Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Agência AL

Facebook Flickr Twitter Youtube Instagram

Pesquisar

+ Filtros de busca

 

Cadastro

Mantenha-se informado. Faça aqui o seu cadastro.

Whatsapp

Cadastre-se para receber notícias da Assembleia Legislativa no seu celular.

Aumentar Fonte / Diminuir Fonte
10/09/2018 - 09h46min

Empresa de Joinville aposta em produto ecológico sem similar no mercado brasileiro

Imprimir Enviar
Carla Ereno e Lucas Bastos, proprietários da Keep Eco
FOTO: Solon Soares/Agência AL

Funcionando em um ambiente de trabalho compartilhado, estilo coworking, e com uma força de trabalho que não vai muito além dos dois sócios-proprietários, a Keep Eco vem demonstrando que não é preciso uma grande estrutura para o lançamento de um produto inovador. É da empresa de Joinville, o Keep, considerado um substituto mais ecológico ao plástico filme ou papel alumínio utilizados para embalar alimentos.Já conhecido em outros países, o produto ainda não possui similar no mercado brasileiro.

Trata-se de um pedaço de tecido, 100% de algodão, recoberto por um composto formado por cera de abelha, resina de árvore e óleo de coco, que permite embalar e conservar alimentos como pães, queijos, frutas e vegetais já cortados, dentro ou fora da geladeira. Há ainda uma versão vegana, feita a partir de cera de carnaúba.

Reutilizável, o Keep tem uma durabilidade estimada em um ano, dependendo da forma como é utilizado e higienizado. Ao final da sua vida útil, também pode ser compostado e virar adubo.

Além de ecológico, uma vez que é feito a partir de matérias-primas biodegradáveis, o Keep também é semipermeável, permitindo que o alimento não perca hidratação dentro da embalagem e consiga trocar o ar com o ambiente externo. Outra vantagem apontada pelos fabricantes é a propriedade antifúngica da cera de abelha, mais um fator para a conservação do alimento.

De acordo com o casal Lucas Bastos e Carla Ereno, proprietários da Keep Eco, a ideia para o lançamento das embalagens ecológicas surgiu após uma temporada de um ano e meio vivendo na Austrália, país que, de acordo com eles, possui um mercado mais desenvolvido para produtos ambientalmente corretos e que favoreçam a redução da quantidade de plástico descartado. “Como procuramos adotar esse estilo de vida mais sustentável, ao voltarmos para o Brasil, em 2016, tentamos replicar o produto utilizando tecido da minha mãe e cera de abelha do meu pai, que é apicultor. No início não deu muito certo, mas depois de fazer diversos testes chegamos à fórmula ideal e decidimos partilhá-lo com as outras pessoas”, explica Carla, que possui formação em engenharia agronômica.

O estilo de vida dos jovens empreendedores, ambos naturais no Rio Grande do Sul e que resolveram apostar no mercado catarinense há pouco mais de um ano, também se reflete na origem das matérias primas utilizadas para a confecção do Keep. Tanto o tecido de algodão (orgânico), quanto a cera de abelhas, são provenientes de cooperativas de produtores, sediadas na própria região. “Somos uma empresa que tem como valores a sustentabilidade e a economia solidária, por isso também procuramos priorizar empresas com este mesmo perfil”, ressalta Carla.

Tendo em vista a forma artesanal de fabricação, a cada mês são produzidas cerca de 500 peças, de variados tamanhos, que são comercializadas em 12 pontos de vendas e lojas de produtos naturais de seis estados e também pela internet.

Conforme Lucas, o Keep ainda é percebido como um produto de nicho de mercado, voltado a um segmento social mais ligado às causas ecológicas, mas a tendência é que ganhe mais adeptos, conforme se torne mais conhecido da população em geral. “Em quem tem uma mentalidade mais verde, o produto está tendo uma boa adesão. Já para quem não o conhece, ainda é considerado um pouco estranho. Mas a grande maioria das pessoas ainda está tomando o primeiro contato com esse tipo de produto, e vemos que quando o conhecem, o interesse surge.”

Alexandre Back
Agência AL

Voltar