está caro ou barato, eles querem os lucros.”

Para Ivan Naatz (PL), a situação só será alterada com a recuperação do poder de compra do real. “Enquanto o real ficar desvalorizado em relação ao dólar, não vamos conseguir mexer nos preços dos combustíveis.”

Jessé Lopes (PT) comentou sobre os casos de corrupção na Petrobras durante os governos do PT. Para ele, a atual situação do preço dos combustíveis pode ser mudada. “Só não conseguimos recuperar o dinheiro roubado da Petrobrás”, disse.

Sargento Lima (PSL) também comentou sobre a corrupção da empresa petrolífera. “As contas do passado estão chegando”, comentou. “Mas felizmente isso vai passar, devagar vamos mudar isso.”

Bruno Souza (Novo) afirmou que o Brasil nunca foi autossuficiente em refino de petróleo e criticou a interferência estatal na Petrobras. Para ele, os altos preços estão relacionados ao monopólio no setor e à “tradicional irresponsabilidade fiscal brasileira”. “Enquanto não mudarmos essas manias brasileiras, o preço da gasolina vai ser alto.”

Luciane Carminatti (PT) acredita que a alta dos combustíveis é fruto da política econômica atual. Ela criticou o fato de se responsabilizar os governos petistas pela situação atual. “Para que assume a Presidência? Para lamentar o passado? Se é bom, que diminua o preço [dos combustíveis].”

Já Ana Campagnolo (PSL) leu reportagem da revista Exame, publicada em fevereiro, apontando prejuízo de 100 bilhões para a Petrobras com a política de congelamento de preços do combustível da ex-presidente Dilma Rousseff. “O presidente Bolsonaro tem duas opções: ou ele copia a política do PT e deixa a população um pouco mais satisfeita, ou vai ter que lidar com as consequências.”

Marcelo Espinoza
Agência AL

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