Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Agência AL

Facebook Flickr Twitter Youtube Instagram

Pesquisar

+ Filtros de busca

 

Cadastro

Mantenha-se informado. Faça aqui o seu cadastro.

Whatsapp

Cadastre-se para receber notícias da Assembleia Legislativa no seu celular.

Aumentar Fonte / Diminuir Fonte
30/06/2022 - 09h57min

Jaraguá do Sul sedia capacitação para inclusão de alunos com deficiência

Imprimir Enviar
O seminário reuniu profissionais da educação e representantes de entidades de Jaraguá do Sul, Guaramirim, Corupá, Schroeder, Massaranduba, Barra Velha
FOTO: Rodolfo Espínola/Agência AL

Mais de 450 profissionais da educação e representantes de entidades públicas e privadas participaram, no Centro Empresarial de Jaraguá do Sul (Cejas), nesta quinta-feira (30), de uma capacitação voltada à inclusão escolar de alunos com deficiência. Promovido pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), por meio da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e da Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira, o evento destacou a importância da neurociência para os processos de aprendizagem.

O seminário “Caminhos para a inclusão escolar e estratégias pedagógicas”, que reuniu profissionais da educação e representantes de entidades de Jaraguá do Sul, Guaramirim, Corupá, Schroeder, Massaranduba, Barra Velha e São João do Itaperiu, aconteceu durante os períodos da manhã e da tarde, com duas palestras de Luciana Motas Dias Brites. Doutoranda e mestra em Distúrbios do Desenvolvimento, pedagoga, psicopedagoga, psicomotricista, especialista em Educação Especial e CEO do Instituto NeuroSaber, de Londrina (PR), ela afirmou que a ideia central do evento é mostrar que, quando se entende como o cérebro funciona, passa a ser possível estabelecer melhores perspectivas de aprendizagem.

“Então, saber isso ajuda muito a saber ensinar e não só para a educação inclusiva, mas para todas as crianças. E, no caso da educação inclusiva, isso é mais importante, pois cada transtorno tem sua particularidade. Por isso, é tão importante entender a fundo como essas pessoas aprendem”. A palestrante destacou ainda que quando o tema é inclusão há ainda muito preconceito, “mas não o preconceito de forma negativa e sim a falta de conhecimento. Por isso, a gente acaba criando fantasmas, não tendo muita clareza, e esse momentos como o deste seminário é muito importante para refletir, receber novos conhecimentos e com isso diminuir os preconceitos e melhorando a prática pedagógicas nas escolas.”

Luciana enfatizou que os profissionais da educação mais buscam em suas palestras é informação de como fazer a inclusão na prática, de como eles podem receber aquela criança na sala de aula e ser assertivo. “Sempre digo que nós como professores temos dificuldades de tratar com aquelas crianças ditas típicas, sem dificuldades e, as crianças que tem uma dificuldade ou necessidade especial, precisa de uma atenção maior, então o que estes profissionais buscam é essa relação da teoria com a prática.”

Ela reforçou que as capacitações dos profissionais da educação têm grande importância. “A educação baseada em evidência, no mundo inteiro, acaba sendo muito desenvolvida. Quando se fala em neurociência, todos os dias aparecem coisas novas, estudos neurocientíficos mais elaborados. Então, por isso que capacitações como esta trazem para a sala de aula informação de ponta. E os professores que estão lá entre os alunos precisam estar muito bem capacitados.”

Informação de qualidade
O presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB), proponente do seminário, enfatizou a importância dos avanços científicos que são um dos motivadores dos eventos promovidos pelo colegiado tanto em Florianópolis quanto no interior. “Temos travado uma luta muito grande em favor da inclusão, levando acima de tudo informação de qualidade para as entidades, para as pessoas, para as famílias. Foi assim em Imbituba, Joinville, Tijucas e Joaçaba, então o que a gente quer é espalhar conhecimento, espalhar carinho para essas pessoas que muitas vezes, mesmo na esfera pública, acabam não recebendo. E seminários como esse faz com que se discuta os melhores caminhos, as melhores formas, sempre respeitando o direito de todos, apesar das suas dificuldades, das suas diferenças, para terem acesso à uma socialização, a serem alguém.”

O deputado salientou que com esse seminário em Jaraguá do Sul, devido o período eleitoral que se inicia, haverá uma paralisação deste tipo de promoção da Assembleia Legislativa de levar conhecimento aos profissionais da educação do estado. “Só tenho o que agradecer à Alesc, a toda equipe técnica e aos profissionais da comunicação do Parlamento em divulgar esse tipo de promoção, onde todos saem ganhando e a comunidade e os deputados agradecem.”

No seminário foram apresentadas estratégias clínicas que podem ser utilizadas no contexto escolar, além de ferramentas para melhor inclusão escolar dos alunos atípicos. As palestras também tiveram como meta evidenciar os protocolos de observação clínica/pedagógica, proporcionar debate referente ao processo de inclusão escolar dentro das interfaces entre escola, clínica e família e práticas pedagógicas nos transtornos de neurodesenvolvimento.

Trabalho em conjunto
A fonoaudióloga da Associação dos Amigos do Autista (AMA), de Jaraguá do Sul, Daniele Henschel, afirmou que a iniciativa da Assembleia Legislativa em promover o seminário só vem a contribuir com a inclusão dos autistas e de pessoas com deficiência na sociedade. “Hoje o autismo está em evidência. Quando se fala em autismo, não é mais uma minoria. Em uma sala de aula temos inúmeras possibilidades de autismo, cada um com sua especialidade, com sua potencialidade e dificuldade também. Nós, não só quem está na educação, mas a comunidade em geral, precisamos saber que ele também faz parte da sociedade, que ele não é apenas mais um na sala de aula.”

Para a fonoaudióloga, se todos trabalharem em conjunto, buscando conhecimentos, todos saem ganhando. “A clínica, a terapêutica, a entidade, no nosso caso a AMA ou a Apae, e a família, se estivermos trabalhando em conjunto, o resultado será melhor. A sociedade precisa estar participando de eventos como esse e recebendo novos conhecimentos para inclusão social destas crianças.”

Voltar