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21/03/2018 - 16h58min

Escassez de milho no Oeste gera críticas à falta de planejamento da União

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Deputado Natalino Lázare, que preside a Comissão de Agricultura, informou que safra de milho foi 20% menor este ano
FOTO: Solon Soares/Agência AL

Problemas com abastecimento de milho no Oeste para atender o agronegócio local ganhou destaque na sessão desta quarta-feira (21) da Assembleia Legislativa e gerou críticas ao governo federal.

“Ano passado houve uma safra enorme, mas infelizmente os preços não cumpriram a expectativa e este ano tivemos diminuição de 20% de milho, estamos tendo problemas, temos de trazer 3 milhões de toneladas”, explicou o presidente da Comissão de Agricultura, Natalino Lázare (PODE).

Segundo o deputado, o milho cultivado no Centro-Oeste está sendo transportado para os portos do Norte, principalmente para produzir etanol. Enquanto isso, o milho que vem do Paraguai e da Argentina está parado na aduana de Dionísio Cerqueira.

“O Brasil contra o Brasil, a aduana de Dionísio está em greve, dificultando a entrada, temos problemas de toda ordem”, relatou Natalino, que cobrou planejamento do governo federal.

“Há 30 milhões de toneladas em estoque que poderiam ser disponibilizadas pela Conab, infelizmente falta planejamento”, criticou Natalino.

Cesar Valduga (PCdoB) elogiou o empenho da Comissão de Agricultura e também criticou a União.

“Precisa de planejamento, de uma política agrícola séria, os agricultores sempre são penalizados pela falta de uma política estratégica séria e rápida, até em função do êxodo rural, porque um ano é  crise do milho, no outro a crise da bacia leiteira, precisa de incentivo fiscal para a sobrevivência do agricultor”, defendeu Valduga.

Moção de aplauso
Mauricio Eskudlark (PR) anunciou que o Legislativo aprovou Moção de Aplauso ao bombeiro militar José de Borba Neto, de Balneário Camboriú.

“Foi informado de que próximo de sua casa ocorria um incêndio, ele sem ter os equipamentos necessários, foi atender, buscou recursos de um edifício próximo e com o risco da própria vida impediu que o fogo se alastrasse para três residências próximas, diminuindo os danos”, descreveu Eskudlark.

Combate à discriminação racial
Dirceu Dresch (PT) lembrou a passagem do dia internacional de combate à discriminação racial, celebrado neste 21 de março.

“Num país extremamente racista, onde as pessoas são divididas e vistas pela sua cor, precisamos de cotas para negros nas universidades, de valorização nas mais diversas áreas. É lamentável que a gente viva ainda onde as pessoas se diferenciam pela sua cor, hoje é um dia fundamental para homenagear todos que lutam paraconstruir um país mais fraterno”, afirmou Dresch.

Festa nacional das sementes crioulas
Dresch também destacou a realização, de 16 a 18 de março, em Anchieta, no Extremo Oeste, da 6ª Festa Nacional das Sementes Crioulas.

“Uma feira onde agricultores familiares se dedicam à guarda de sementes crioulas, que tem histórias milenares. Estes bancos de sementes são preservados pelos próprios agricultores”, contou Dresch, que comparou as sementes crioulas com as modificadas geneticamente. “São sementes estéreis e os produtores perdem a capacidade de produzir sua própria semente.”

Frente parlamentar da reciclagem
Valduga noticiou que na tarde desta quarta-feira será lançada a Frente Parlamentar em Apoio à Cadeia Produtiva da Reciclagem.

“Mais de 30 deputados subscreveram a proposição, para implantar mecanismos de cooperação”, declarou o representante de Chapecó, acrescentando que 15% dos municípios têm associações de reciclagem e em 57% deles há catadores.

“Cerca de 49% das garrafas pets consumidas no Brasil vão parar nos lixões, os outros 50% alimentam a reciclagem, que movimenta R$ 1 bi no Brasil”, justificou Valduga.

Era Lula
Padre Pedro Baldissera (PT) subiu à tribuna para defender o legado econômico dos governos do ex-presidente Lula.

“A Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que a era Lula foi a melhor fase da economia brasileira desde 1980. Um levantamento feito em 2010, conduzido pelo Comitê de Datação de Ciclos Econômicos, supervisionado por Afonso Celso Pastore, constatou crescimento de 26,8% no PIB de 2007 a 2014, uma média de 3,8% ao ano”, argumentou o representante de Guaraciaba.

De acordo com Padre Pedro, esse ciclo positivo derivou de um conjunto de políticas sociais, como o Bolsa família, Minha Casa, Minha Vida, valorização do salário mínimo, formalização de emprego, oferta de créditos e desoneração tributária, que redundaram em “maior poder aquisitivo para as famílias de baixa renda”.

Control C, control V
Kennedy Nunes (PSD) afirmou que a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e a Casa Civil utilizam o “control C e o control V” para elaborar os vetos aos projetos aprovados na Casa.

“Temos vetos importantes para derrubar, feitos pelo governo anterior, mas sempre vem da PGE e da Casa Civil e muitos deles têm control C e control V”, avaliou Kennedy, que colocou em primeiro plano o veto aposto ao projeto de lei que regulamenta as feiras.

Síndrome de Down
Kennedy também lembrou da passagem do dia da Síndrome de Down, comemorado neste 21 de março.

“Antigamente deixavam trancados em casa como se fossem um mal acontecido às famílias, ficavam escondidos, sem convívio social, hoje vivemos uma realidade muito distinta, eles têm vida social e de trabalho normal, muitas empresas têm possibilidade de contratar”, discursou Kennedy.

Almoço com Colombo
O representante de Joinville ainda noticiou almoço da bancada pessedista com o governador licenciado Raimundo Colombo.

“Comida simples, sem muito ‘fri-fri’, mas o que rendeu foram os números que estamos recebendo da produção do estado, tenho certeza de que este governo vai melhorar bastante, mas não há como negar os avanços nesses oito anos, como a insistência do governador na contratação de PMs, hoje com idade média na faixa de 27 anos. Houve uma oxigenação na Polícia Militar”, observou Kennedy.

Queijo artesanal
João Amin (PP) exibiu um vídeo de visita que fez a um produtor de queijo artesanal de Nova Veneza, no Sul do Estado.

“Aprovamos a lei que trata do queijo artesanal feito de leite cru, sem pasteurização. Às vezes a mesma maneira de fazer o queijo no Oeste fica diferente do queijo feito no Sul por causa das diferenças climáticas”, analisou o deputado, que ressaltou a criação de regras para comercialização do produto.

Prestação de contas
Ada de Luca (MDB) apresentou uma prestação de contas dos sete anos em que esteve à frente da Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania.

“Criamos dez novas unidades prisionais, modernas, seguras e humanizadas. Executamos dezenas de reformas. Hoje temos um déficit de 3,5 mil vagas, o menor déficit de vagas do país”, informou a ex-secretária.

Ada ressaltou a redução do número de fugas e a política de ressocialização dos presos.

“As fugas caíram 51%, e 31% dos estão presos trabalhando, mais de 4 mil estudando. Até o fim do ano serão 5 mil”, previu a representante de Criciúma.

Vítor Santos
Agência AL

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