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29/08/2016 - 12h26min

Grupos de apoio atuam na troca de experiências entre pretendentes à adoção

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Francisco Luis Koch, Daiani Arent e a assistente social Marli Teresinha Osaida, coordenadora do Geaafa
FOTO: Solon Soares/Agência AL

Os cerca de 20 grupos de apoio à adoção espalhados pelo estado atuam na preparação dos pretendentes e na troca de experiências após a criança ou adolescente deixar o abrigo e integrar uma nova família. “Enfatizamos a importância da preparação com depoimentos verdadeiros, para que os pretendentes reflitam sobre o mundo da adoção e a responsabilidade de ser pai e mãe”, declarou a assistente social Marli Teresinha Osaida (56), coordenadora do Grupo de Estudos e Apoio à Adoção Família do Amor (Geaafa), que conversou com a reportagem da Agência AL no Centro de Pastoral Padre Justino, em Barreiros, São José, local das reuniões mensais do grupo.

“Quando você adota encontra situações que demandam informações e apoios que a nossa família biológica não tem vivência para dar. Já o grupo sabe instruir da melhor forma ou vai indicar alguém capaz, um assistente social ou uma psicóloga”, ressaltou o empresário Francisco Luis Koch (39), solteiro, que há quatro anos adotou os irmãos Cristiano (19) e Cristine (13).

Segundo Marli Osaida, o Judiciário sugere aos pretendentes que participem de grupos de apoio. “Damos seguimento aos temas discutidos no curso preparatório do Judiciário, mas aqui é um espaço diferente, mais à vontade”, descreveu a coordenadora do Geaafa. Entre os assuntos mais debatidos estão filho ideal x filho real, história da criança e adoções diferentes (adoções tardias, inter-raciais e de grupos de irmãos). “Não tem presença fixa, em 2016 a média de participação está sendo de 35 a 40 pessoas por reunião”, informou Marli Osaida.

Para a psicóloga Suzan Alberton Pozzer, que há três anos trabalha voluntariamente no Geaafa, o maior desafio é superar a idealização da maternidade e da paternidade. “As crianças que vão para adoção têm histórias duras, se desligaram de uma família e estão vivendo o ‘luto’ de perder os pais; do outro lado temos pretendentes afoitos para serem pais, ansiosos, por isso é preciso colocar os pais com os pés no chão, o que nem sempre é fácil”, admitiu a psicóloga.

Daiani Arent (41), administradora, casada, adotou as irmãs Isadora (4) e Stefany (11) e atualmente integra a diretoria do Geaafa. “Quando entrei ainda era pretendente e foi importante para ampliar a visão e melhorar o perfil”, avaliou Daiani, referindo-se ao acompanhamento dos pretendentes feito pelo Judiciário. “Era um grupo de quatro irmãos, mas não podíamos adotar as quatro, então adotamos duas, a mais nova e mais velha. Outro casal adotou as outras duas, mas mantemos os vínculos afetivos”, garantiu a mãe adotiva.

 

Vítor Santos
Agência AL

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