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29/07/2016 - 09h20min

Homens entre 30 e 49 anos, do Oeste, são os mais afetados pela hepatite B

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Dulce Quevedo, gerente de doenças sexualmente transmissíveis da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive)

Enquanto a média nacional é de 7,2 casos de hepatite B para cada 100 mil habitantes, o estado registra o triplo, 23,1. E os principais alvos são os homens entre 30 e 49 anos, que residem a Oeste da BR-153, nas macroregiões de Xanxerê, Chapecó e Extremo Oeste. Em 2015, dos 1.261 casos confirmados no estado, 506 são desses locais, sendo 288 homens. “A melhor atitude é prevenir, usar preservativo, não compartilhar objetos com lâminas, escova de dente e materiais de manicure, piercing e tatuagem sem passar pela autoclave”, alertou Dulce Quevedo, gerente de doenças sexualmente transmissíveis da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive).

Segundo Dulce, as outras regiões do estado também registram casos, mas dentro da média nacional. “É o Oeste que dispara os índices”, admitiu a gerente. De acordo com Luciana Amorim, chefe de Divisão de Imunização da Dive, a vacinação contra a hepatite B no estado começou pela região em 1994, quando foram imunizadas crianças até 14 anos. “Antes a área era comparável à Amazônia, a hepatite B era endêmica, tem um histórico”, afirmou.

Luciana contou que na época algumas hipóteses foram levantadas para explicar o fenômeno. “Primeiro, foi hábito do chimarrão e, depois, que se tratava de transmissão vertical (de pai/mãe para filho/filha) de imigrantes italianos originários de regiões também endêmicas para hepatite B”, descreveu. Já Dulce destacou que atualmente “as relações sexuais sem camisinha” são o principal vetor de transmissão da hepatite B.

Vacina para todos
A chefe da Divisão de Imunização da Dive ressaltou que a vacina contra a hepatite B é ofertada gratuitamente nos postos de saúde. “Hoje temos um desabastecimento temporário, que logo será regularizado, mas a oferta é universal, principalmente para gestantes, manicures, pedicures, profissionais do sexo, militares, profissionais da saúde, caminhoneiros, usuários de drogas, pessoas que fazem sexo com pessoas do mesmo sexo, coletores de lixo e tatuadores”, salientou Luciana.

Como prevenir
Tomar as três doses da vacina, usar camisinha em todas as relações sexuais e não compartilhar objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, instrumentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings.

Hepatite C predomina no Litoral, entre homens de 40 a 49 anos
Já o vírus da hepatite C predomina no litoral e ataca mais os homens entre 40 e 49 anos. Em 2015, dos 967 casos confirmados, 618 eram do sexo masculino. A macrorregião Carbonífera registrou 103 casos em 2015; Laguna, 116; Grande Florianópolis, 238; Foz do Rio Itajaí, 103; e Joinville, 121. Juntas, essas regiões abarcam todo o litoral catarinense e somaram 681 casos, cerca de 70% do total de registros de hepatite C no estado. De acordo com dados da DIve, o principal vetor é o uso de drogas, seguido do compartilhamento de material cortante, relações sexuais inseguras e transfusões de sangue.

Um site só com informações sobre hepatites
A Dive disponibilizou na rede um site com informações sobre todos os tipos de hepatites virais, explicando desde a transmissão, o diagnóstico, o tratamento, até dicas de prevenção. “É uma iniciativa para levar informações corretas, um site com dados, perguntas, respostas, todos os tipos de hepatites estão ali”, afirmou Dulce.

Vítor Santos
Agência AL

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