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15/06/2018 - 16h43min

Especialista defende homeopatia aplicada às plantas medicinais

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8ª Jornada Catarinense de Plantas Medicinais e Fitoterapia foi encerrada na tarde desta sexta-feira (15), na Alesc.

O doutor Jasper José Zanco, pesquisador da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), defendeu o uso da homeopatia em plantas medicinais. A defesa ocorreu durante palestra na 8ª Jornada Catarinense de Plantas Medicinais e Fitoterapia, que termina na tarde desta sexta-feira (15), na Assembleia Legislativa de Santa Catarina.

“As plantas medicinais requerem maior cuidado porque podemos alterar o princípio ativo, por isso usamos a homeopatia, não tem efeito colateral como um medicamento clínico ou agrotóxico, é bem mais brando”, justificou o curador do Herbário da Unisul.

Segundo Zanco, o uso da homeopatia pode, por exemplo, fortalecer as defesas naturais das plantas.

“Era preciso aumentar a defesa, então fizeram um chá com fermento de pão e aplicaram na planta. Ela entendeu que era um fungo e começou a produzir suas defesas. Ora, o fermento não vai matar a planta, ao contrário, vai alimentar e ainda contribuir para a sua autodefesa”, argumentou o pesquisador da Unisul.

No caso de uma planta atacada por um inseto, Zanco sugeriu utilizar o princípio da medicina grega de que os semelhantes são curados pelos semelhantes.

“Faz uma maceração do inseto, depois uma diluição em água e apliquei na planta, é homeopatia”, explicou o pesquisador.

O professor revelou que atualmente trata as plantas estressadas com Bryonia alba e utiliza a Silicea terra para facilitar a brotação.

“É a força curativa da natureza, um chá de melissa ou de mil folhas podem acabar com a dor de cabeça”, comparou Zanco.

Injustiça coletiva
Cecilia Cipriano Osaida, da Cáritas Regional de Santa Catarina, criticou a falta de política de incentivo para o cultivo de plantas medicinais.

“Se vou no Banco do Brasil atrás de crédito para produzir plantas medicinais, não tem dinheiro, não existe incentivo para financiar lavoura de plantas medicinais. Fiz um Pronaf e quando fui fazer o custeio o gerente me disse ‘não dá para enquadrar’. Produzi açafrão, mas no custeio foi banana. Falta respeito ao produtor de plantas medicinais”, denunciou a representante da Cáritas.

Cecilia Cipriano citou o caso da espinheira santa, que apesar dos efeitos reconhecidos contra dores no estômago e gastrite, não é fornecida pela rede pública saúde.

“Não implantou por quê? Porque não é fornecida a matéria-prima, não tem produtor, enquanto isso estão se matando de tanto tomar omeprazol”, avaliou a especialista em plantas medicinais.

Vítor Santos
Agência AL

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