Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Agência AL

Facebook Flickr Twitter Youtube Instagram

Pesquisar

+ Filtros de busca

 

Cadastro

Mantenha-se informado. Faça aqui o seu cadastro.

Whatsapp

Cadastre-se para receber notícias da Assembleia Legislativa no seu celular.

Aumentar Fonte / Diminuir Fonte
29/10/2019 - 18h52min

Exposição “Até que a morte os separe” retrata o consumo de medicamentos

Imprimir Enviar

FOTO: Bruno Collaço / AGÊNCIA AL

O trabalho da artista plástica de Urubici, Martha Ozol, “Até que a morte os separe”, retrata o cotidiano, o tempo e o apego à vida com o consumo do mesmo medicamento, após uma cirurgia de alta complexidade, resultado de um tratamento contra o câncer de pâncreas, tendo como matéria-prima para criação da obra as embalagens, bula e capsulas, é o tema da exposição aberta na noite desta terça-feira (29), na Galeria de Arte Ernesto Meyer Filho, na Assembleia Legislativa.

A mostra apresenta 12 obras compostas por cinco quadros, seis bustos e um manequim com papel machê, costura, crochê e colagem para expor a dependência do corpo em relação ao medicamento.
Formada em Direito e Psicologia, com especializações, entre elas Arteterapia, Martha Ozol estudou arte em cursos e exposições no Brasil, Espanha e Nova York, Alemanha e Itália e já apresentou suas obras em diversas exposições coletivas e em seis exposições individuais. A artista explica que o consumo diário do mesmo medicamento, após uma cirurgia de alta complexidade, em 2013, a inspirou a utilizar as embalagens como matéria-prima para sua criação. Ela relata que normalmente as pessoas utilizam os medicamentos e não contabilizam quantos consumiu. “Tomo dez cápsulas por dia do remédio e fui guardando para as obras.”

Com o corpo em processo de extrema e inevitável mudança e a vida dependendo, dali em diante, de substituto artificial para a substância, antes fabricada pelo organismo, a ideia foi transformar a parte do material que seria descartado em obra de arte. Durante o período de 2013 a 2018, foram consumidas cerca de 18.250 cápsulas embaladas em 608 caixas com 608 bulas e 1.824 cartelas. “Parte disso virou ferramenta para o processo criativo e construtivo da obra. As caixas foram viradas do avesso como a vida.”

Martha diz que utilizou o busto e um manequim como representação para expor a dependência do corpo em relação ao medicamento. Foram utilizadas as técnicas de papel machê, costura, crochê e colagem. Nos quadros, a técnica foi a colagem de diversos materiais sobre fibra de madeira. A mostra é gratuita e fica aberta ao público até o dia 18 de novembro, no primeiro andar do Palácio Barriga Verde, de segunda a sexta-feira, das 7 às 19 horas.

Voltar