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27/11/2012 - 09h57min

Exportações retomam nível anterior à crise de 2008, aponta Fiesc

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Para Henry Quaresma, diversificação dos mercados contribuiu para retomada das exportações

As exportações no estado superaram, no ano passado, os números recordes de 2008, ano em que se desencadeou a crise financeira internacional que prejudicou as vendas para o mercado externo. De acordo com dados da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), 2011 registrou no estado R$ 18 bilhões em exportações.
Do ano 2000 ao ano 2008, as vendas para o exterior cresciam em média US$ 1 bilhão ao ano, segundo dados divulgados no documento Análise do Comércio Internacional catarinense 2012, publicação da Fiesc. Esse ritmo foi quebrado em 2008, quando o volume de exportação atingia os US$ 8,3 bilhões, e decaiu em 2009, quando as vendas internacionais desabaram para a casa dos US$ 6,4 bilhões.
Os indícios da retomada apareceram no ano passado, quando o total de exportações saltou de US$7,5 bilhões para US$ 9 bilhões, movidos por empresas de pequeno e médio porte que exportaram, em 2011, até US$ 1 milhão.
O diretor de Relações Industriais e Institucionais da FIesc, Henry Quaresma, informou que será retomado o Programa de Internacionalização da Indústria Catarinense para beneficiar as indústrias que estão na linha de reconversão, como a moveleira. “A empresa internacionalizada tem mais competitividade. O setor moveleiro reconverteu só para o mercado doméstico e isso não é bom.”

Nicho de mercado aumenta número de exportações
A instabilidade que permanece na Europa, nos Estados Unidos e na Argentina não aponta forte crescimento para os próximos anos. Já no outro lado da balança comercial, o das importações, o total de produtos importados em 2011 foi US$ 3 bilhões maior do que no ano anterior.
Para Quaresma, a retomada das exportações para os Estados Unidos, principal destino catarinense, ainda deve demorar até que a economia norte-americana se reorganize totalmente. Enquanto isso não acontece, o diretor aposta na diversificação de mercados, como a América Latina, em função da logística facilitada, da Ásia e da África, que compram carnes e metalmecânica.
“Temos empresas exportadoras atuando em mercados específicos, com produtos específicos. Isso é importante porque especializa as importações e exibe certo valor agregado. A média hoje, em Santa Catarina, de dólar exportado por quilo, fica em torno de US$ 1,8, quando no Brasil é de US$ 0,45”.
Empresas de micro, pequeno e médio porte foram as responsáveis pelo incremento nas exportações, totalizando 40% do mercado estadual. Programas de incentivo às empresas que querem iniciar no mercado externo também serão oferecidos pela Fiesc.

Número de importadoras aumenta 50% em dez anos
Com relação às importações, Henry Quaresma garante que haverá uma estabilização ou uma redução em decorrência do câmbio e uniformização da chamada Lei dos Portos. Em uma década, o número de importadoras em Santa Catarina subiu 53%, estimulado pela ampliação da infraestrutura portuária e pelo programa de incentivos fiscais, criado em 2007 pelo governo estadual, o Pró-Emprego, que concedeu redução da alíquota de ICMS para produtos importados via portos catarinenses, lembra o diretor.
Ao longo da década, as importações catarinenses, que em 2001 vinham predominantemente da União Européia (34,5%) e do Mercosul (24,7%), passaram a ser lideradas pela Ásia (43%). "A evolução das importações está em sintonia com as tendências do comércio internacional do período. As compras externas realizadas por Santa Catarina não se destinam totalmente ao estado, mas entram no país pelos seus portos. Houve um grande aumento no volume de insumos para a indústria máquinas e equipamentos, além de bens de consumo vindos de países asiáticos para atender ao mercado brasileiro, nos últimos anos", avalia Quaresma. (Michelle Dias)

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