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25/09/2019 - 20h03min

Engenheiro que integrou comissão para recuperação da Hercílio Luz depõe

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Eduardo Regua foi ouvido nesta quarta (25) pela CPI que investiga possíveis irregularidades nas obras da ponte
FOTO: Bruno Collaço / AGÊNCIA AL

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa que investiga possíveis irregularidades nas obras da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, ouviu na tarde desta quarta-feira (25) o engenheiro civil Eduardo Hamond Regua, que trabalhou no antigo Deinfra entre 2005 e 2009 e também na construtora Espaço Aberto, entre 2009 e 2010.

Regua foi gerente de Obras, diretor de Operações e diretor de Obras do departamento. Ele afirmou que o dinheiro que seria disponibilizado inicialmente para a recuperação da ponte demonstrou não ser suficiente para a execução das duas etapas previstas. “A realidade demonstrou que o dinheiro só foi suficiente para a etapa 1 e o início da etapa 2”, disse.

O engenheiro considera que a comissão de licitação do Deinfra e a equipe de apoio do edital de concorrência tinham condições técnicas de analisar as propostas para a licitação da etapa 2, que foi vencida Consórcio Florianópolis Monumento, cujo contrato foi rescindido pelo governo estadual em 2014.

Regua foi presidente de comissão especial constituída pelo Deinfra para adotar as providências necessárias para recuperar a ponte. O projeto que serviu de base para o edital de recuperação foi elaborado em 2000 e entregue ao Estado em 2004 e, segundo o engenheiro, foi avalizado pelos especialistas consultados pela comissão especial, o que levou o Deinfra acreditar na qualidade desse projeto, conforme declarou à CPI.

Questionado sobre a necessidade de revisão do projeto de 2000, Regua afirmou que seria difícil atualizá-lo, tendo em vista a evolução constante da corrosão da ponte. “A evolução da degradação foi observada pelo projetista, que era natural que houvesse esse aumento de corrosão e algumas peças que não estivessem no processo de troca deveriam ser avaliadas e trocadas.”

O depoente reiterou a complexidade da obra, praticamente única no mundo, e reconheceu que haveria alternativas para a sua recuperação, como a troca das barras de olhal por cabos. Mas, segundo ele, esta alternativa poderia implicar em problemas, em virtude do tombamento da Hercílio Luz e a necessidade da manutenção de suas características originais.

Questionado sobre possíveis irregularidades na documentação apresentada pelo Consórcio Florianópolis Monumento para sua habilitação e classificação na licitação, o engenheiro afirmou à CPI que não participou desse processo e negou que tenha havido pressão para se habilitar o consórcio.

Ele também negou que tenha trabalhado ao mesmo tempo no Deinfra e na empresa Espaço Aberto, que liderava o consórcio. “Eu deixei o Deinfra e fui contratado pela Espaço Aberto para prospectar projetos de obras rodoviárias”, esclareceu

Marcelo Espinoza
Agência AL

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